Precisamos falar sobre “John Wick 4: Baba Yaga“, a quarta parte da franquia que estreia HOJE (23) nos cinemas. Nas redes sociais enquanto muitos celebram a volta de Keanu Reeves ao papel, outros questionam o porquê de mais um filme, e caso você se encaixe no comentário sobre o julgamento prévio, só digo uma coisa: saiba que está totalmente errado.

Evidentemente qualquer filme que chegue a um quarto capítulo abrirá discussões sobre a validação de sua realização, principalmente reforçado pelo questionamento se a duração de quase 3 horas não deixa a produção enjoativa. Simples e direto: a resposta é não!

Iniciada há dez anos, a franquia tem como força motriz a exibição de vários tipos de luta, e ao se basear também em obras de faroeste, anime e samurais, mais uma vez eleva o padrão e servirá como inspiração para novas produções de ação.

Temos em John Wick 4 a excelência na maioria dos quesitos, seja na direção, parte técnica ou em suas atuações, que além do próprio Reeves, tem ótimos nomes como Donnie Yen, Bill Skarsgård, Shamier Anderson, Scott Adkins e Marko Zaror para fazer tudo funcionar. O filme é perfeito? Claro que não, principalmente em relação ao roteiro que tem algumas falhas, mas o que falta neste ponto, tem a compensação com folgas em outros.

A preocupação do diretor Chad Stahelski em criar novas experiências, incluindo uma variedade nas sequências de combate é louvável e acertada. Por exemplo, durante uma cena de ação o posicionamento da câmera tem outra perspectiva e isso presenteia a plateia com uma diversão absurda e provavelmente se tornará um ícone do universo cinematográfico.

Não posso finalizar essa resenha sem citar a coreografia e a fotografia, pois são dois outros pontos que contribuem para uma louvável experiência cinematográfica, apresentando sequências, tomadas e composições de cena que deixam o espectador sem fôlego. A desafiante saga de John Wick contra a Alta Cúpula passeia por belas locações em Nova York, Osaka, Berlim e Paris.

Vale dizer que Wick previamente nas três produções matou 299, e posso dizer que nesta sequência esse número sofrerá um maravilhoso acréscimo, justamente uma das coisas que busco em filmes do gênero.

Até o momento em que essa resenha estava sendo escrita, ao atingir mais de 94% de aprovação no site rottentomatoes.com, é capaz que “John Wick 4: Baba Yaga” ao estrear nas salas de cinema em todo mundo continue mantendo o nível de satisfação testemunhado nas expressões felizes de jornalistas nas sessões especiais.

Enquanto aguarda a expansão do universo de Wick com o spin-off intitulado “Bailarina“, que tem o protagonismo de Ana de Armas e a participação de Reeves, apenas vá ao cinema para curtir e celebrar o relevante e grandioso “John Wick 4: Baba Yaga“. #ficadica

[Aviso]: Há uma cena pós-créditos bem interessante.

[Nota de rodapé]: Triste a morte de Lance Reddick, ator que faleceu aos 60 anos, às vésperas do lançamento de “John Wick 4: Baba Yaga“.

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