Primeiro longa-metragem nacional produzido pela Netflix. Mostra um Pernambuco entre a década de 1910 e 1940, tomado por cangaceiros, matadores e coronéis. Um faroeste do sertão bem escrito e produzido pelo diretor Marcelo Galvão, que também dirigiu o filme Colegas (2012).
O Matador estreou no streaming em 2017. Conta a história de Cabeleira (Diogo Morgado), um matador sanguinário, criado por Sete Orelha (Deto Montenegro), que o achou recém nascido abandonado no meio do sertão. Sua criação foi direcionada sob a lição de matar tanto para comer quanto para lucrar.
Após o sumiço do pai adotivo, Cabeleira vai para a cidade a fim de encontrá-lo. E acaba se tornando o principal matador de Monsieur Blanchard (Etienne Chicot), conhecido como “O Francês”. Este domina o mercado de pedras preciosas, e governa a cidade onde nosso protagonista foi atrás do pai.
Em uma terra sem lei, quem manda são os poderosos, e se algo ou alguém incomoda, a questão é resolvida na bala. Cabeleira lucrava muito com isso, matava em troco de pedras preciosas, principalmente pela famigerada Turmalina Paraíba. Essa era a moeda de troca pelos seus serviços, aos quais ele gastava tudo com mulheres.
O filme impressiona com uma ótima fotografia, e enredo bem desenvolvidos. Dividido em ciclos, a infância e como foi a criação de nosso principal personagem. Seu auge matando desafetos do Francês, e sua busca pelo pai desaparecido.
Ao apresentar os demais personagens, o diretor se estende demais em algo que não precisava de tanta minúcia. Cabeleira é deixado de lado por um bom tempo, sendo que ele é o protagonista. Mas não é algo que prejudique tanto o filme, que mostra nossa brasilidade e nos leva para o passado, por meio de mais esta produção Netflix. A obra não é grandiosa, mas desempenha bem o seu papel, entreter. Um faroeste brasileiro carregado de bagagem histórica ao retratar com veracidade como era o sertão.
Beijo enorme!
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