Vamos falar de Rock in Rio, inaugurarei com o dia do Red Hot Chili Peppers, primeiro dos três que me propus a prestigiar. Neste post englobarei todos os detalhes, indo além das apresentações, nos outros a serem publicados me concentrarei nos shows.

 

A Cidade Maravilhosa

Ouso-me a utilizar de um clichê, “o Rio de Janeiro continua lindo, o Rio de Janeiro continua sendo…”, só que desta vez lotadaço, imagine esta cidade fervilhando na época da Copa do Mundo? É gente para tudo que é lado, eu como “sou do povo, eu sou um Zé Ninguém”, adorei a muvuca! É sério! Adoro! Se eu pudesse, mesmo com todos os transtornos, minha vida seria dedicada a grandes festivais.

 

O ROCK IN RIO

O festival tem uma preocupação imensa com o público, tanto que o excesso de organização às vezes até atrapalha; a grande máquina de fazer dinheiro é bem intencionada, não há duvidas. Mas não tem como administrar um evento desse porte de forma perfeita devido ao fluxo de pessoas. O direito de ir e vir na Cidade do Rock é multiplicado por uma centena de milhar.

Uma das coisas que desde já me indignaram, foi o boato que corre a “boca larga”, que a empresa de celular que patrocina o evento, bloqueou o acesso ao 3G nos aparelhos que tem assinatura das concorrentes. Faz sentido, porque eu mesmo não consegui conexão, e pessoas de outras operadoras também não tiveram sucesso. Já os celulares da empresa que ajuda a bancar o Rock in Rio funcionavam bem. Coincidência não?

Em minha opinião, caso seja verdade, é uma questão de abuso e merece ser investigado pelas autoridades competentes. O consumidor não pode ser cerceado do direito de usar sua internet, porque esta não é a mesma da que patrocina um evento. Além da burrice “gigante” dos organizadores, que estão perdendo o dinamismo da internet, que poderia inclusive, estar divulgando em tempo real via redes sociais para todo o mundo.

Será que a censura é uma das propostas do Rock in Rio?

 

Transporte

Caso a estrutura não seja mais bem administrada, você tem que ser uma pessoa de muita sorte para chegar ou deixar a Cidade do Rock em pouco tempo. Duas são as sugestões da organização, eu descobri uma terceira:

1) Para quem comprou previamente pela internet, existe um serviço de ônibus com horário e local de saída pré-estabelecidos. O serviço ainda gera muitas críticas, quem comprou o tal cartão desejando conforto está recebendo em troca uma bela dor de cabeça com atrasos e veículos hiper lotados.

2) Embarcar em um coletivo rumo ao terminal Alvorada na Barra da Tijuca, uma vez lá, embarca-se em outro que lhe deixará na Cidade do Rock. Devido ao volume de pessoas, dizer que os ônibus estão super lotados é eufemismo. Melhor criarmos outra definição para se adequar.

Importante! Para fazer uso dessa opção é necessário que você compre um cartão chamado “Rio Card”, o referido pode ser recarregado quantas vezes forem necessárias. Ainda não sei quanto à recarga, mas para comprar um é complicadíssimo. Em Copacabana – local que estamos hospedados –, não encontramos sequer um ponto de vendas. Conseguindo chegar na Cidade do Rock, lá ele é vendido aos “montes”.

3) Descobrimos uma linha de ônibus em Copacabana que não é sugerida em momento algum em nenhum veículo de comunicação. Custa R$ 4,50, com ar condicionado e te deixa na Cidade do Rock praticamente na mesma “altura” que os outros dois meios de locomoção citados acima.

Chegando a um destes pontos, caminha-se no meio da “galera” por estimados dois quilômetros para adentrar a Cidade do Rock. Na volta, devido ao cansaço, esses dois KM de passos, parecem quatro devido ao cansaço, fora a competição de se conseguir espaço para embarcar num dos ônibus da galera.

 

A Cidade do Rock

A estrutura é maravilhosa, suntuosa e com grandes corredores para dar vazão à quantidade de pessoas que transitam por lá diariamente. O formigueiro humano é impressionante, e para quem está disposto a competir nas milhares de filas – comer, beber, brincar no parque, participar dos eventos ou comprar bugigangas –, a diversão é mega garantida.

OBS: Como eu citei acima, abaixo não citarei mais as filas, porque soará redundante, no Rock in Rio as filas existem em todos os lugares e serão imensas para todos os lados e locais durante sua estada na Cidade do Rock.

Não dizem que Brasileiro adora uma fila? Está na hora de exercer radicalmente sua porção tupiniquim.

 

Produtos Oficiais

Uma vasta gama de produtos está a sua disposição. Escolha de camisetas a chaveiros, de fones de ouvido a perfume, só para citar alguns itens. As opções são várias, mas os valores não facilitam a vida dos saudosistas que querem deixar a Cidade do Rock com alguma lembrança do evento. Só para ter uma noção, as camisetas estão na média de R$ 80.

Para quem procura as famosas camisetas oficiais das atrações que se apresentam no Rock in Rio, os valores são os praticados acima e pelo menos nessa primeira noite não existia uma grande variedade de estampas ou tamanhos. Para piorar, de todas as lojas de produtos oficiais, apenas uma comercializa o material das bandas, em todas as outras só produtos do festival.

 

Alimentação

Se você for igual a mim, e portar uma comunidade de solitárias no seu “bucho”, prepara-te para morrer na grana ou de fome. Sanduíches só com pão e hambúrguer de uma marca famosa, sem nenhum molhinho sequer, por um preço médio de R$ 15. Cachorro quente só com a salsicha por outros R$ 6. Pizza brotinho por R$ 12 e o mais impressionante, uma coxinha por R$ 5. O que tem de impressionante? Cobram esse valor e usam com propriedade o sufixo “inha” no tamanho do salgado. As bebidas até que estão num valor “justo”, água e refrigerante por R$ 5 e cerveja por R$ 7.

Se você busca uma sugestão, indicaria a pizza brotinho e o frozen iogurte, caros mas ambos deliciosos.

 

Banheiros

Ponto positivo. Amplos e levando-se em consideração que nós seres humanos somos “porcos”, estão em uma condição que podemos classificar como limpos. Pelo menos nos dos homens. Infelizmente eu não posso entrar no banheiro das mulheres para lhe dizer qual a situação. =P

 

Diversão

O festival tem essa qualidade, mesmo com todos os reveses, tem diversão para todos os lados. Tirolesa, roda gigante, queda livre, além de várias ações desenvolvidas pelos patrocinadores, que além de entreter ainda divulgam por intermédio de brindes legais.

 

Estrutura de áudio e vídeo

Na maioria dos pontos da Cidade do Rock você vê o palco principal, denominado como “Mundo”. A qualidade de som é incrível graças a caixas de som (PA’s) instaladas em pontos estratégicos, e a qualidade é excelente. Caso você esteja cansado do empurra e empurra na pista, ou quer ver sua atração preferida sentadão, telões com ótima qualidade, exibindo os shows estão espalhados em vários locais.

Para variar, o som dos brasileiros deixou a desejar quando comparado às atrações internacionais. Não sei se é uma questão de profissionais ou de equipamentos, só sei que tinha algo errado.

 

OS SHOWS

Infelizmente com o dinamismo, as filas e a série de novidades, não curti sequer um show nos palcos alternativos. Por exemplo, na hora do Mondo Cane capitaneado pelo fodástico e amalucado Mike Patton estávamos presos na tentativa de comprar um sanduíche.

A chuva foi um presente de grego, as ótimas apresentações do Stone Sour e Capital Inicial ajudaram a aguentar a torrente aquática. Mas o frio foi difícil aguentar!

Falta de respeito! De crítica, a mudança de palco entre bandas é irritantemente demorada. Cadê os diretores de palco para apressarem esse esquema? Que tal um palco giratório? Enquanto um tocaria, o próximo se prepararia. Fácil e rápido!

 

Nx Zero

Antes de a banda pisar no palco, já se ecoava em alto e bom som na pista da Cidade do Rock, além das vaias o grito: Hey NxZero vai tomate cru! Resultado, show a jato e um PA com som estridente para abafar as manifestações negativas da plateia.

 

Stone Sour

Creio que 95% dos presentes não conheciam a segunda banda de Corey Taylor, vocalista do Slipknot. Boa parte desses saíram de lá elogiando o super apresentação, o que consequentemente vai engrossar o caldo de entusiastas pelo Stone Sour.

Uma surpresa boa, devido ao nascimento da filha do baterista Roy Mayorga, o “cara das baquetas” foi o master e ex-Dream Theater Mike Portnoy. 🙂 Nada contra o Roy, mas o Mike podia continuar né?

O vocalista Corey encantou a todos com muito carisma e simpatia, aliados a muita qualidade musical que o grupo possui. Com língua solta, fazia questão de interagir em todos os momentos com o publico. O setlist prestigiou os três álbuns lançados pelo grupo.

 

Capital Inicial

Outro dos grandes da noite, formando uma tríade de sucesso com o Stone Sour e o RHCP, Dinho e cia encantaram a todos com competência e presença ímpar de palco. Grandes hits e canções do último álbum “Das Kapital”, aliados a efeitos especiais e um telão sensacional que entregaram aos 100mil presentes uma apresentação magnífica.

Já vi vários shows da turnê “Das Kapital”, mas em nenhum deles tive a oportunidade de testemunhar a incrível interação multimídia entre banda e palco.

No mais, Dinho e seus trejeitos estimulando as garotas, tem tempo de pedir a todos que tenham cuidado para não empurrar a galera que está na grade, divulga o rock de Brasília e com sua postura política reta, atira para todos os lados, merecidamente sobrando até para José Sarney.

 

Snow SLOW Patrol

Ok, vamos ser sinceros, Snow Patrol não é ruim. Mas ao somarmos o cansaço das andanças, a espera dos shows e a meditação para manter-se em pé, o publico quer descontar em alguém. Até que deu tudo certo, e é até covardia falar mal dos Britânicos que deveriam ter sido escalados para tocar mais cedo. Falto bom senso aos organizadores.

Gostei da apresentação, mas faço coro com os que os intitularam de Slow Patrol.

 

Red Hot Chili Peppers

Estou pensando no que dizer sobre essa galera, show foda, sou fã, mas estou atrasado para ir para a cidade do Rock, ok, mais tarde eu completo, curta o setlist abaixo.

Publicarei também as fotos para ilustrar. Mas já adianto que estão horríveis, afinal, fiquei longe “pracaraio” do palco.

SETLIST RHCP

Red Hot Chili Peppers Setlist Rock In Rio 4 2011, I'm With You