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O que a indústria da carne é capaz de fazer para lucrar? Okja, nos leva a refletir sobre isso e muito mais. O filme que estreou no último dia 28, é de origem sul coreana e norte-americana, produzida pela Netflix em parceria com a Plan B, produtora de Brad Pitt. Dirigida por Boong Joon-ho, roteiro assinado pelo diretor e também por Jon Ronson. Compõem o elenco, Tilda Swinton, Jake Gyllenhaal, Paul Dano, Steven Yeun, Giancarlo Esposito, Ahn Seo-hyun e Lily Collins. 

Mirando é uma grande empresa do ramo alimentício da carne. Onde manipulam geneticamente animais, afim de obterem uma carne mais macia e suculenta para seus clientes, onde desenvolveram um super porco. A Presidente da empresa, Lucy Mirando (Swinton), em uma grande jogada de marketing resolve lançar uma espécie de competição. E enviará 26 super porcos para 26 países para serem criados por pessoas aleatórias, e em 10 anos ela os recolherá. E determinará qual é o vencedor.

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Passam-se 10 anos, Mikha e seu avô, são sul coreanos e criam okja. A menina convive com a super porca desde os 4 anos de idade. Elas tem uma relação de amor e carinho. Seu avô sempre soube de tudo, a equipe de Mirando, busca okja e a leva embora. Enfim, ele conta toda a verdade para Mikha. Porém, não será algo que a menina aceitará.

Mikha e okja.

Mikha e okja.

O filme é uma grande fábula, sobre persistência e a amizade, de uma menina e a sua criatura. Mas, principalmente é uma grande crítica às indútrias e comércio de carne, e produtos derivados de animais do mundo todo. A forma com que é “simples” separar os que são domésticos e os que são comestíveis. Os que merecem morrer para nos alimentar, e aqueles que podem ser criados como filhos. Boong Joon-ho questiona ainda a capacidade desses animais de sentir, agir e reagir. Intergir com os seres humanos, já foi provado que vacas tem inteligência emocional, porcos são mais inteligentes do que os cães e galinhas fazem planos para o futuro. A natureza é incrível.

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Esse assunto apesar de pesado, é abordado de forma bem leve no filme, algumas cenas em matadouros nos chamam sim à essa realidade, mas não choca. Porque em contraste tempos a amizade de Mikha e okja, correndo em cenas super divertidas mostrando o quanto a interação das duas é bonita. E ainda é possível emocionar-se com momentos tensos, de apuros em que as duas passam juntamente com o grupo de ativistas que a ajudam.

Okja nos leva a refletir sobre o que está acontecendo por traz dessa indústria. Claramente, a intenção do filme não é dizer, “Parem de comer carne.”. Mas sim, que devemos ficar atentos às condições em que esses animais estão sendo colocados, expostos.

Beijo enorme!