xmenapocalypse_22Uma coisa é certa, a produção “X-Men: Apocalipse” repetirá um lenga-lenga, a reclamação dos fãs de quadrinhos que não perdoam as diferenças na adaptação de uma revista para a obra cinematográfica.

Meus caros leitores, por não ser a favor de divulgar spoilers, basta saber que o argumento de “X-Men: Apocalipse” aproveita-se do legado das duas últimas aventuras dos mutantes — “Primeira Classe” e “Dias de um Futuro Esquecido que precisam buscar a união para deter Apocalipse, vilão supremo e primeiro mutante que tem sede de poder.

A narrativa imposta pelo diretor Bryan Singer — que já dirigiu três adaptações dos X-Men — busca o equilíbrio entre o drama e a inevitabilidade das cenas de ação, mas no frigir dos ovos, consegue atingir seu objetivo.

O diretor mostrou ser especialista em sequências de abertura, impossível esquecer da empolgante cena inicial em “X-Men 2“, qualidade demonstrada também em “X-Men: Apocalipse“. A produção é bem cuidada, com destaque para a direção de arte, que situa a plateia no ano de 1983 com maestria, apresentando um figurino belo e nostálgico. Outro ponto positivo nesta imersão na década oitentista, são as referências da época, retratado em filmes, cenário político e como não poderia ser diferente, na música, um deleite com direito a “The Four Horseman” (Metallica), “Sweet Dreams (Are Made Of These)” (Eurythmics) entoada e/celebrada na sala de cinema , e uma versão cantada em árabe para “I Ran (So Far Away)” (A Flock of Seagulls), contribuindo para a ambientação no tocante a passagem pelo Egito.

X-Men-Apocalipse-featuretteEm relação ao elenco veterano da franquia, James McAvoy continua convincente no papel de Charles Xavier; Michael Fassbender será sempre um irrepreensível Erik Lehnsherr/Magneto; Jennifer Lawrence merece o cachê ao fazer a Mística, cada vez mais sem o recurso da maquiagem; Nicholas Hoult como Hank McCoy/Fera; Rose Byrne como a lindinha Moira Mactaggert; e, Evan Peters novamente como Mercúrio, com ótimo timing para a comédia e garantindo uma das melhores sequências do filme.

xmen0002Nas ‘caras’ novas, Oscar Isaac — canastrão saiu-se razoavelmente bem como En Sabah Nur/Apocalipse; Sophie Turner provou que pode ser Jean Grey, longe da referência como Sansa Stark (GoT);  Tye Sheridan é o melhor Scott Summers/Ciclope da franquia; Kodi Smit-McPhee é um Kurt Wagner/Noturno muito bacana; Alexandra Shipp dá sobrevida a personagem Ororo Munroe/Storm, que era prejudicada por Halle Berry; e Olivia Munn hummmmm é uma Psylocke muito #aipapai. O Wolverine? Ah, sim! O ator Hugh Jackman reprisa seu papel e tem participação fundamental.

xmenapocalypse_24Guarde a seguinte linha de diálogo do filme: “dizem por aí que o terceiro é sempre o pior da trilogia”, e ao final da exibição tire suas próprias conclusões entre passado e presente. Em relação ao futuro da saga, a cenas pós-crédito anuncia um novo vilão, e a promessa de que teremos finalmente a Fênix Negra na próxima produção, enfim, foi bem executada.

Bem, finalizando esta resenha, digo que “X-Men: Apocalipse” tem mais pontos altos do que baixos, o roteiro que irá desagradar os fãs puristas das HQ’s, é divertido e funciona como um belo exemplo de cinema blockbuster, e para mim, esta qualidade importa.

Totalmente Na Rota, merece louvável nota 8.

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