Depois de assistir Cidade dos Homens – O Filme, me dei conta que realmente o trabalho produzido pela O2 Filmes e grande parceiros na co-produção fizeram um fim digno do trabalho da série Cidade dos Homens.

Um risco calculado, mas muito bem executado pelo Diretor Paulo Morelli, que tinha o desafio de manter a chama de intensidade do roteiro que já tinha conquistado o público na telinha como série de TV.

Um fim (não sei se realmente será um fim, mas por enquanto é isto) brilhante já que os atores que fazem as personagens principais Darlan Cunha (Lanranjinha) e Douglas Cunha (Acerola) já tem uma química que vem de longe, para conferir os dois com menos de 10 anos trabalhando juntos assista “Palace II”, um curta que foi exibido pela Globo dentro da programação do Fantástico (ok, exemplo ruim, mas o filme é legal). Este curta faz uma “paródia” com o desabamento do Edifício Palace II no rio, que foi feito com areia da praia, para quem não sabe areia da praia não serve para construção civil.

Os dois na época pirralhos, chumbam um portão de uma moradora da favela com areia da praia recebe uma grana, com a economia da grana da areia, sai com mais que o dobro do que ganhariam se fizessem com areia de construção. Mas a dona da casa é tia de um bandido da favela que encontra com os pimpolhos e tenta aplicar uma lição, que é um dos códigos de honra da favela. O filme é um curta se eu contar mais acabou. Assista vale muito a pena.

Voltando para o filme pelo qual resolvi escrever este post, não é simplesmente um episódio grandão da série em tela grande, é um roteiro que respeita a história da série, usando inclusive cenas da série durante o filme. Mas tem autonomia suficiente para quem não assistiu nada da série (se for seu caso, arrume isto e vá assistir logo.) poder acompanhar sem ficar atrapalhando quem está do lado com perguntas idiotas para quem acompanhou a série, ou seja, ter assistido a série é legal, mas não é indispensável, o que é ótimo.

Não sei se esta foi a intenção da equipe, mas pareceu um adeus da dupla Acerola e Laranjinha (porque que os moleques na série tem apelidos de fruta??????? Por favor sem pensamentos obscenos…, mas quem souber por favor comente sua opinião aqui no blog), ou então uma virada total no rumo das personagens, que realmente não podiam mais viver de molecagens e brincadeiras infanto-juvenis, apesar que ser um adolescente numa favela de uma grande cidade brasileira não é bem uma situação infanto-juvenil.

Com certeza narotadorock.com (bem pelo menos este blogueiro humildemente diz que sim, né?) aprova e indica, só não vá esperando tantas piadas quanto a série, como o título do post já deixa bem claro a cidade finalmente é dos homens, e não tem tanto espaço para piadas de garotos travessos numa grande aventura, não que sejam ruins estas piadas, mas com o amadurecimento das personagens e consequentemente dos atores o roteiro tinha que ser mais maduro.

Para quem gosta do gênero é o que há, não tão bom quanto Cidade de Deus que é brilhante, apesar de este trabalho ter a contribuição de Fernando Meirelles e Guell Arraes que são mil grau bom todo, mas é melhor do que um episódio longo para o cinema vender.

Sendo assim desta maneira não marque toca, não coma mosca, não vacile, não cochile, não bobeie, vá e assista, pois a trama é boa, a montagem é ótima, as atuações são respeitáveis e você sai da sala de tela grande com gosto de quero mais.

O que se pode esperar mais de um filme?

Salve Todos!
Tiba 4P