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O U2 é uma banda que sempre arruma uma forma de impressionar e me deixar mais viciado. Além do memorável trabalho autoral de seus discos, Bono e cia já haviam estimulado a dopamina em meu cérebro com Rattle and Hum nos cinemas, Pop Mart Tour ao vivo em 98, e agora foi a vez de U23D. Sim, eu testemunhei R.A.H. nos cinemas e a turnê do Limão Gigante em 98, pena que 2006 não consegui ingresso, mas no próximo dia 13 de abril eu vou à forra! =)

Voltemos ao U23D, infelizmente assisti a produção com um certo atraso. Datada de 2008, os cinemas 3D eram escassos na maioria das cidades do Brasil, e para ser sincero, eu já havia desistido de ver, e até me acostumei com o sentimento de frustração. Agora, por iniciativa da produtora Mobz e com a oferta abundante de salas 3D, não só eu, como outros fãs tiveram a oportunidade de se deliciar.

A produção foi registrada em 2006, durante a Vertigo World Tour do álbum How to Dismantle an Atomic Bomb, nas cidades de Mexico City (México), São Paulo (Brasil), Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina) e Melbourne (Austrália). A edição final de U23D tem 14 canções e duração aproximada de 85min.

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Na abertura dos créditos, já se nota o que podemos esperar do filme, as camadas de público, ou filas na plateia são visualizadas de forma eficiente, graças ao efeito de profundidade. Abrindo haspas, você sabe que um filme 3D não consiste apenas no que sai da tela né? A sensação de profundidade é tão importante quanto.

Durante a projeção o pedestal do microfone de Bono Vox avança sobre nós, assim como os braços da guitarra e baixo de The Edge e Adam Clayton, respectivamente. A bateria de Larry Mullen Jr. também é valorizada com a nitidez e imersão. Felizmente, ou infelizmente, essa é a única forma que o U2 chegou tão perto de mim, e nem deu para pegar autógrafo. O mundo virtual as vezes é uma big shit, hehehehe.

A seleção das canções valorizou não somente a estética do grupo, mas também o discurso político e social pregado de forma sempre responsável. Enquanto “Sunday Bloody Sunday” pede a paz e condena a segregação, “Bullet the Blue Sky” homenageia as mães Argentinas da praça de maio, que até hoje lutam por notícias sobre os mortos na ditadura hermana. Temos também “Miss Sarajevo” (que particularmente acho chata) que elege o respeito entre as religiões (COEXISTA) e os preceitos da Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas (leia aqui), como reinvindicações necessárias para um mundo melhor.

O U23D é algo tão eficiente que a ilusão de ótica da plateia por exemplo, ao levantar os braços, se mistura com os espectadores do cinema, e parece que estes também estão com os braços para cima. O som maravilhosamente mixado em 5.1 ajuda na criação da ilusão durante toda a exibição. Em alguns momentos parece que realmente estamos um show do U2 de forma presencial.

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Setlist:

Vertigo
Beautiful Day
New Year’s Day
Sometimes You Can’t Make It on Your Own
Love and Peace or Else
Sunday Bloody Sunday
Bullet the Blue Sky
Miss Sarajevo com a Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas
Pride (In the Name of Love)
Where the Streets Have No Name
One

BIS:

The Fly
With or Without You

Creditos:

Yahweh

Imperdível!!!