22/11/2002 – Estádio Cícero Pompeu de Toledo, São Paulo/SP
Há quase 20 anos o saudoso Morumbi foi abaixo com a presença do power trio prog classic rock mais legal do planeta!
A expectativa era muito grande pela vinda do Rush ao Brasil, uma vez que é um dos monstros sagrados dos anos 70 e tem uma legião de fãs muito grande por aqui.
Esse grupo de exímios músicos, mesmo Geddy Lee não sendo um vocal excepcional – mas não consigo imaginar outra voz ali –; nos faz vê-los como heróis em quadrinhos que gostamos tanto e que nos faz querer ser um deles enquanto adolescente, principalmente quando se conhece a obra dessa equipe, infelizmente Neil Peart seguiu viagem em seu navio espacial no ano de 2020, mas deixou um legado nobre por excelência.
Falar de Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart seriam necessários páginas e mais páginas incontáveis sobre eles, então vamos falar especificamente sobre 22/11/2002.
Eu, morador do DF acabei embarcando na excursão do organizador do saudoso Fib (figura carimbada da cidade do Gama), foram 3 dias de ônibus bate/volta com direito a uma parada rápida na galeria do rock antes do espetáculo, e para esse que vos escreve, entornei uns conhaques no caminho de ida acabando por regurgitar em quase todas as lixeiras da galeria, daeh bateu o desespero de não curtir o show, passadas algumas horas estava zerado depois de muito H2O.
Ingresso na mão, estavam lá mais de 60 mil pessoas presentes ao estádio, sendo este o maior público individual do Rush em toda sua carreira e considerado por Alex Lifeson como o melhor.
A turnê do Vapor Trails que havia sido lançado naquele ano de 2002 abriu com Tom Sawyer, que no Brasil é a introdução do seriado Macgyver, desnecessário comentar aqui o set list completo, para isso teria que ser um post a parte, de um modo geral eles passearam por todas as fases da carreira trazendo a estrutura completa para o país, tendo em vista que no dia seguinte iriam para o Maracanã e lá seria gravado o CD/DVD Rush in Rio.
Esses caras musicalmente falando é na base do goste ou não, prova disso foi a massa humana de diversos pontos do Brasil que se reuniram naquele dia mágico e único nos brindando com sua técnica, sentimento, feeling e humor para nós expectadores acompanhando cada andamento coreográfico com gestos das mãos e pulos ensandecidos.
E depois de três dias praticamente sem banho por conta da excursão chego em casa beijo minha esposa, minha filha e meu filho; rapidamente corro para o chuveiro para uma ducha demorada e na mente contabilizando o quanto valeu a pena cada real gasto, cada quilômetro rodado entre DF e SP cantarolando Closer to the Heart bem baixinho até apagar do cansaço da viagem.
Artigo por Frank Revero.
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