Quando uma produção busca a soma de atrativos comerciais com tendências ‘oscarizaveis’, temos como resultado um longa tal qual “AD ASTRA – Rumo às Estrelas”. Mas isso é ruim?

O diretor James Gray – que fez o ótimo “Z: A Cidade Perdida” (2017) –, além da direção, escreveu em parceria com Ethan Gross o roteiro de “AD ASTRA”, entregando ao espectador uma produção que passa pelo mesmo processo de aceitação no estilo ‘ame-o ou deixe-o’ de outros filmes com temática espacial, tais como: “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968), “Gravidade” (2013) e “Interestelar” (2014).

Filmes espaciais irão sempre despertar sentimentos distintos no espectador, pois tendem a expandir na tela questões filosóficas, exprimindo em suas obras conceitos que sempre estarão prontos para um debate.

A escalação de Brad Pitt para viver o astronauta Roy McBride é um dos acertos de “AD ASTRA”. O galã que foi indicado ao prêmio de melhor ator ao Oscar nos anos de 2009 e 2012, respectivamente por “O Curioso Caso de Benjamin Button” e “O Homem que Mudou o Jogo”, provavelmente receberá outra indicação.

A profundidade, serenidade, questionamento e a introspecção que o papel exige é gerenciada de forma ímpar por Pitt. A jornada de Roy McBride em busca de seu pai Clifford McBride (Tommy Lee Jones), desaparecido há três décadas, peça chave na resolução de um contratempo para garantir a sobrevivência dos seres humanos no planeta Terra é composta por desafios, mistérios e a apresentação de uma alegoria com cunho religioso.

A produção “AD ASTRA” é um projeto ambicioso, que une o espectador à necessidade de pensar, afinal, carecemos nos afastar do vazio em nossas mentes, aonde é preciso contestar para descobrir respostas.

Respondendo a questão inicial deste post, o filme não é ruim, pelo contrário, é ótimo! Antes de encerrar, preciso dizer que caso você não curta a história, prepare-se para alegrar suas percepções com uma experiência exemplar. A parte técnica de “AD ASTRA – Rumo às Estrelas” é magnifica, levando o espectador a viajar na trilha sonora (Max Richter) e a testemunhar lindas imagens, graças a belos movimentos de câmera e uma fotografia (Hoyte van Hoytema) de tirar o fôlego.

Em rota pavimentada, atribuo nota 8.2.

Trailer