O cinema africano, que foi destaque na última edição do Festival de Berlim, segundo alguns críticos, constitui uma das mais belas e sensíveis cinematografias do mundo. É um cinema que, independente da problemática política e social vivenciada pelo grande continente, consegue superar as maiores dificuldades e fazer, de forma leve e poética, um verdadeiro libelo a liberdade de expressão e a aceitação das diferenças.
A mostra é uma parceria com a Embaixada da França. A programação teve início dia 31 de março. Mas ainda dá tempo de conferir. São exibidos curtas, média e longas-metragens de cineastas africanos consagrados.
A mostra é uma parceria com a Embaixada da França. A programação teve início dia 31 de março. Mas ainda dá tempo de conferir. São exibidos curtas, média e longas-metragens de cineastas africanos consagrados.
As exibições ocorrem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Abaixo, os filmes e os dias restantes.
Dia 8 de abril (Quarta-feira)18h30 – Os combatentes africanos da Grande Guerra (82min)20h30 – Safrana, ou o Direito à palavra (121min)
Dia 9 de abril (Quinta)18h30 – Taafe Fanga, Poder de saia (103min)20h30 – Fary L’Anesse (21min) – O regresso de um aventureiro (34min) – Os cowboys são negros (15min)
Dia 10 de abril (Sexta-feira)*Feriado de sexta-feira da paixão
Dia 11 de abril (Sábado)16h30 – Bako, a outra margem (109min)18h30 – Fad, Jal (113min)20h30 – Os combatentes africanos da Grande Guerra (82min)
Dia 12 de abril (Domingo)16h30 – Finzan (105min)18h30 – E não havia mais neve… (22min) – Jom ou a História de um povo (76min)20h30 – Tabataba (79min)
Sinopses
Bako, a Outra Margem (Bako, L’autre Rive, Mali/França, 1978)De Jacques Champreux, DVD, cor, 109min. A lenta imersão na miséria, o desprezo e, por vezes, a morte por que passam milhares de homens deslumbrados pela miragem de “Bako”, palavra bambara que significa “a outra margem”, utilizada pelos imigrantes nordestinos do Mali para designar a França.
E Não Havia Mais Neve… (Et la Neige n’etait plus…, França/Senegal, 1965) De Ababacar Samb Makharam. P&B. 22 min. Um jovem bolseiro senegalês regressa da França. O que ele aprendeu? O que ele esqueceu? Que caminho ele irá escolher para o contato com as novas realidades africanas? Os problemas que se colocam na juventude africana expostos com franqueza, coragem e humor.
Fad, Jal (Senegal, 1979)De Safi Faye. Cor. 113min. Fad,Jal é a crônica de um povoado sérère da região do cultivo do amendoim no Senegal. Os aldeões testemunham, através da fala dos anciãos, a história do povoado transmitida pela tradição oral, e sobre as dificuldades que eles têm para explorar sua terra e para se alimentar de sua produção.
Fary L’Anesse (Senegal, 1989)De Mansour Sora Wade. Cor. 21min. Ngor e Coumba moram num vilarejo árido no Senegal. Há dois anos Ngor deseja esposar Coumba, mas, uma vez mais, a colheita anual foi ruim: as chuvas irregulares não foram favoráveis para que a colheita do amendoim, única cultura herdada da colonização, proporcionasse ganho suficiente para o casamento. Finzan (Mali, 1989)De Mali Cheick Oumar Sissoko. Cor. 105 min. Este filme confronta as tradições patriarcais do Mali, incluindo a controversa questão da circuncisão feminina. A viúva recente Nanyuma se sente livre do tratamento cruel de seu falecido marido. Ela sai da aldeia com sua sobrinha Fili, mas é eventualmente forçado a regressar. Nanyuma percebe que sua única chance de reclamar a sua própria liberdade será abandonando a comunidade.
Jom ou a História de um Povo (Jom ou l’Histoire d’un Peuple. Senegal, 1981)De Ababacar Samb Makharam. Cor. 76min. O Jom é a origem de todas as virtudes, a dignidade, a coragem, uma certa beleza do gesto, a fidelidade do compromisso, o respeito pelo outro e por si mesmo. Klaly, o feiticeiro africano, encarnação da memória africana, atravessa as épocas para ser uma testemunha da resistência à opressão: a que opõe o colonizador ao povo escravizado, o senhor ao criado, o patrão aos operários.
Os combatentes africanos da Grande Guerra (Les combattants africains de la Grande Guerre, África/França, 1983)De Laurent Dussaux, dvd, p&b, 82min. Constituído de documentários rodados no Senegal e em Burkina Fasso e de documentos de arquivos, este filme propõe um novo olhar da história, por meio de testemunhos de ex-combatentes sobreviventes e registros históricos e raros, como o embarque das tropas em Dakar, a travessia até a França e a vida nas trincheiras.
Os Cowboys São Negros (Les Cow-Boys Sont Noirs, França, 1966)De Serge-Henri Moati, DVD, p&b, 15min. Moustapha Alassane, cineasta nigeriano, realizou “O Regresso de um Aventureiro”, primeiro western africano. Este filme conta a historia da gravação deste filme de ação e de amor e mostra-nos como é tênue a fronteira entre a realidade e a ficção, o cinema e a vida.
O Regresso de um Aventureiro (Le Retour d’un Aventurier, Nigéria, 1966)De Moustapha Alassane. Cor. 34 min. De regresso de uma viagem aos Estados Unidos, um jovem nigeriano oferece aos amigos da sua aldeia equipamentos de cowboys. A gangue vai perturbar a vida da aldeia e vai transformá-la numa cidade do velho oeste americano.
Tafe Tanga – Poder de Saia (Taafe Fanga, Pouvoir de Pagne, Mali, 1997) De Adama Drabo. Cor. 103min. O ilustre feiticeiro africano Sidiki Diabaté nos convida para a falésia de Bandiagara, ao passado do povo Dogon . L’Albarga, a máscara dos espíritos da falésia, símbolo de poder, cai nas mãos de Yayème, uma adolescente, e provoca uma desordem em Yanda. As mulheres trocam a saia pelas calças dos homens. Maldição? Castigo Divino? O poder das mulheres se instala. A nova ordem resistirá a todas as contradições?
Local: Centro Cultural Banco do Brasil – SCES, Tr. 2, Lt. 22 – Asa Sul
Telefone: 3310-7087
Preço inteira: Entrada franca
De: 31/03/2009
Até: 12/04/2009
Abraços a todos;
Carlos Henrique.
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