Este texto foi publicado aqui, com algumas edições de texto, para um especial da edição online do jornal Estadão. Agora, você o lê completo.
Em 1985, na canção Brasília, a Plebe Rude previa: “Capital da esperança, asas e eixos do Brasil. Longe do mar, da poluição, mas um fim que ninguém previu…o concreto já rachou!” Ao passo de completar meio século de vida no próximo dia 21 de abril, a jovem capital do Brasil, tem “imensos” problemas de grandes metrópoles como Rio de Janeiro (445 anos) e São Paulo (456 anos).
Os cinqüenta anos da cidade, comparados aos quatrocentos à frente de Rio de Janeiro e São Paulo, trazem aos moradores de Brasília, uma preocupação relevante com problemas urbanos e sociais, concatenados à discussão com os rumos da política. Ok, este é um assunto atualmente importante, mas com um viés desnecessário. Que tal falarmos de coisas boas?
Nós, que nascemos na cidade, não somos calangos ou candangos, mas somos brasilienses, em um constante processo de maturação e busca de identidade. Trabalhamos e nos divertimos inspirados pelo ar puro, outrora seco, e pelo céu maravilhoso, que nos confere tons artísticos, capazes de causar inveja aos moradores de qualquer outro lugar do país.
O brasiliense é batalhador e adora a diversão, tem em sua veia um combustível incrível: a arte. A cidade efervesce no tablado do teatro, nas telas de cinema, ao som da musica, aonde quer que ela esteja sendo executada e prestigiando exposições. Essa arte que emana de nossas ruas sem esquinas, replica nosso talento no reconhecimento Brasil afora. Sinto-me orgulhoso!
Brasília é uma estrutura viva de bares e restaurantes, que concorrem com as barraquinhas de cachorros-quentes nas entrequadras. Paradoxos de uma cidade suntuosa como a sua arquitetura e esportiva como o parque da cidade.
Estes são alguns dos fatores que tornam minha simbiose perfeita com a capital do País. Experiências de uma convivência empolgante e apaixonante em uma cidade, com um futuro brilhante. Pelo menos é o que espero.
Amo minha cidade e desejo tudo de bom a ela, seus filhos e seus pares.
Parabéns Brasília!
Curta abaixo, alguns cliques noturnos que fiz da minha maravilhosa cidade no ano de 2.008.
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É engraçado ver como crescem as esperanças quando se faz aniversário. Essa deve ser o norte para muitos daqueles que ainda acreditam nessa cidade cheia de encantos e contrastes!
Muito bacana teu texto! Tamo junto!
Abraço!
Escolhi Brasília, como minha morada.
Adoro o céu multicolor, adoro o clima louco, adoro este ar de prosperitade.
Belo texto Cris.
(terceiro ato da poesia: O TEATRO ELEITORAL E O ANIVERSÁRIO DO “PALCO” EM TRÊS ATOS)
III A FESTA, SEM MOTIVO PARA FESTA
Neste momento, tudo da revolta, já passou.
Hoje, agora, só tenho a dizer: tenho medo!
A tênue esperança ainda não se acabou,
E fico temeroso com o que fazem em segredo.
Agora, Brasília passa dos cinquenta de idade
E aqueles caras, passaram dos cinquenta por cento.
Vamos exigir que prevaleça a legitimidade
E não o repetido mal agouro e este tormento.
Cinquenta anos de vida e nada de festa!
Não vamos fingir que nada de mal aconteceu.
Fechar os olhos para o que não se contesta
É pior que enterrar aquele que ainda não morreu.
André Rocha
Outono 2010
Oi Cris,
É bom ver um texto inteiro…
O do Estadão foi mesmo MUTILADO.
Pelo menos transmitiu metade da emoção real de um morador apaixonado pela cidade.
Um beijo