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Death Magnetic (2008): O tão esperado álbum "morte magnética" inverte as polaridades e livra a banda do encontro com o ceifador prestes a decretar o fim da carreira de um dos monstros do rock mundial. Após dominar a cena trash metal na década de 80, o Metallica entrou na década de 90 com um disco recordista, o homônimo conhecido como The Black Álbum (1991), vendeu só em solo estadunidense 15 milhões de cópias, dividindo opiniões dos fãs e da crítica especializada, sucessivamente, Load (1996), vivia de alguns bons momentos, ReLoad (1997) soava pasteurizado, Garage Inc. (1998) valia por bons covers, S&M (1999) pioneiro e St. Anger (2003) que quase nos fez acreditar que poderia ser bom. De ReLoad até os dias que antecederam este novo cd, a banda e os fãs viviam da incredulidade, da incerteza e de outros adjetivos que pudessem acenar para um grande retorno, e felizmente ele aconteceu!

deathmagnetic Death Magnetic é a união impactante do …And Justice For All (1998) com os bons elementos do Álbum Preto, literalmente uma porrada na cara que nos acorda para a vida. O retorno do espírito adolescente, dando vontade de polgar e bater cabeça. Incrível!

Ao por as mãos no produto final, vários fãs inundaram a internet com textos, impressões e comentários detonando o áudio alto e sujo, os entendidos informavam que um problema na compressão acabou afetando a mixagem e etc, eu já acho que essa história de compressão, descompressão, ou seja lá o que for é uma grande incompreensão, pura balela! Os caras quiseram mostrar todo o poder do cd com um som alto e marcante, ora sujo é verdade, mas tudo conotando de acordo com um bom, velho e pesado rock’n’roll. Os caras já tentaram fazer algo parecido em St. Anger, mas lá eles erram feio e a bateria de Lars soava como umas panelas velhas, simplesmente horrível!

hetfield Outra reclamação foi em relação à embalagem Jewel Case, aquela transparente tradicional, no qual a gravadora Universal, assim como em outros lançamentos no país, resolveu lançar o "basicão", nos impedindo de escolher entre essa versão e as maravilhosas edições especiais, erroneamente, para eles o Brasil não merece produtos diferenciados. Só pode!

AS FAIXAS:

1. That Was Just Your Life: O coração batendo, a guitarra de Kirk Hammet dá início aos trabalhos, o baixo Robert Trujillo se encarrega da marcação, são 44 segundos até que Lars Ulrich soca sua bateria da melhor forma; guitarras enloquecem e com 1:58 James Hetfield nos brinda com o seu melhor estilo vocal. Anunciando em uma grande canção que o Metallica está de volta e dessa vez é para ficar!

2. The End of the Line: Continua o show de grandes canções, e esta é apenas a segunda delas, é por para ouvir e se segurar para não sair pulando, libertando seu espírito adolescente.

3. Broken, Beat & Scarred: Uma pequena tradução do bom momento da banda, "você se ergue, você cai, você está derrubado, então se ergue de novo, o que não te mata te torna mais forte." Potente e empolgante!

4. The Day That Never Comes: O primeiro single. Começa dedilhada na guitarra, sendo permeada por um bom arranjo de bateria, o baixo não deixa a peteca cair e o vocal perfeito, pronto, a receita de uma grande canção. Para os fãs, o dia que nunca chega, chegou!

5. All Nightmare Long: Um maravilhoso baixo dá início a uma canção ágil e excelente.

6. Cyanide: Furiosa, rápida e majestosa, outra excelente linha de baixo que permeia em quase sua totalidade.

7. The Unforgiven III: Isso só pode ser um mantra, segunda continuação de uma canção de temas como solidão, ressentimento e dor. Não é ruim, pelo contrário, mas vá entender!

8. The Judas Kiss: Como em um disco de grandes canções pode se apontar a melhor? Muitos apontam essa como a preferida, sinto-me tentado e até convencido em fazer o mesmo, embora me falte coragem para apontá-la nessa direção. Mas uma coisa é certa, O Beijo de Judas é implacável e possui um arranjo perfeito! Pesada como uma porrada, excitante e veloz com um carro em disparada!

9. Suicide Redemption: Uma canção instrumental que nos apresenta todo o entrosamento da banda. Ágil e cadenciada como o ronco de um motor, quase 10 minutos revestidos de um puro e pesado rock e bons momentos líricos!

10. My Apocalypse: Assim como o apocalipse, título perfeito para se encerrar o disco internacional do ano. Coloque para tocar e saia da frente para não ser atropelado, status de clássico, poderia tranquilarmente ser dos primeiros discos do Metallica. "Então nós cruzamos a linha para dentro da cripta, eclipse total. Sofra com meu apocalipse!"

DM_Met1_1024 Death Magnetic é a redenção, James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammet encontraram em Robert Trujillo a "formação" do Metallica, a simbiose perfeita, uma volta triunfante para um grupo que sempre viveu cercado de problemas (morte, deserção, expulsão e críticas).

Um cd de letras fortes, arranjos fantásticos e canções incrivelmente longas, sem em nenhum momento se tornarem cansativas, sucesso total, primeiro lugar nas paradas de mais de 25 países. Discografia básica, um disco indispensável. Corra e compre o seu!

Videoclipe The Day That Never Comes: