A década de 80 não foi só de diversão, buscando também despertar nos ouvintes uma ideologia política e a luta pelo fim do ostracismo, artistas engajados escreviam ótimas letras, na qual ficar em casa de bobeira ou achar que estava tudo certo sem questionar não era uma opção.
As letras esmiuçavam nosso modo de viver, os políticos, a família e a religião, afinal, tudo estava na mira. Uma das mais fortes era a canção Igreja dos Titãs, que trazia versos como “Eu não gosto do papa. Eu não creio na graça do milagre de Deus. Eu não gosto da igreja. Não tenho religião.”
Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii) ao cantar em Crônica “você que tem idéias tão modernas, é o mesmo homem que vivia nas cavernas” revirava a modernidade de cabeça para baixo, criticando a falta de consciência social e a violência.
O Ultraje adorava confrontar os políticos com sarcasmo, Filha da Puta e Inútil são boas provas dessa comicidade. A Legião, na figura de seu letrista e vocalista, Renato Russo adorava instigar seus ouvintes.
Plebe, Paralamas, Capital e Lobão são só mais alguns exemplos de toda a riqueza cultural do Brock oitentista.
Criei abaixo um setlist com canções básicas, para você gravar em cd ou colocar no seu mp3 e aos brados cantar: “Até quando esperar a plebe ajoelhar?” ou “Polícia é fogo, meu chapa. Combate o crime de verdade. Prende os garotos de moto para moralizar a cidade”.
Putz! São várias, faltaram com certeza, se for lembrando vai aí postando nos comentários, beleza?
Titãs: Desordem e Diversão
Engenheiros do Hawaii: Toda Forma de Poder e Crônica
Ultraje a Rigor: Filha da Puta e Inútil
Legião Urbana: Geração Coca-Cola e Que País é Este?
Os Paralamas do Sucesso: Patrulha Noturna e Selvagem?
Capital Inicial: Veraneio Vascaína e Autoridades
Plebe Rude: Johnny Vai à Guerra e Até Quando Esperar
Lobão: Decadence Avec Elegance e O Eleito
Biquini Cavadão: Inseguro de Vida e Catedral
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