Eu assisti Transformers em pré-estréia praticamente uma semana antes da estréia oficial, não escrevi nada para postar porque estava esperando assistir novamente, afinal, fiquei tão encantado que poderia encobrir algum defeito, então, assisti de novo, resultado, não marque toca, é muito louco!!!

Quando anunciaram Michael Bay para a direção confesso que fiquei decepcionado, o cara que dirigiu o divertido Bad Boys, o sensacional A Rocha, a sessão da tarde Armagedom, o por favor corte meus pulsos Pearl Harbor, a quase divertida continuação de Bad Boys e a delícia Scarlett Johansson no bacaníssimo e injustiçado A Ilha, não tinha o cacife para controlar uma obra dessas, pensei que logo ia ser um filme de liquidificadores apaixonados por robôs carros do mal, não tinha, agora tem, que venha a continuação! Bay trás em Transformers assinaturas presentes em todas as suas obras, tais como a eficiente tomada de câmera até o ápice do close-up, trilha sonora que é quase a mesma nas cenas de ação e a fotografia amarelada, na maioria das vezes aproveitando os nuances da luz solar, esses exemplos na maioria das vezes dão certo, realmente funcionam, ainda mais nas espetaculares cenas que os robôs “caem no pau”, o complicado, é a breguice nítida de novelas e que graças a Deus foi reduzida ao máximo, só pode, por intervenção do mestre Steven Spielberg. Em determinado momento do filme Mikaela Banes (a maravilhosa Megan Fox) interpela Sam Witwicky (o eficaz Shia LaBeouf) praticamente no meio da porrada para dizer: – Sam, não me arrependi de ter entrado contigo naquele carro! Aff! É novela é? Precisa dessa linha de diálogo? Muito melhor se fosse: – Sam, sobreviva e lhe dou isso! Seria muito mais excitante e sincero não é mesmo? Me diga moçoilas leitoras, no meio de um problema você viraria para o seu namorado e soltaria um: – Amor, não se preocupe, dará tudo certo, lembra quando me levou no cinema, adorei! Hein?!? É por aí que o Sr. Bay trabalha nos diálogos, tente assister Pé no Rabo (Pearl Habor), se conseguir, seu próximo passo são as novelas mexicanas. Parabéns!

A produção a cargo de Tom DeSanto (X-Men 1 e 2) e Spielberg (exemplos de produções são desnecessários), elevou o status da produção até agora de melhor filme do ano, a premiação de ordem técnica é certa, claro que não é para ganhar Oscar de direção, ator, roteiro e etc, etc, mas não custa repetir, a parte técnica é perfeita, o roteiro serve como pano de fundo para a pancadaria extrema e divertidíssima, o filme pode fazer com a criançada, o que o simpático e adorável E.T. fez com a minha geração, ficamos empolgados com o alien horroroso de dedo-duro e ponta vermelha, a nova geração se apaixonará por uma batalha tecnológica intensa e convincente. Ação de “prima”, perfeito, vou repetir, não marque toca!