No festival Porão do Rock 2009, em uma homenagem emocionante à banda Legião Urbana, um microfone no centro do palco, com uma rosa branca, representava a presença espiritual de Renato Russo.
“Sou um animal sentimental, me apego facilmente…” Sereníssima.
O ser humano precisa de ídolos, e se apega a eles, fato! Políticos, esportistas e artistas estão entre as fontes mais inspiradoras.
Um dos maiores ídolos de todos os tempos no Brasil, atendia pelo nome de Renato Russo. O líder da banda Legião Urbana fascinava pela sua inteligência, talento, letras instigantes, vocal marcante e opiniões polêmicas, traduzindo, exercia um poder messiânico, que o transformava em um porta voz de uma geração, que se espelhava na mensagem: “Seja feliz, não importa quem você seja.”
O vocalista nunca quis ser esse porta voz, e ao perceber a responsabilidade que lhe fora atribuído, começou a se sentir incomodado com todo viés que a fama proporcionava. Fama esta, que ao invés de libertá-lo da timidez, o deixou mais recluso. Uma dualidade impressionante que arrebatava a cada dia mais fãs.
Renato “Manfredini Jr.” Russo, hoje (27/03), completaria 50 anos, e é indiscutivelmente um astro de 5ª grandeza. Sua obra inspira artistas até os dias atuais, mesmo tendo falecido a 13 anos, por complicações em razão da AIDS.
Renato, obrigado por tudo! Aonde estiver, força sempre!
“Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois, não use o que eu disse, contra mim…” Andrea Doria.
Giuliano Manfredini e Carmen Manfredini
Hoje (27), fiz uma visita à casa dos Manfredini, para comemorar o aniversário de Giuliano Manfredini, filho de Renato, que completa 21 anos na próxima segunda (29/03). Simpatia é uma qualidade ímpar em Giuliano, que não vive só a sobra do pai, mas também faz contribuições ao mundo rock, inclusive como produtor artístico da banda Brown-Há.
Carmen Manfredini irmã de Renato, também tem no sangue dotes artísticos. Aproveitamos a festa para bater um bom papo, e ela avisou que uma nova fornada do cd “O Fim da Infância”, fruto da parceria com a banda Tantra, já chegou as lojas. Agora quer saber uma coisa bacana? Ela nos levou para conhecer um dos cômodos da casa, repleto de fotos da família em uma bancada, várias de Renato; e na parede, os discos de ouro, que a Legião Urbana foi exemplarmente acumulando em toda a carreira.
<> GALERIA DE FOTOS <>
Clique nas fotos para uma melhor resolução.
[RECOMENDO] Outra fonte interessante para saber mais sobre o célebre vocalista, compre o livro “Renato Russo: O Filho da Revolução” do jornalista Carlos Marcelo. Saiba + aqui.
[SE LIGA] No programa do Serginho Grossman, nesta madrugada, rolará uma homenagem à Legião e ao Renato, parecida com a do Porão do Rock 2009. Aqui, você lê sobre a homenagem à Legião Urbana no referido Porão.
Eu, Paula (Milady_Winter), Arthur, Carmen e Giuliano Manfredini.
Se for usar as fotos, credite em nome de Cristiano Porfírio ou narotadorock.com! Obrigado!
Bom dia Cristiano,
Uma vez você me disse que eu tinha a capacidade de transformar tudo em texto, mas depois de ler este post eu não sei mais.
Creio que ainda não esteja nem perto do que você consegue transmitir aos leitores.
Não preciso falar sobre o Renato. Assim como o show no Porão do Rock em 2009, o Altas Horas também tinha um microfone com uma rosa branca no palco, lembrando mais uma vez o quanto este homem era especial, como ele guiou esta geração, e porque não dizer… ESTA LEGIÃO.
Um texto de arrancar suspiros de tanta saudade…
Bom dia !!!
Caso algum dia eu consiga entrar nessa casa, ver essa fotos, ficar em contato com a irma, filho… pode ter certeza: eu vou chorar baldes, como eu nunca chorei na vida. Desde que eu aprendi a gostar da Legiao, isso quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, sempre quis conhecer aquela pessoa que dizia as coisas que eu queria dizer naquela epoca, eu ja era triste, so não sabia exatamente o que era tristeza, so sabia que eu ja gostava de ficar sozinha, com meus livrinhos, que por acaso as vezes ja não eram suficientes e vez por outra pegava os livros de minha mãe, gostava de ouvir discos do meu avô que continham letras mais legais que os meus que so contavam historinhas que no final ficava tudo bem.. lembro-me bem a primeira vez em que ouvi "Preto 17"… meu avô me explicou tudo sobre jogos, fiquei fascinada…enfim, o Renato desde sempre, dizia o que eu sentia, o que eu pensava, mas não sabia exatamente o que era… Morar em Brasilia é p mim de certa forma ficar mais perto dele, de tudo aquilo que eu nunca imaginei chegar perto, p mim era algo impossivel.
SOLIDÃO CÓSMICA
Caríssimo amigo,
Por aqui, a vida segue seu curso normal. Nada mais natural.
A Terra continua na sua carreira desabalada, cada vez mais acelerada, rumo ao novo milênio, cativando os terrestres com seu paraíso de vaidade, luxo, oco prazer e os germes da hipocrisia (hoje em dia bem aceita).
O mal do século continua a solidão acompanhada pela ambição e pelo preconceito, isto não tem mesmo jeito.
No Brasil, tentam novamente criar um clima de alto astral, tipo “Pra frente Brasil”, como nos dias de ditadura, te lembras?
A essência permanece a mesma, só muda a aparência.
O povo, como sempre aproveita a alegria fugaz, aquela epidemia ofegante do carnaval;
a vitória por meio da Copa que virá para não se pensar nos problemas que virão.
No geral, o quadro continua corriqueiro: um verão de blecautes, chuvas de granizo enchentes de escândalos, terremotos, tsunamis, e querem atribuir tudo ao El Nino.
A dengue aumentou, estou dengosa; há casos de febre amarela, mas o câncer da alma diminuiu.
O descalabro da educação para conseguir bolsas nas escolas públicas; o desemprego constante (eu e nossos amigos continuamos a procurar emprego); a cara de pau dos congressistas com mais uma convocação para sessões extraordinárias, ainda mais em ano eleitoral. Há sujeira e CPIS pra todo o lado, normal.
Como vê, “a coisa continua coisando por aqui.” Nada mudou, mudam as estações; mas os dias são todos iguais, um tédio com um T bem grande.
Poucos percebem o outono chegar, e aqui, na minha rua, há pólen no ar…
Porém, sempre desvio meu olhar desse itinerário contemplativo para o ponteiro do relógio, que continua atrasado. Mas ainda é cedo!
E para evitar o risco de cair no surto da apatia e da melancolia (você bem sabe dessa minha fraqueza), recomecei a terapia de caminhar de bicicleta todos os dias para espantar a tristeza, para que não seque e mirre o coração nem encolha a alma (já não tenho 1.60cm). Mas tudo bem! Por enquanto, deixe pelo menos, uma janela aberta para que eu possa, de vez em quando, te ver, amigo querido.
Jamais ouvi dizer, que algum amigo tivesse esquecido o lugar onde enterrou seu tesouro, porque existem amigos, que são únicos, mas que irmãos.
“O AMIGO AMA EM TODO O TEMPO E, NA ADVERSIDADE, ELE SE TORNA UM IRMÃO.” Provérbio 17, 17
Regina Rousseau