A produção “Creed III”, nono filme da franquia Rocky chega aos cinemas em todo o país.
Qualquer pessoa que não esteve em coma nos últimos 40 anos, em algum momento da vida ouviu falar de Rocky Balboa, protagonista da franquia esportiva capitaneada por Sylvester Stallone. Sendo assim, mesmo que não goste de boxe, teve algum contato com o esporte – tema central das produções –, nem que seja por meio de memes.
Os capítulos atuais que versam sobre Adonis Creed, filho de Apolo Creed – outro personagem fundamental na franquia –, têm surpreendido por vários motivos em razão da qualidade em várias esferas, tais como o carisma e a eficiência do elenco, um ponto que merece muitos elogios.
O quarteto familiar composto por Michael B. Jordan, Tessa Thompson e pela adorável Mila Kent, nos entrega ótimas sensações. E o “vilão” vivido por Jonathan Majors tem o deboche e a estrutura ideal para este tipo de papel.
Nesta nova empreitada cinematográfica, que levanta discussões sobre a honra, a amizade e o valor da vingança, temos também uma grata surpresa: a direção a cargo de Michael B. Jordan. Além de representar Creed, o ator em sua estreia no comando da direção apresenta um trabalho consistente e inventivo.
Um fã assumido de mangá e anime – quadrinhos e animações japonesas –, Jordan inovou trazendo um pouco deste universo para as cenas de luta, deixando como mensagem que uma inspiração bem utilizada terá sempre o seu valor!
Nem só de pancada vive o espectador
A franquia Rocky não viveu até hoje apenas de elaboradas representações de sopapos na ‘fuça’, o texto sempre discutiu o cotidiano de uma forma mais ampla, e esse recorte social contribuiu para o sucesso.
Temas e dores inerentes a cada indivíduo sempre fomentaram reflexões, afinal, o bom cinema trata de reciclar elementos sem torná-los banais, e isso Stallone faz isso bem na maioria do tempo. É muito tocante testemunhar a discussão de temas pesarosos como a aposentadoria e a dor do luto.
Em Creed esses debates também são levados a sério. Neste terceiro capítulo, por exemplo, a discussão sobre a inclusão de pessoas com deficiências é muito bem tratada. Essa junção de um bom roteiro, ótimo elenco, direção competente e cenas empolgantes de ação assegura que uma obra que deve ser conferida no cinema.
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