Quem já ouviu ou assistiu a sátira na qual Fluminense e Barcelona se enfrentam e qualquer acontecimento, como por exemplo, um pênalti para o Flu gera gol do barça (não viu? Clique aqui), tem a noção exata do que está acontecendo no duelo da s editoras de quadrinhos Marvel e DC pelo mercado cinematográfico. A Marvel simplesmente está apagando a DC do mapa, que só respira graças a produções como o Batman de Christopher Nolan e Super-homem de Bryan Singer, este último por enquanto, não vale de muita referência.
Quando usamos a Marvel como exemplo, dá até desgosto falar da DC, pois estes cometeram uma série de erros, produções mal cuidadas, personagens mal explorados, equipes mal escolhidas (direção, atores, produção) e por aí vai. Alguém se lembra do filme bomba A Mulher Gato? Os caras planejam um filme da Liga da Justiça sem o Batman e o Super-Homem, dá para acreditar?
Enfim, a Marvel foi cooptando sucesso e grana desde o filme Blade (1998) com Wesley Snipes, apagando todas as falhas cometidas anteriormente com produções péssimas. Blade ajudou a instaurar um hype em cima da editora, que acertadamente produziu em sequência os ótimos X-Men (2000), Blade 2 (2002), Homen-Aranha (2002) e X-Men 2 (2003). Aliás o excelente X-Men 2 foi quem ajudou a segurar a bola em função de produções fracas ou questionáveis pela crítica e público como o interessante Demolidor (2003), o pé no freio Hulk (2003), o mal produzido Justiceiro (2004), o ainda bem que tem a Jessica Biel Blade Trinity (2004), o mais terrível de todos os tempos Elektra (2005) e o divertido Quarteto Fantástico (2005). O ótimo Homem-Aranha 2 (2004) foi quem segurou as rédeas do público e manteve a chama acesa depois de alguns erros como os citados acima. Os divertidíssimos X-men 3 (2006) e Homem Aranha 3 (2007), o já que estou aqui por que não me divertir Motoqueiro Fantasma (2007) e o cheio de elementos que garantem a diversão Quarteto Fantástico 2 (2007), encerraram um ciclo de parceria entre a Marvel e os grandes estúdios que produziram os lucrativos da editora.
A partir do sensacional Homem de Ferro (2008), a Marvel se apresenta ao mercado como produtora de seus filmes, buscando a consolidação faz 2×0 na DC com um golaço. O Incrível Hulk (2008) é tão bom quanto o filme do homem de armadura.
O diretor Louis Leterrier (Cão de Briga e Carga explosiva 1 e 2) conseguiu dosar a introspecção da personagem e a ação muito bem. A origem da criatura é explicada durante a abertura do filme, buscando dar agilidade na história que foca o exílio de Bruce Banner (Edward Norton) em busca da cura. O filme começa no Brasil e durante um plano aéreo na Favela da Rocinha/RJ, senão me engano, dá para escutar sons de macacos? Macacos no Brasil? Huahuahuahua. Em minha opinião isso não é problema, mas se escutei bem, e esses sons existem, podem se preparar para manifestações dos puristas de plantão, que já começaram a reclamar da dicção da nossa língua, o famoso Português pasteurizado de gringo, inclusive na fala de brasileiros que atuam na película.
O elenco é ótimo e segura as pontas, afinal Edward Norton (Bruce Banner) é talentoso ao extremo, se envolvendo inclusive em algumas polêmicas junto ao diretor para garantir a integridade do filme. Liv Tyler (Betty Ross) tem todos os atributos artísticos necessários fisicamente e no estado da arte para um bom trabalho. William Hurt (Gen. Thaddeus Ross) é um oscarizável e Tim Roth (Emil Blonsky) já provou todo o seu talento, este vilão não é o seu primeiro destaque, ele já tinha se destacado como o comandante Thade em O Planeta dos Macacos (2001).
Os efeitos especiais dão um show, confesso que em poucos momentos ainda me incomodei em relação ao gigante esmeraldino, mas friso, muito pouco, pois convenhamos, é difícil fazer ser crível em sua totalidade, um personagem de mais de 2 metros, verde e furioso. Grandes efeitos! Outro destaque fica para a trilha sonora de Craig Armstrong, geralmente em filmes de ação, a música fica em segundo plano, graças ao talento de Craig ela é parte do filme. Geniosamente, o compositor homenageia o famoso seriado dos anos 80 com um trecho conhecido de sua referida canção tema. Sensacional, quando toca, é impossível não prestar atenção e se remeter ao saudosismo!
Falando sobre referências, nesta nova produção, a música não é a única em relação ao seriado, Lou Ferrigno a criatura da época oitentista, aparece como segurança da universidade e as poucas vezes que a criatura fala ou grunhe, como: Hulk esmaga, a voz é de Lou.
Referências? Temos várias: Stan Lee (já é costumeiro seu aparecimento), a S.h.i.e.l.d., Nick Fury, Indústrias Stark, Tony Stark e os futuros Vingadores!
A escolha do vilão Abominável (Tim Roth) foi perfeita, garante o clímax da história com uma pancadaria sem precedentes. Quando as duas criaturas se encontram, é literalmente sinfonia da destruição que salta do fotograma aos nossos olhos. Os saltos do Hulk de um prédio ou outro é puro quadrinho. Enfim, o filme está NaRota, nota 7,8.
P.S.:
1) Prepare-se DC, a Marvel ano que vem ataca de Thor e Capitão América, então, lá vem Os Vingadores!
2) Está vindo um filme do Wolverine e está em ponto de bala!
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