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Remake: significa refazer. Hollywood vive um período de críticas, atribuídas pela falta de criatividade em função das refilmagens e/ou continuações. Os estúdios sempre requentaram grandes clássicos ou idéias, o problema é que a onda vem atingindo os cinemas como um tsunami. Podemos citar vários, de antigos a recentes como Onze homens e um Segredo, O Planeta dos Macacos, O Grito, Os Infiltrados, King Kong, Vanilla Sky, Miami Vice, Disque M para Matar, O Homem que Sabia Demais, Psicose, O Chamado, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Guerra dos Mundos, Enigma do Outro Mundo, Assalto ao 13º Distrito, Viagem Maldita, O Massacre da Serra Elétrica, Sexta Feira 13, Amityville, Halloween e etc. UFA! Existem outras dezenas de títulos.

Nessa história de requentar, alguns só aproveitam a idéia, uns dão certo, outros terrivelmente errado, uns refilmagem e outros procuram ser uma homenagem. Atualmente dois estão em cartaz nos cinemas brasileiros, o primeiro é O Dia Que a Terra Parou com Keanu Reaves e Jennifer Connelly e o segundo Quarentena com Jennifer Carpenter (a irmã do protagonista Dexter na referida na série).

Vamos as considerações sobre os filmes:

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O Dia Que a Terra Parou (2008): Basicamente, a diferença em relação ao original (1951) está na mensagem do filme, no primeiro era pacifista e neste ecológica. Além do mote, outra mexida drástica aconteceu no roteiro praticamente reescrito, até em função de que no ano de 1951 as pretensões e dificuldades em cima de uma produção eram outras. Só que essas alterações de nada serviram para criar um bom filme. Aviso: Além do filme ser totalmente horrível, o personagem Jacob Benson vivido por Jaden Smith, filho do astro Will Smith é um dos mais chatos da história do cinema. Nunca torci tanto na vida para um alienígena pulverizar uma criança.

Os fãs da ótima produção de 1951 e os cinéfilos de carteirinha presenciaram em 2008 a destruição de um clássico, diluído em um espetáculo monótono e arrastado. A história? Um visitante alienígena pousa sua nave na terra, sofre um incidente e a partir desse contato, revela que seu plano precisa ser exposto ao mundo, junto aos países e seus respectivos representantes.

Veredito:

– O Dia Que a Terra Parou (1951): Nota 8,0. Totalmente na rota!

– O Dia Que a Terra Parou (2008): Nota 2,5. Pense em uma estrada esburacada.

P.S.: O Dia Que o Keanu Reeves Parou. Gosto muito do trabalho de Keanu, o cara trabalhou em ótimos filmes como Matrix, O Advogado do Diabo, Velocidade Máxima, Bill & Ted, Caçadores de Emoção, Drácula de Bram Stocker. Mas como dizem, nem tudo são flores, Matrix que era para ser um divisor de água nas produções de ficção e aventura recebeu duas sequências meia boca que praticamente enterraram a carreira do ator. Desde o primeiro Matrix (1999), Keanu participou de 19 produções, dezenove, isso, dessas, apenas Constantine e Os Reis da Rua merecem algum crédito. É bom o cara abrir o olho e fugir dessa alcunha terrível que o assola. Revolution e Reload é o C@#$%¨&!!!!!

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Quarentena (2008): Eu penso nesse remake da seguinte forma, é como se o filme fosse um restaurante espanhol chamado REC, arquitetura brilhante e móveis no lugar, alguém abre esse mesmo restaurante nos EUA, mundando o nome mas mantendo a arquitetura e os móveis, precisando de algo diferente, então, coloca-se umas tvs de plasma, uns ventiladores e uns lampiões em cima das mesas. A diferença de REC (2007) para o remake é essa, só muda os atores e alguns detalhes estruturais. Um acréscimo excelente nesta nova versão é a sequência do cachorro atacando no elevador, ficou sensacional!

Todos que me conhecem sabem que eu sou fãs de filmes de zumbis, então ficou fácil gostar das duas produções. Tanto em REC quanto Quarentena, o vírus da raiva vai infectando os moradores de um edifício, detalhe, o prédio está completamente selado e cercado, mantido em "quarentena" pelas autoridades, dentro, além dos moradores, uma equipe de tv registra tudo, que dá um tom documental. Quarentena funciona melhor para quem não assistiu ao original, mas ainda assim, garante a tensão e ótimos sustos. O clima tenso, gera um ambiente assustador.

REC e Quarentena abusam da câmera tremida, já vista antes em produções como Cloverfield e A Bruxa de Blair, o desconforto causado pela câmera ajuda a ratificar a sensação de pânico. Ratifico que os dois são imperdíveis!

Veredito:

– REC (2007): Nota 8,5. Rota quase perfeita.

– Quarentena (2008): Nota 7,0. Rota totalmente pavimentada.