Leia aqui sobre a viagem que fiz para cobrir os shows do Biquini Cavadão e Plebe Rude nas cidades de Maceió/AL e Caruaru/PE.

Já viu aqueles filmes em que tudo pode acontecer? Foi mais ou menos assim a minha viagem a Maceió e Caruaru, a convite da Central Produções de Caruaru, na figura de seu proprietário Diógenes Félix, para cobrir os shows do Biquini Cavadão e Plebe Rude.

Antes de iniciar o leriado, uma constatação, nunca em nenhuma outra região do país teremos tanta simpatia e hospitalidade a nossa disposição como temos no nordeste. #fato

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19/08 – Maceió/AL

Geralmente vôo é uma coisa chata. Tu fica ali sentadão, naquele mísero espaço entre poltronas esperando a hora de chegar. Para minha surpresa, as coisas já começaram legais no aeroporto. Embarquei no mesmo avião que os amigos do Biquini Cavadão e Plebe Rude. Um estado de animação e atualização de assuntos.

Chegamos em Maceió, com as lombrigas fazendo piquete e reivindicando comida. A Plebe Rude foi a que se organizou primeiro, então me enfiei na van e almoçamos em um restaurante ótimo chamado Bodega do Sertão. Então seguimos para o hotelzão Maceió Atlantic Suites, fiquei descansando lá, esperando o horário do jantar, então, na esquina do Hotel num tal de Armazém…esqueci o nome, comi um Filet a Parmegiana que mudou a minha vida. Bem chega de conversa chata né?

Fui para o tal do Clube Fênix Alagoano, espaço do show. Os Alagoanos que conversei me disseram que a escolha desse local para o evento era ruim, pois faltava estrutura e a vizinhança era insegura. Apenas detalhes dentre alguns entraves.

Primeiro entrave, a produção contratou dois palcos, e estes não eram iguais. Por esse motivo a Plebe Rude resolveu tocar após o Biquini Cavadão para utilizar o mesmo tablado.

Segundo entrave, membros da equipe de segurança eram despreparados. Do início ao fim deram trabalho para a produção, equipe técnica e músicos.

Terceiro entrave, a qualidade do som. Segundo um dos técnicos do Biquini Cavadão que já trabalhou com vários artistas, confessou que nunca conseguiu fazer um show em Maceió que o som não tenha dado trabalho. Vamos se reciclar galera! Graças a essa bagunça, o público ainda foi penalizado, esperando durante um bom tempo do lado de fora e se molhando graças a uma chuvinha sem vergonha.

A abertura ficou a cargo da banda Isca Up de Campina Grande/PB, interessante, mas o som ruim não ajudou totalmente na curtição.

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Bruno Gouveia e cia sobem ao palco e levam o público ao êxtase. No setlist, canções já fundamentadas em todo o universo dos fãs como “Tédio”, “Impossível”, “Vento Ventania” e as novas “É Dia de Comemorar” e “Acordar pra Sempre Com Você”. O show é uma versão 2.0.1 do brilhante trabalho iniciado no CD/DVD Ao Vivo (2005). Por exemplo, a brincadeira Guitar Hero tinha outro formato, com participação de dois escolhidos na plateia. Para não ficar repetitivo, os detalhes da apresentação do Biquini estão logo abaixo, na informação de Caruaru, já que teve praticamente o mesmo enredo.

O bicho agora ia pegar para a Plebe Rude, como suceder uma super apresentação do Biquini Cavadão? Bruno gosta de chamar essa situação de palco ensaboado. A banda de Philippe Seabra tem atitude suficiente para aguentar essa parada dura. O problema foi o som, o menor adjetivo que posso atribuir para o técnico de som alagoano é incompetente. P.S.: O Biquini não sofreu com o fantasma do som ruim porque viaja com uma equipe completa de técnicos. Um luxo que ainda não pode ser bancado pela Plebe Rude e Isca Up.

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A galera que ficou para ver a Plebe ao vivo foram os plebeus verdadeiros. Fãs de rock nacional ou do próprio grupo de canções coesas como “Até Quando Esperar”, “Minha Renda” e “Proteção” que nunca nessa vida, esperou vê-los em ação num palco.

Philippe Seabra (vocal e guitarra), André X (baixo), Clemente (guitarra) e Marcelo Capucci (bateria), junto com seus técnicos lutaram para tentar fazer o som funcionar, pelo menos minimamente. O vocalista emputecido arremessou seu violão, esbravejou para o técnico pedindo que ele prestasse atenção, mas sem sucesso.

As estripulias de Philippe foram motivos de brincadeira entre nós no outro dia, algo para que tentássemos esquecer aquela noite. Segundo o líder da Plebe, em 30 anos de carreira, eles nunca tiveram um som tão ruim e tanta incompetência.

No camarim do Biquini tudo era festa, tirando alguns excessos normais de fãs que se acham donos dos artistas, foi tudo dentro dos conformes.

Já no camarim da Plebe Rude, aquela noite realmente ainda reservaria surpresas, como o sujeito “bêbado como uma porca” que se dizia policial, e de tanto abraçar e beijar Philippe, o vocalista percebeu que o sem noção estava armado.

Com muito receio, conseguimos fazer ele se retirar do camarim, o bêbado ainda ensaiou uma volta, mas bati um longo papo e o convenci a ir embora. Resultado, do lado de fora ele assassinou dois flanelinhas, e entrou no clube correndo atrás dos seguranças atirando para todos os lados. Maceió foi um passeio com muita emoção!

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20/08 – Caruaru/PE

No fim da manhã, acomodamos as bagagens na van e fomos rumo a Caruaru, como todo castigo pra corno é pouco, o motorista se perdeu e demoramos em achar o hotel, essa minha viagem ao lado da Plebe rendeu muitas histórias. =P

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Início da noite, fui conhecer o Espaço Cultural, local que iria abrigar as apresentações das duas bandas. A energia fluía melhor, tanto que nem voltei para o hotel, fiquei curtindo todas as informações, conhecendo pessoas, acompanhando a montagem dos palcos e me inteirando daquela que seria uma grande noite. Ok, antes de continuar um aviso, Maceió não foi ruim, apenas aconteceram surpresas ingratas que não apareceram em Caruaru, inclusive fiz boas amizades por lá, naquelas terras alagoanas. 🙂

Isca Up

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Formada por Thiago Jack (vocal e percussão), Diego (vocal e violão), Igor (baixo), Tonton (vocal e percussão), Zaca (percussão), Silvino (bateria) e Fabricio (guitarra), a banda Isca Up, que eu havia apenas gostado, por causa do som ruim, mostrou sua verdadeira face em Caruaru. Apresentou um som envolvente e sem firulas, com influências de psicodélico, rock e ska como eles mesmo definem. O setlist mescla composições próprias com releituras de clássicos como “Let The Sunshine In” (Hair) e “I Put A Spell On You” (Creedence Clearwater Revival). A Isca Up está praticamente pronta para desbravar nos palcos desse Brasil afora. Faltam pequenos detalhes, mas estão no caminho certo, além de ótimos músicos e uma galera gente boa.

Plebe Rude

Até quando esperar por um grande show? A espera durou uma noite e 17 canções. A Plebe apresentou um setlist baseado no novo trabalho Rachando o Concreto ao Vivo em Brasília lançado neste ano em CD/DVD.

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O publico que em grande maioria aguardava o Biquini Cavadão, se rendeu a explosiva apresentação. Impossível ficar indiferente a energia, enquanto uns aprendiam sobre o grupo, os plebeus se deliciavam com a oportunidade ímpar de testemunhar uma apresentação.

A cada canção executada, um ponto creditado. Quando chegou a vez de “Proteção”, se incorporou as incidentais “Polícia” (Titãs) e “Selvagem” (Paralamas do Sucesso), além de uma adição de “Geração Coca Cola” (Legião Urbana), um emocionante revival cantando em uníssono por todos os presentes.

Ao final aplausos calorosos aos gritos de Olê olê Plebe Plebe, e como Philippe brincou, imediatamente substituídos por Biquine, biquine! =P

No camarim, desta vez tudo certo, sem malucos, stalkers ou qualquer outro tipo de indivíduo sem noção. Apenas admiradores da Plebe, extasiados pela oportunidade.

Biquini Cavadão

As apresentações do Biquini Cavadão são famosas por se desenrolarem com uma precisão incrível. Nas relações entre grupo e fãs existe uma simbiose invejável por qualquer banda que deseje fazer um show memorável.

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Eu acompanho apresentações do grupo desde (1989), seu terceiro álbum, e a qualidade no palco sempre foi um diferencial. O que testemunhamos agora é a evolução dos trejeitos, interação, brincadeiras e façanhas sempre capitaneadas pelo vocalista Bruno Gouveia.

Tudo é muito intenso, desde a escalada do vocalista nos pórticos do palco, cantar no meio do publico e ordenar que ele se agache para dar um grande salto.

O amalucado Bruno brada pelo sucesso do rock nacional, está em plena campanha para a doação de brinquedos nos shows, além de comandar a inserção de “Hey, Soul Sister” (Train) em “Vento Ventania” ainda tem fôlego para praticar um salto na plateia conhecido como mosh. O interessante é que na primeira tentativa o publico não conseguiu segurá-lo. O vocalista voltou ao palco, ensinou como deveria ser feito, vocês devem ficar com os braços duros para cima e não podem me deixar cair. O interessante é que o sucesso da empreitada foi atrapalhada por um engraçadinho que tentou roubar o tênis, ouvimos cinco boas pancadas do microfone na cabeça do indivíduo intitulado como Zé Ruela pelo guitarrista Coelho.

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Em um momento da turnê, existia uma brincadeira com riff’s de grandes músicas do roquenrol, em que duas pessoas escolhidas na plateia simulavam um engraçadíssimo air guitar, o formato não deve ter agradado muito, a diversão agora começa como uma espécie de guitar hero. Coelho e Magal se divertem entoando “Miserlou” (Dick Dale & His Del Tones), “Satisfaction” (Rolling Stones), “Song 2” (Blur), “Smells Like Teen Spirit” (Nirvana), “Back in Black” (AC/DC) e “Enter Sandman” (Metallica). Bruno entra brincadeira fingindo que não sabe tocar, errando acordes em uma guitarra para logo em seguida mandar a clássica “Seven Nation Army” (The White Stripes). A galera enlouquece, o vocalista pede para tocar mais uma e manda o riff de “Zé Ninguém” executada por inteiro.

Após “Chove Chuva”, chegamos ao fim de um espetáculo inesquecível. Mais um capítulo dessa festa será celebrado nos camarins, em que Bruno incansavelmente recebe os fãs.

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Enfim, vou parar na van com Bruno Gouveia, o vocalista brinca com o megafone anunciando pamonhas na rua de Caruaru, inclusive inventando misturas malucas receitas para diabéticos. Chegamos no hotel, fico até 6h30 batendo papo e escutando o novo CD do Biquini. Só digo uma coisa, das seis músicas que tive o prazer ouvir, acredito em mais um trabalho de sucesso. Adorei e dou mais uma vez os parabéns!

 

Em resumo, etc e tal.

O Caruaru Rock Festival, segundo Diógenes Félix da Central Produções é o primeiro do que virá a ser um grandioso evento na cidade. A pretensão é que seja realizado no mesmo local que sedia o famoso São João. O caruaruense ficará orgulhoso ao sediar um festival de pop e rock na considerada capital do forró. Pretendo estar em todos! #VaiVendo

Uma viagem sensacional, que conheci pessoas sensacionais e testemunhei shows igualmente sensacionais.

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P.S.2.: Se quiser mais uma impressão sobre o show da Plebe em Maceió, clique aqui e leia o blog da @deia_barbosa

P.S.3.: Vocês de Maceió que plagiaram meus textos sobre os shows, deviam ter vergonha e dar os devidos créditos. #ProntoFalei

Obrigado a todos os envolvidos!

GALERIA DE FOTOS

Crédito das fotos: Cristiano Porfírio

OBS: Cada número embaixo de cada galeria, significa outra página com fotos.

Biquini Cavadão & Plebe Rude – Maceió/AL – 19 de agosto de 2011

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Plebe Rude – Caruaru/PE – 20 de agosto de 2011

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Biquini Cavadão – Caruaru/PE – 20 de agosto de 2011

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