Artigo interessante sobre cultura do jornalista, historiador Luciano Lima, apresentador do programa Papo Firme.
Há uma banalização de emendas parlamentares para a cultuar e muitos desvios de verbas públicas? Eu acredito que sim! Mas é importante entender que cultura também é uma obrigação do Estado com a população e está na constituição. Não podemos transformar todos os produtores culturais ou artistas que recebem verbas públicas em bandidos. Há também desvios em emendas para saúde, educação, esporte, segurança pública e transporte. Aliás, será que todos os parlamentares conseguem fiscalizar e acompanhar as emendas que destinam? Será que estão destinando verbas de forma correta e transparente? Não podemos declarar guerra à cultura.
Gostaria de propor a classe artística e aos parlamentares do Distrito Federal na Câmara Legislativa e no Congresso Nacional um debate sobre o assunto para mudarmos as leis e a forma de repasse, e assim dar transparência, legitimidade e uma maior fiscalização das verbas liberadas.
São importantes também leis mais eficazes de benefícios fiscais para atrairmos os investimentos do setor privado para a cadeia produtiva do setor cultural. O poder público poderia também oferecer cursos aos produtores e agentes culturais para que eles possam aprender como elaborar um bom projeto. Nem todo o produtor está preparado para receber e trabalhar com dinheiro público e, em alguns casos, emendas parlamentares estão sendo repassadas para qualquer pessoa.
A cultura interliga-se a todas as áreas e é intrínseca ao viver. Se há problemas, então vamos enfrentar o problema com transparência, sem burocracia e com controle para coibir os excessos e as más práticas. Hoje temos a violência batendo em nossa porta e a maior vitima de tudo isso é o jovem. Sabemos que as crianças e adolescentes anseiam por uma vida mais digna, com políticas públicas eficientes e que possam garantir-lhes educação de qualidade, saúde, esporte e cultura. Eu acredito que a cultura transforma e pode ser um dos principais aliados para que o Estado chegue mais perto dos jovens.
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