Escrever sobre o projeto Evil Rock é relativamente fácil. Primeiro, porque é uma opera rock e não é chata. Segundo, no pacote vem uma graphic novel lindamente ilustrada e terceiro, tem em seu cast músicos que poderiam figurar com destaque em qualquer banda no mundo. Como disse na introdução, escrever sobre o Evil Rock é tão fácil que o difícil é não classificar a obra com elogios desnecessários.

A ideia embrionária de Evil Rock – Western Dawn Rider surgiu em um bate papo informal regado a cerveja entre o homem dos mil projetos, Fábio “Marreco” Cota e o músico Pablo Lionço. Após um hiato de seis anos, o projeto felizmente migrou dos porta copos para os players de música.

Tendo a Capital Federal como pano de fundo, a trama narra as desventuras de Ian Frasier (Rafael Cury) que busca escapar da fúria de Czeslaw Demko (Pablo Lionço), figurão da máfia ucraniana, contrabandista de pedras preciosas que deseja vingar a morte do filho. Enquanto recebe o suporte do amigo Alfred Gough (Steve Grimmett) nos planos de fuga, Ian ainda tem tempo de se entregar a uma aventura amorosa com Theodora de Lis (Hoanna Aragão), a prostituta de luxo mais cobiçada da cidade.

Cada uma das onze faixas de Evil Rock – Western Dawn Rider dá vida a história imaginada por Marreco e Lionço. É uma ópera rock n’ roll sensacional permeada pelas vertentes do metal, como o heavy, death e thrash. Um trabalho bem cuidado que tem o suporte de uma graphic novel que encanta fãs dos quadrinhos.

Responsável pela criação do enredo, composição musical e de toda a produção da obra, Fábio Marreco conta que o resultado final foi gratificante, principalmente graças ao apoio e dedicação de todos os envolvidos na empreitada, aproveitando para destacar a atuante parceria do amigo Pablo Lionço, que além dos vocais, se encarregou das letras.

Para que o rock do mal prestasse um grande serviço, Marreco empunhou a guitarra e além de Lionço no vocal, buscou a companhia de talentosos músicos, para os vocais Rafael Cury (Rafael Cury and the Booze Brothers), Hoanna Aragão (Misty Mountain e Brasilia Magical Journey) e Steve Grimmett (Grim Reaper), no baixo Zanny Galvão (Sound N’Rage, ex-Flammea) e na bateria Fabrício Cinelli (DFC).

O mais interessante nisso tudo, é que a audição também funciona no shuffle. Embora a coesão com o enredo seja perfeita, cada canção pode ser apreciada de acordo com a predileção do ouvinte.

Em relação a linda HQ que serve como encarte, complementando a imersão na narrativa da ópera, Marreco desenhou a capa e a faixa “The Necklace”, e convocou um time de ilustradores de Brasília para fazer o resto do trabalho “sujo”. Os artistas Luiz Kiss, Maurício Júnior, Diego Moscardini, Gustavo Vodoo e Thiago Palma criam o background que completa a música.

Em um evento de lançamento tive o privilégio de testemunhar a banda ao vivo e videoclipes preparados com muito esmero. Ver a banda é ação, executando o álbum em alto e bom som foi uma experiência e tanto. Seria legal se rolasse uma turnê no DF e em algumas cidades Brasil afora para demonstrar o poder sonoro da banda devidamente reunida.

Como uma boa saga, Marreco planeja transformar Evil Rock em uma trilogia, assim, Western Dawn Rider serve apenas de um excelente aperitivo.

Recomendo! Evil Rock – Western Dawn Rider é uma das melhores ideias dos últimos tempos na música no segmento rock pesado. De tão inspirador, pode colaborar com a máxima de que Brasília é a Capital do Rock! Você não aceita essa alcunha? Ok, então graças a Fábio Marreco podemos dizer que essa é a Capital do Metal!!! Beleza? \m/_

Ficou curioso né? Então vamos a algumas opções:

1) Acesse o site oficial do Evil Rock e saiba mais sobre o projeto, inclusive ouça o disco, assista os videoclipes e compre o álbum em sua versão física com a HQ ou apenas a edição digital.

2) Concorra a essa belíssima obra, é muito fácil basta deixar um comentário neste post e para assegurar que a sorte está do seu lado, curta as fanpages do Na Rota Do Rock e do Evil Rock.

Opa! Espere aí! Aproveite para assistir o videoclipe do segundo e fodástico single intitulado “The Necklace”.

Crédito das fotos: Gus Samarco