Crédito da foto: Cristiano Porfírio
Como mensurar a importância de um artista? E a sua capacidade, através de décadas, de emocionar e manter-se jovem? Riley Ben King, o blues boy, conhecido mundialmente por B.B. King, a lenda viva do blues, encantou o auditório lotado do Centro de Convenções na noite passada (22/03), com simpatia, vigor, uma ótima banda de apoio, e claro, músicas brilhantes.
Sem a companhia do rei, a banda sobe ao palco as 21h30, para executar “Manhattan Blues” e “Two I Shoot”. Ovacionado, B.B. dá as caras, apresenta seus músicos, atribuindo características divertidas, distribui palhetas para os fotógrafos e para a primeira fila. A canção “I Need You So” dá início oficial a festa, seguida de “Blues Man” que dá a dica: “me dê uma folga, as coisas boas vêm, o que esperar, e eu esperei um longo tempo. Eu sou um bluesman, mas eu sou um homem bom, entenda”.
Em “Darling You Know I Love You”, B.B. King externa seu amor e admiração pelas mulheres, enfatizando a beleza, “todas as damas são bonitas, não existe mulher feia” completando com “as mulheres são um grande presente de Deus”. Caro leitor, percebe a diferença da música boa para a ruim? Tomando como exemplo as mulheres, em boas canções elas são elevadas ao seu status de merecimento, já nas ruins, tornam-se um objeto sexual. Se curtir axé, funk, forró e etc., está na hora de rever os seus conceitos.
Ao executar “Woke Up This Morning (My Baby’s Gone)”, o blues boy, convida a todos a ‘shake the boogie’ (agitar o esqueleto) em “Everyday I Have The Blues”. Daí seguem as canções “Let The Good Times Roll”, “Keys To The Kingdown”, “One Kind Favor” e a indispensável “When Loves Comes To Town”.
Chegou a vez de “You’re My Sunshine”, em que o público messianicamente em uníssono, seguida pela bela “Rock Me Baby” e a clássica “Thrill Is Gone”. E o fim infelizmente chega com “Guess Who”.
A emocionante despedida, se completa com uma feliz promessa, a de retornar à cidade daqui a três anos. Caso cumpra seu juramento, B.B. King nos fará novamente felizes por sua presença, e por nos dar a oportunidade de curtirmos uma apresentação em que a interação, é uma das palavras chave, que se dá por momentos particulares, tais como: perguntando se entendemos o significado da palavra ‘lovers’ (amantes), ou pedindo para os casais se beijarem, após ele contar, de um a quatro, na nossa língua.
Ficarei com saudade do mestre, dos emocionantes acordes extraídos de sua guitarra Gibson, carinhosamente nominada como Lucille e de todo o carisma, que vem de um coração jovem, na plenitude de seus 84 anos.
Infelizmente, não tive a oportunidade de ver em ação Jimi Hendrix, mas tive a oportunidade de ver a lenda do Blues. Obrigado B.B.!!!
P.S. Quase tive a oportunidade de pegar uma das palhetas, mas um fotógrafo ‘malandro’ foi mais rápido do que eu.
A nossa cobertura teve a participação da nossa amiga e colaboradora Aline Hack liahack, com pertinentes anotações.
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Crédito das fotos: Cristiano Porfírio
“Se quiser utilizar, peça autorização”
Excelente Cris. Você está mandando muiiiiiiiiiiiito bem nas fotos, sério.
Olá Cristiano,
Sua resenha esta espetacular, da até para sentir um pouquinho do momento "mágico" que você viveu.
B.B. King é mesmo uma lenda, patrimônio da música mundial.
Que venham os próximos shows e as próximas resenhas ENCANTADORAS.
Mais uma vez… PARABÉNS PELO TRABALHO
nossa, foi muito bom, muiiito bom!
TAQUEPARIUUUUU!…Cara, vc é um homem feliz!…juro!
FENOMENAL