Dizem às más línguas — contabilizando a do vocalista — que esta turnê, intitulada ‘The Greatest Hits Tour’, será a última do Whitesnake. Com 49 apresentações ao redor do mundo em 2016, a banda chegou à Brasília, em 25 de setembro, no palco do NET Live, para fazer um show especial para os fãs.
Sem contar a era Deep Purple, o vocalista David Coverdale, que está na estrada com o Whitesnake desde 1978, agraciou os fãs com uma enxurrada de clássicos e muita simpatia. Acompanhado dos músicos Reb Beach (guitarra), Joel Hoekstra (guitarra), Michael Devin (baixo), Tommy Aldridge (bateria) e Michele Luppi (teclados), provavelmente Coverdale está muito feliz, pois esta é uma das melhores formações da banda, vale lembrar que o baterista Aldrige é o que mais participou do grupo ao longo dos anos.
Por problemas técnicos, a apresentação com meia hora de atraso, começou com a clássica “Bad Boys”, colocando a plateia empolgada para cantar em uníssono. Empolgação, palavra que definiria a noite com perfeição.
Em relação ao repertório, naturalmente, não na ordem a seguir, a banda desfilou quatro faixas do álbum Whitesnake (1987): “Bad Boys”, “Give Me All Your Love”, “Is This Love”, “Still of the Night”; três de Slide It In (1984): “Love Ain’t No Stranger”, “Slide It In”, “Slow an’ Easy”; duas de Saints & Sinners (1982): “Crying in the Rain”, “Here I Go Again”; duas de Slip of the Tongue (1989): “The Deeper the Love”, “Judgement Day”; uma de Ready an’ Willing (1980): “Fool for Your Loving”; uma do EP Snakebite (1978): Ain’t No Love in the Heart of the City; e uma do Purple Album (2015): “Burn”, álbum tributo à era Deep Purple.
Nesta quinta vez que testemunhei o Whitesnake ao vivo, assumo que esperava um pouco mais do que apenas 14 canções, a enrolação nomeada por solos instrumentais, sempre me deixa entediado. Os ‘especialistas’ me informaram que este subterfúgio, serve para que o vocalista descanse a voz. E segundo meu amigo Fábio Marreco, preciso parar de ser chato, pois um guitarrista como Joel Hoekstra, tem o direito de ‘solar’ o resto da vida, pois trata-se de um monstro!
Caso realmente, seja a última turnê, a Cobra Branca vai deixar saudade, mas por este espetáculo, que foi ótimo, afinal, a banda é sensacional ao vivo, percebe-se a idade está cobrando sua parte do mestre Coverdale, sendo assim, infelizmente, é preciso decretar o fim.
Em tempo: Com o Whitesnake chegando ao fim, com o AC/DC deixando de ser o AC/DC, e vários outros exemplos ruins da ação do tempo, o que será do futuro do nosso bom e velho rock n’ roll? Estou preocupado.
REPERTÓRIO E GALERIA DE FOTOS:
Crédito das fotos: Cristiano Porfírio*
*Caso utilize alguma foto, favor dar o crédito.
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