Galera, o post abaixo é um luxo, nosso primeiro trabalho correspondente, curtam as impressões do nosso amigo Raul sobre o referido festival! Brigadão pela força Rapá!

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III FESTIVAL SE RASGUM

O festival de música independente de Belém começou na última sexta (19) e foi até o domingo (21). No palco, 38 bandas de todas as regiões do Brasil e uma da Suécia, a programação também incluía DJs em uma boate e três palcos faziam do festival o maior do norte.

Nas edições anteriores, o festival se chamava Se Rasgum no Rock, porém esse ano o “rock” foi retirado do nome pelo fato de inúmeros estilos musicais serem apresentados nos palcos, começando pelos ritmos regionais como Carimbó, Tecnobrega, Hip Hop, eletro-punk, passando pelo brazilian eletro funk disco reggaeton afoxé do catarinense Wado.

PRIMEIRO DIA DE RASGAÇÃO – Começou com o mínimo de atraso (coisa muito difícil de acontecer em Belém), por isso, algumas pessoas perderam os shows das bandas paraenses que abriram o festival. Os Velocípedes, formados por carinhas conhecidas do rock paraense como Nata Kem Masters (Johny Rockstar e Ataque Fantasma), abriram a festa com seu rock contagiante e forte na mente de seus fãs que estavam lá para conferir. Logo depois entrou a irreverente Vinil Laranja, banda estreante no festival e que recentemente foi campeã de um concurso onde concorreu com outras 14 bandas, sendo premiada com a gravação de um cd.

ATRAÇÕES – Os três dias de festa foram bem divididos, além das bandas citadas o primeiro dia teve o esperado show de Tom Bloch, banda gaucha que foge aos padrões e que contagiou o público. Os cariocas do Canastra com seu Rockabilly e a banda instrumental O Garfo surpreenderam a galera O rockeiro mais velho em atividade, Laurentino Style, com sua energia de quem já tem a idade somada de mais ou menos três ou quatro jovens músicos que tocam com ele, arrebentou no palco interno. Não podemos deixar de citar os cearenses do Montage, Daniel Peixoto e sua turma incendiaram o público, transformando o palco interno no inferno mais gostoso que alguém poderia desejar.

Destaque também para os macapaenses do Mini Box Lunar que, com um estilo paz e amor, fizeram o público se apaixonar. Os primeiros a quebrar o estilo “rock” foi o Seqüestrodamente – rappers que misturam hip hop com ritmos regionais. Daí em diante a quebra foi mais freqüente. Entra em ação o DJ Maluquinho, um dos mais importantes representantes do tecnobrega. Um show completamente fora dos padrões do festival com direito a mulher maravilha, panela na cabeça e até Chapolin Colorado era possível se encontrar no palco. O Dj Maluquinho levantou a galera e fez muito roqueiro colocar o pezinho pra frente e para trás.

O head-line da noite seria a brasiliense Plebe Rude, mas com a grande qualidade das outras em questão todas as outras bandas se tornaram “bandas da noite”, Os eternos punks entraram no palco apresentando seu mais novo integrante, Clemente da banda Inocentes empolgou o público num show que os paraenses não viam há pelo menos 20 anos.

SEGUNDO DIA, MAIS FESTA E RASGAÇÃO – Era o segundo dia de festa e já dava pra perceber na galera a fúria que foi o primeiro, mas ninguém se entregava. Ainda tinha muita coisa pra ver no sábado, que registrou mais pessoas que o primeiro dia.

A galera começou curtindo uma banda do interior do Pará que foi destaque na cena paraense, O Destruidores de Tóquio (DDT) entrou e teve seus refrões cantados pela galera presente. Ainda teve muita música boa, outra banda irreverente paraense entrou no palco. Os Filhos de Empregada fizeram tudo o que sabiam no palco.

Ritmos africanos, regionais e MPB misturaram-se no show dos paraenses do Zueira de Fumanchú. Nesta noite, se apresentou também, uma banda de ritmos paraenses que nunca tinha pisado em nosso Estado, Do Amor contagiou a galera com seu carimbó-rock-guitarrada misturados à lambada e outras “cositas mais”.

Outra banda carioca que surpreendeu foi o Manacá. Letícia com seus cinco meses de gravidez agitou o público com uma energia invejável. Em seguida os paraenses do Ataque Fantasma que sofreram muitos ataques de seus piores fantasmas. Pelo menos três instrumentos quebraram durante o show, o que não baixou a bola da banda em nenhum momento. Os suecos do Shout Out Louds vieram na seqüencia e viram um público que cantava todas as músicas. O Catarinense-alemão-alagoano Wado foi o próximo e deixou todo mundo de boca aberta. Curumim e Metaleiras da Amazônia esquentavam para a grande atração da noite, Autoramas.

O Autoramas não queria nem saber se já se passavam das três horas da madrugada, começou quebrando tudo e o povo também nem se tocou de que já se passavam 2 dias de festa, 28 bandas e muito suor no corpo. Dançaram ao som do rock garageiro de Gabriel Thomaz e Cia.

No terceiro dia o festival foi formado por uma seleção feita pelo Movimento Bafafá do Pará e pela Associação Pró-Rock (duas entidades que se uniram a favor da promoção da arte independente), foi uma noite paraense.

Nove bandas paraenses foram as atrações. Para se assistir aos show deste dia de festival, bastava trocar um quilo de alimento não-perecível pelo ingresso. Não é nem preciso dizer que a idéia foi um sucesso e que o público compareceu em peso para prestigiar a união das bandas paraenses.

A banda deste dia foi o Johny Rockstar, que há seis meses não tocava, e os fãs estavam com sede de ouvir Ivan Vanzar (Madame Saatan), quebrando a bateria do Johny. Um dos melhores shows da noite.

Assim foi a terceira edição do Festival Se Rasgum, com muita música boa e de diferentes estilos. A terceira edição fecha um ciclo que ainda vai dá muito o que falar nesse país. O evento contou com a participação de Pablo Capilé do Espaço Cubo e da Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIM), que elogiou bastante o festival e confessou que já o vem namorando há muito tempo. Completando três edições seguidas, o Festival Se Rasgum cumpre um dos requisitos para entrar na associação.

Por: Raul Bentes

Revisão: Thiago Viana

Raul Bentes: 23 anos, Estudante de Jornalismo de Belém do Pará e apaixonado por musica. Idealizador do projeto Independentes do Brasil abrange somente bandas independentes nacionais. O projeto começou com um Programa de Radio e depois passou ser composto de um Site, Fotolog e Blog.

www.projetoidb.blogspot.com

www.independentesdobrasil.com.

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Thiago Viana: Estudante de Jornalismo de Belém do Pará, Baseando seu tcc em Bandas do underground paraense, é colaborador do Portal Cultura, Belrock e mantém um blog na net intitulado: Cultura maniçoba, que é voltado a musica independente.

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