Finalmente estreia em todo o mundo o filme “Alien: Covenant”. Com esta produção, somada ao longa “Prometheus” (2012), e a uma nova a ser lançada sabe-se lá quando, o diretor Ridley Scott encerrará sua teoria darwinista espacial sobre a criação dos alienígenas xenomorfos mais famosos do cinema.

A franquia Alien tem seus altos e baixos, mas sempre rendeu boas teorias e discussões em rodas de bate papo quando o assunto vem à tona. Qual cinéfilo nunca quis saber a origem desses alienígenas cretinamente violentos, que tem um organismo perfeito com ácido ao invés de sangue?

Para Ridley Scott, o futuro não é um lugar seguro, principalmente se você estiver no espaço. Ao dar start na prequência em “Prometheus”, o diretor focou nos Space Jockeys, conhecidos desde então como ‘engenheiros’, os criadores da vida.

18237935_1290032854443772_6996226518540069207_oEm “Alien: Covenant”, Scott reduziu no texto o conteúdo teológico e filosófico da produção que o antecede e focou nas criaturas, buscando acelerar o caminho rumo ao encerramento da trilogia que emendará no clássico “Alien, O Oitavo Passageiro” (1979). Ao optar em seguir este caminho, o diretor abriu passagem para uma porção de haters e crianças birrentas que adoram críticas danosas. O engraçado é que o motivo da condenação neste, serve justamente de combustível para detonar “Prometheus”. Não que os dois filmes sejam perfeitos, longe disso, mas também não são ruins, resumindo, para uma galera, o bom é falar mal!

Voltando ao foco da resenha, o filme se passa 10 anos após “Prometheus”, e o tal Covenant do título é uma nave de colonização que cruza o espaço sideral com uma tripulação de apoio e mais de 2.000 passageiros. A missão é estabelecer uma nova base humana em um planeta hostil, até que os aliens cruzem o caminho e a coisa desande.

Desde sempre, o departamento de recursos humanos da Weyland Corporation – empresa que coloca os humanos em furadas – é o pior de todos os tempos. Em toda a franquia Alien, o staff é composto por pessoas que não tem a menor condição de assumir os postos que ocupam, gerando às vezes, mais problemas que os ataques dos próprios xenomorfos.

aaUma das qualidades da saga é promover mulheres a papéis de destaque, embora seja difícil substituir Sigourney Weaver – a eterna Ellen Ripley –, o roteiro cria boas personagens femininas, contrapondo a homens que fazem besteira constantemente. A carga de estresse imposta a protagonista Daniels (Katherine Waterston), e demais membros da tripulação no desenrolar da trama, contribui para que o drama desemboque em momentos de tensão e terror absoluto.

Auxiliado por efeitos magistrais, uma infinidade de criaturas alienígenas e a soma de sintéticos (leia-se andróides), interpretados por um espetacular Michael Fassbender, “Alien: Covenant” vai te deixar sem fôlego em vários momentos.

Outro ponto positivo é o trailer enganador, ao assistir à prévia chegamos a conclusões que são diferentes no filme. Falando em precedentes, aconselho assistir ao prólogo abaixo. Além de não estar na edição final da produção, dá suporte à história e não divulga qualquer spoiler.

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Dramático, tenso, violento e mais assustador que muito filme de terror, “Alien: Covenant” é uma excelente incursão a este universo da ficção científica. Vale dizer que é uma obra pronta para agradar aos fãs da franquia, mas assumo que a expectativa ‘lá em cima’ pode atrapalhar. Na Rota do espaço, já que não tem pista para ter buracos, confiro-lhe nota 8.

TRAILER

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