Em 1996, “Twister”, um filme sobre tornados conquistou o público, sendo a segunda maior bilheteria daquela temporada, agora, 28 anos depois temos “Twisters”, um longa-metragem que funciona mais como homenagem do que continuação, e melhor, estreia nos cinemas com boas expectativas graças há muitas qualidades.
A direção por Lee Isaac Chung, responsável pelo aclamado “Minari” (2020), conferiu a “Twisters” uma carga emocional positiva – que felizmente nunca é piegas –, se alinhando satisfatoriamente à ação. O equilíbrio é um dos pontos positivos da produção e quem busca o filme pela ‘destruição’ não se decepcionará, pois ainda tem como trunfo a produção de Steven Spielberg, nome que dispensa credenciais.
E quando falamos de ação, o longa-metragem consegue entregar ao espectador doses generosas de adrenalina, graças a aspectos como a direção segura de Chung, o roteiro por Joseph Kosinski e Mark L. Smith, e efeitos especiais grandiosos e críveis, afinal, todos nós sabemos como é difícil atualmente cobrar perfeição em produções que estão impregnadas de C.G.I. – imagens geradas por computador – para criar realidades fantásticas.
O fator humano é preponderante para o sucesso de “Twisters”, além dos nomes citados acima, é preciso elogiar a bela química entre os protagonistas. O trio de atores Daisy Edgar-Jones, Glen Powell e Anthony Ramos, que vivem respectivamente uma cientista, um Youtuber famoso e um empreendedor, fazem toda a diferença.
Também podemos elencar em “Twisters” importantes questões sobre a ética da pesquisa científica, os perigos da busca pela fama nas redes sociais e a importância da resiliência ao se buscar a superação de traumas.
Ao ler eu tecer tantos elogios, provavelmente você está imaginando um filme perfeito, né? Mas digo que o longa não é perfeito, longe disso, sofre com alguns problemas por ter sido produzido para os americanos, carregando em elementos como o ufanismo ou a trilha carregada em country music. Plateias não estadunidenses, assim como eu, podem estranhar os exageros, mas cumpre-me alertar que esses defeitos não descredenciam a obra, pelo contrário, “Twisters” está muito acima das últimas produções de ação dos últimos tempos.
Enfim, vá ao cinema e divirta-se!