A produção “Tomb Raider – A Origem” (2018) é mais uma a desafiar a barreira das adaptações para jogos de videogame. Chamo a atenção para este desafio, porque produções baseadas em games geralmente são muito ruins! #fato

Mas e aí? Este novo Tomb Raider, estrelado pela talentosa sueca Alicia Vikander (Lara Croft) e dirigido pelo norueguês Roar Uthaug – responsável pelo ótimo “A Onda” (2015) – é ruim? Leia a resenha e descubra.

A personagem Lara Croft é carismática e adorada, ganhou projeção mundial já no primeiro game lançado em 1996, êxito em parte atribuído ao console Playstation 1. Uma história de altos e baixos, que foi renovada em 2013 com um game homônimo que vendeu mais de 8,5 milhões de cópias, um sucesso de público e crítica.

Com a franquia do jogo revigorada graças a gráficos realistas, aventuras/desafios envolventes e uma boa dose de violência, faz-se válido lembrar que a história desta nova produção cinematográfica é baseada neste game de 2013, envolvendo os mistérios da ilha ficcional de Yamatai, no Japão.

Partindo desta nova fase, temos um novo filme; um reboot que possui cenas de tirar o fôlego, principalmente por remeter com exatidão aos gráficos que o inspiraram e felizmente por ignorar as duas tentativas cinematográficas estreladas por Angelina Jolie.

Nitidamente mirando em uma continuação, o diretor Uthaug entrega um filme mais explicativo e menos ousado, o que irrita em alguns momentos, mas a bem da verdade, são artifícios necessários, principalmente para quem não conhece a personagem. Mas é claro que o roteiro escrito por Geneva Robertson-Dworet e Alastair Siddons dá suas derrapadas; algumas sequências, como a do assalto, são totalmente descartáveis. Opa, calma aí! As resenhas aqui são livres de spoiler.

O carisma de Vikander contribui para que o filme seja empático. A atriz convence em um papel que exige múltiplas estripulias atléticas. Em relação às produções com a Jolie, a nova Lara Croft não é apenas mais uma riquinha que vive uma vida de aventuras, bingo. Ponto positivo!

Concordo com algumas críticas, infelizmente não será desta vez que teremos uma adaptação de games para o cinema que seja impactante, mas é o que temos para hoje em relação à Tomb Raider.

O diretor estrangeiro que teoricamente teria uma nova fórmula para Hollywood, talvez tenha ficado acanhado, mas sem dúvidas, conseguiu apresentar um resultado muito divertido e abriu as portas para uma continuação promissora.

Vai na rota, derrapando pra lá e pra cá, mas merece uma nota 6,5.

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