Enquanto terminamos de preparar a matéria especial sobre Fortaleza, vai um texto sensacional sobre dois assunto que eu já queria ter escrito: açougue que traz cultura e paradas de ônibus da W3 Norte.

Com a palavra, Moriael, que o programa de head-hunter NRDR trainee pretende, futuramente quando pudermos comprar o passe dele, convencê-lo a escrever de graça para nós:

COMAM CARNE VERMELHA!

O título do post pode soar estranho, mas me sinto obrigado a homenagear e divulgar o trabalho de um cara que é um héroi. Luiz Amorim é o dono do Açougue Cultural T-Bone, aqui de Brasília. Fica na 312 norte e tive o prazer de virar cliente dele há uns 10 anos.

picture1.pngLá tem tudo que se espera de um bom açougue: carne de qualidade, bom preço, atendimento de primeira. Esse último quesito então é cumprido à risca pelos divertidíssímos atendentes, os quais adoro sacanear quando o Mengão ganha – mas que preciso aguentar calado nas raríssimas vezes quando os timinhos do Vasco ou do Fluminense têm a sorte de ganhar alguma coisa.

Mas o que torna o T-Bone tão especial? E que papo é esse de Açougue Cultural?

Porque não é de hoje que o Sr. Luiz Amorim, um apaixonado por livros, alfabetizado apenas aos 16 anos, resolveu fazer um trabalho que merece aplausos diários, promovendo a partir do Açougue, a cultura da cidade.

Além de muita carne é claro, o T-Bone é uma verdadeira biblioteca pública. Tem todo tipo de livro para pegar emprestado pelo tempo que achar conveniente. Quando o espaço apertou, surgiu o “Espaço Cultural T-bone”, ali na 712 norte. O açougue também é o point da já conhecida “Noite Cultural T-Bone”, onde novos artistas da cidade dividem o palco com estrelas já consagradas. Por conta dessa versão inovadora de açougue, Luiz já foi diversas e merecidas vezes tema de reportagens em jornais e revistas, além de entrevistado no Programa do Jô.

Mas a última do T-Bone merece ainda mais destaque: foram colocadas diversas estantes com livros para empréstimo em pontos de ônibus da Asa Norte. Sem vigia, sem lista, sem controle aparente. Uma iniciativa de tirar o chapéu que promove não só o hábito de leitura mas como divulga que é possível confiar no “bom comportamento” de quem passa por ali sem vandalizar o espaço. Serviço de utilidade pública, obra com a criatividade característica do Luiz Amorim e sua equipe.

Se isso vai ajudar a financiar mais obras como estas, defendo que todos comam mais carne vermelha! Mas não deixem de comprá-la no único “açougue do mundo onde os bois são alfabetizados”, como diria o Cláudio, gerente do T-Bone.

Moriael Paiva, que é gerente de comunicação digital da Knowtec, também entende tudo de marketing político e é fã de iguarias, como a coxinha de frango no boteco do Geraldo.

Agora eu de novo: Cada um tem um jeito para resolver os seus, mas o único caminho para os problemas de todos é a educação.

PS: Texto original no blog do autor. Valeu-brigadão-abraços-depois-te-pago-uma-coca-cola.