Geralmente não critico filmes que já estão em cartaz, pois acredito que as pessoas que poderiam se interessar, já deveriam ter assistido, mas Mogli – O Menino Lobo merece uma resenha, até para estimular quem ainda não o viu.
Baseado no livro clássico escrito por Rudyard Kipling (1894), o filme explora bem todos os nuances da aventura do menino órfão que por força do destino, é obrigado a sobreviver enquanto interage com várias raças de animais. Creio, ser desnecessário aprofundar em uma sinopse, pois o meu caro leitor já deve ter assistido a adaptação clássica da Disney datada de 1967. Caso não tenha visto a produção e nem lido o livro, fica até melhor para curtir as surpresas do roteiro.
A primeira coisa que destaco na produção é o fato de todo o cenário e animais terem sido criados em computador, leia-se CGI. A realidade espantosa ficou a cargo de empresas como Digital Domain e Weta, que se destacaram ao criar mundos respectivamente para produções como Titanic e O Senhor dos Anéis. A única interação em carne e osso em todo o filme é do ator mirim Neel Sethi, que vive Mogli. O 3D é a segunda coisa que impressiona, apresentando cores vivas e uma sensação incrível de profundidade. Posso arriscar que ao concatenar a criação de um mundo em computação gráfica e apresentar um 3D consistente, Mogli – O Menino Lobo é o melhor filme da categoria após Avatar.
Impossível não elogiar a dublagem dos animais, tendo Ben Kingsley como a pantera Bagheera, Idris Elba como o tigre Shere Khan, Bill Murray no papel do urso Baloo e Christopher Walken vivendo o orangotango Rei Louie. A direção ficou a cargo de Jon Favreau, que teve destaque pelos ótimos Homem de Ferro (2008) e Homem de Ferro 2 (2010); e a produção e distribuição é de responsabilidade da Disney.
Quando vi o trailer de Mogli – O Menino Lobo, fiquei desconfiado por vários motivos, tais como: odeio filmes de animais falantes e parecia ser mais um caça-níquel aproveitando o sucesso de produções anteriores, mas a produção vale muito a pena.
Mogli – O Menino Lobo deve agradar a boa parte do publico que o prestigiar, a trama é repleta de aventura, diversão e confere também uma boa dose de medo e apreensão, o que automaticamente lhe descredencia para a audiência de crianças com uma média de até cinco anos de idade. O filme se mantém na Rota, garantindo com louvor uma nota 8.
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