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Depois de uma bela temporada não escrevendo por aqui, fui convocado às armas pelo CEO do NRDR.

Fui ao Porão do Rock 2010 com a incumbência de transmitir a vossas senhorias como foi a bagaça. Pela terceira vez ganhando a pulseirinha de imprensa, passou da hora de fazer de conta que sou jornalista, não é mesmo? Ganhei até press kit com tampões de ouvido!

Então. Este ano o Porão do Rock foi em apenas um dia, como em suas origens, mas menor não significa pior. A verdade é que o Porão foi mais bem organizado este ano do que em algumas super edições pagas anteriores. Fiquem ligadinhos:

Estrutura
Com a inutilização do Mané Garrincha, que está sendo demolido para se transformar no estadiozão nacional, utilizaram todo o Ginásio Nilson Nelson, dentro e fora. Apesar das grandes distâncias que precisavam ser percorridas (mesmo com os “acessos de atalho” de imprensa), um problema geralmente comum não ocorreu este ano, que era a mistura de som dos palcos. Acabaram com aquela famigerada área vip de mil metros entre o palco e o público, espalharam ilhas de bebida por todo o lugar e até aceitavam cartões no caixa principal! Sem exagero, foi o ponto alto do Porão deste ano, já que nessa cidade a disponibilização do cartão em grandes eventos ainda é tão evitada sabe-se lá porquê. Faltaram opções de alimentação e acho que a banca do cheeseburger e os carrinhos de churros devem ter se descabelado com as mais de 30 mil pessoas. O lugar todo ficou bonito até mesmo pela estrutura do ginásio!

Valores
A entrada franca contribuiu para o grande sucesso desta edição. Tudo era vendido a preços camaradas, mas cobrar R$3 pela garrafa d’água em plena seca braba brasiliense foi tenso. Para os próximos, poderiam fechar com a Caesb a cessão de alguns bebedouros móveis, se é que isso é possível.

Atrasos
Não sei se foi por cultura (um tanto equivocada) da cidade, mas o atraso de uma hora do primeiro show no palco GTR acabou dobrando até o final dos shows em todos os palcos. Os intervalos eram curtos, talvez se fossem maiores isto poderia ser evitado, mas dá pra entender que o número de bandas inviabilizou isso.

De forma geral o Porão deste ano me surpreendeu, pois pessoalmente considerava as edições de 2005 e 2008 insuperáveis. Desta vez conseguiram fazer um baita trampo sem atrações gigantescas, apenas com a estrutura mais robusta e democracia dos palcos.

Sobre esta democracia nos palcos e as bandas que acompanhei, aguardem o próximo post! 🙂