O disco homônimo do Metallica também conhecido como Black Album completou 20 anos em 12 de agosto. É um álbum importante por quebrar alguns paradigmas e vários recordes na obra do grupo.
A galera “true black t-shirt”, para não chamar de radicais, alegou que o Black Album eram um disco vendido de uma banda vendida, mas creio que mudaram de ideia após os CDs Load e ReLoad. Hoje, essa galera “caveira”, é vista nos shows do Metallica ululante aos primeiros acordes de “Enter Sandman” e chorando na execução de “Nothing Else Matters” ou “The Unforgiven”. #SimplesAssim
Black Album é um fenômeno, do seu tracklist de 12 canções, os singles “Enter Sandman”, “Sad But True”, “The Unforgiven”, “Nothing Else Matters” e “Wherever I May Roam” foram executados a exaustão nas rádios e MTV. Esse sucesso foi atestado pela incrível vendagem de mais de 15 milhões de cópias nos Estados Unidos e 22 milhões no resto do mundo.
Quer mais números? Black Album venceu um prêmio Grammy, figura na 14ª posição em uma lista de 200 álbuns definitivos divulgada pelo instituto Rock and Roll Hall of Fame e na eleição dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da Revista Rolling Stone está lá em 252º.
Lendo assim, é fácil pensar que o disco negro do Metallica teve uma vida fácil em 1991 né? Longe disso, o grupo liderado por James Hetfield precisou concorrer com lançamentos importantes, recheado de big hits durante o referido ano como Achtung Baby (U2), Arise (Sepultura), Badmotorfinger (Soundgarden), Blood Sugar Sex Magik (Red Hot Chili Peppers), Loco Live (Ramones), Nevermind (Nirvana), No More Tears (Ozzy Osbourne), Out of Time (REM), Temple of the Dog (Temple of the Dog), Ten (Pearl Jam) e Use Your Illusion I e II (Guns n’ Roses). Uma lista e tanto, que demonstra a importância do Metallica e me deu grandes sugestões para outros posts.
O sucesso rendeu outros produtos como a preciosa caixa Live Shit: Binge & Purge que contém áudio e vídeo captados dos show na Cidade do México, Seattle e San Diego, o documentário da turnê gravação do disco apresentado em duas partes intitulado A Year and a Half in the Life of Metallica e o no mínimo esquisito Classic Albums: The Black Album.
A formação da banda na época era James Hetfield (vocal e guitarra base), Kirk Hammett (guitarra solo), Lars Ulrich (bateria) e Jason Newsted (baixo). A produção ficou a cargo de Bob Rock, nome contestado por uma legião de fãs. O produtor recentemente disse ao site Music Radar que “a inspiração para a produção do Black Album veio de Back In Black do AC/DC, já que Lars Ulrich queria um disco mais groove”. Bob Rock ainda assumiu que “foram meses difíceis de gravação, com a banda sempre desconfiando dele. Quando o álbum ficou pronto, o produtor comunicou ao grupo que nunca mais trabalharia com eles, que pensaram da mesma forma”. Por incrível que pareça Bob ainda trabalhou com o Metallica em mais quatro discos: Load, ReLoad, Garage Inc. e St. Anger. Resumindo, para ser sincero, Black Album foi a única bola realmente dentro. O resto tem seus altos e baixos.
A verdade é que o com esse tracklist abaixo, o disco merece estar em qualquer discografia básica. Excelentes 12 canções que não preciso nem comentar faixa a faixa como faço de costume. No máximo vou dar uma nota de 1 a 5 em cada uma delas e um breve comentário.
Enter Sandman – 5 – Um dos melhores riffs de todos os tempos para uma canção empolgante e clássica.
Sad But True – 5 – Fodástica, sem mais nem menos.
Holier Than Thou – 4,5 – Retumbante, mas sem a pompa das duas que inicial o álbum.
The Unforgiven – 5 – Linda, quase abaixo a nota por causa da execução em excesso.
Wherever I May Roam – 5 – Sem retoques. Dá vontade de pegar a estrada.
Don’t Tread On Me – 4 – Ótima canção! O título veio da bandeira histórica estadunidense de Gadsden, que inspirou inclusive a capa do disco.
Through The Never – 4,5 – Rápida e mortal.
Nothing Else Matters – 5 – Lírica, quase teve a nota rebaixada pelos mesmos motivos de “The Unforgiven”.
Of Wolf And Man – 4 – Muito boa, peso com cadência.
The God That Failed – 5 – Linha de baixo fantástica. Se a canção fosse ruim, mereceria nota 5 de qualquer forma, pela coragem da letra em tratar do fanatismo religioso que impede o tratamento de doenças acreditando apenas na cura do superior.
My Friend Of Misery – 4,5 – Outra canção cadenciada que destaca mais uma vez o baixo de Newsted.
The Struggle Within – 4 – Sem deixar a bola cair, a banda acelera com um arranjo quase militar e nos entrega um disco perfeito.
OUÇA AGORA!!! E que venha logo uma edição remasterizada. Por favor!
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