[singlepic id=620 w=500 h=375 float=center]

Após uma mágica apresentação no dia 13 de abril, o U2 novamente deixa o Brasil com saudades. Obrigado irlandeses!

DIÁRIO DE BORDO – BSB/SP

No dia 12 de abril, aconteceu minha colação de grau. Fui dormir por volta de 00h30, para levantar as 3h00. Meu vôo para São Paulo sairia as 5h25, para curtir o U2 neste último show no dia 13. Chegamos à cidade do tráfego pesado, nos hospedamos e após acertar algumas coisas, partimos rumo ao Morumbi. Lá, almoçamos e por volta das 13h, já estávamos em uma fila que dava uma volta no estádio.

Mais ou menos 15h30, começa a correria rumo ao portão de entrada, o nosso era o de número 18, que por pura sorte, nos colocou rapidamente de frente para o palco, praticamente na ‘grade’.

Então, das 15h30 às 20h, perfazem 4h30 em pé, de empurra, empurra, mais uma hora de Muse e duas horas de U2, fora o tempo em pé na fila, as andanças antes e depois do show nos arredores do estádio. Enfim, fiquei “lascado” de cansaço e com algumas dores extras. Mas quer saber? Eu faria tudo de novo!

Detalhe, São Pedro nos respeitou como nunca, e não caiu uma gota de chuva sequer. Um belíssimo dia!

AS APRESENTAÇÕES

Muse: Já já posto umas fotos do Muse, calma aí.

Com duração aproximada de uma hora e oito canções (setlist aqui), os britânicos sacudiram a plateia no Morumbi que só pensava no U2. Achei do cara***, afinal, power trio é o que há. É muito legal apenas três caras conseguirem ‘fazer’ todo aquele som, a exemplo do Rush. Mas fica por aí, é a segunda vez que vejo os caras ao vivo, e finalmente percebi que “mousse”, eu prefiro de chocolate. Acho que não compraria um disco deles. #FATO.

U2:

[singlepic id=622 w=500 h=375 float=center]

Show? Aqui estou, em casa, após mais um show internacional, agora, a palavra certa seria show? Não, eu não fui a um show, fui a um ESPETÁCULO! O U2 360° é simplesmente perfeito e nós ficamos fora de controle.

Esqueça todas as apresentações que você testemunhou durante sua vida. A junção da atitude de uma banda como o U2, um palco fenomenal, um telão em alta definição e som com qualidade de CD elevam a turnê 360° ao status de magnífica.

Para que você possa entender melhor, a diferença de um show normal para o espetáculo U2 260° é a seguinte, você passou a vida inteira dirigindo um fusca, e uma vez na vida seu chefe deixa você dirigir a Ferrari dele. É tipo isso, uma upgrade gigantesca! Não que daqui para frente qualquer show que você vá, será ruim, longe disso. Apenas, não será o maior espetáculo da terra, por melhor que seja.

É impressionante a estrutura conhecida como “garra”, com 50 metros de altura, chamada carinhosamente de palco, afinal, aquela estrutura é um monstro, pronto para nos possuir, e pode ser vista com nitidez de qualquer lugar do estádio. Pouca vezes contemplei na vida algo com tanto com tanta emoção e respeito, assim como contemplei o mar ou a estátua do Cristo Redentor. É a glória! A “garra” é um exemplo e motivação para bandas que desejam se nivelar ao patamar da instituição chamada U2, porque as outras se querem tentar, precisam urgentemente se reinventar.

Porém, engana-se quem acredita que tudo só tem efeito por causa de todo o aparato tecnológico. O U2 ‘chuta bundas’ em qualquer palco. É uma constatação, e isso é uma qualidade das bandas que realmente são grandes.

[singlepic id=587 w=500 h=375 float=center]

Impossível ficar indiferente a imponente estrutura montada por Bono e cia. Cada um dos presentes nos shows tem uma história para contar, e todas convergem para a espantosa combinação no palco de homens e máquinas, que por duas horas nos fez acreditar que não existia outro lugar no mundo que não fosse aquele momento, naquele estádio. Ao final, você fica parado em um momento que não se pode sair dele. Tentando entender o que aconteceu. Agora é seguir em frente, eu tive que esperar 13 anos para vê-los novamente ao vivo. Dá aquela vertigem e o desejo de rever o mais breve possível.

A vida pulsa com emoção, quando 90 mil vozes cantam em uníssono. Naquela noite especial no estádio do Morumbi, testemunhou-se um dos maiores, melhores e emocionantes espetáculos da terra. Ao final saímos com um fogo inesquecível.

A cada canção, nós, simples espectadores, experimentávamos o que de melhor foi criado para ninguém mais, do que nos mesmos, os fãs. Súditos gratos e prontos para aprender mais e mais com estes Irlandeses ‘fora de serie’. O U2 tem um submarino, e nós temos a gasolina para fazer tudo funcionar.

O respeito do U2 com sua platéia é um exemplo que deveria ser seguido por músicos de todo o planeta. Sentimos-nos especiais e merecedores por sermos fãs de uma entidade sólida como uma rocha, que além de nós, preocupam-se com o meio ambiente, causas sociais e políticas. O compromisso deles nos instiga a ser mais atuantes também no âmbito da nossa vida e com nosso próximo.

Em relação à apresentação vocês já devem ter lido algum review por aí né? Mas vamos lá, teve Seu Jorge cantando com a banda, “The Model” dos alemães do Kraftwerk. Uma guria no palco leu em português a introdução de “Beautiful Day”, os discursos políticos acerca de Aung San Suu Kyi e outras causas, agradecimento ao Muse pela abertura dos shows e principalmente aos fãs e a São Paulo.

Tive um surto do bem quando executaram “I Will Follow”, sinceramente não esperava. Amei o setlist, putz, os caras tocaram “Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me”, rolou o trecho de “All I Want Is You” em “Where The Streets Have No Name”, canção esta que fez um senhor desabar no choro ao meu lado.

Ainda ouvimos músicas como “Even Better Than The Real Thing”, “Magnificent”, “Mysterious Ways”, “Until The End Of The World”, “City Of Blinding Lights” e “Walk On”. Sinceramente, emocionante e perfeito! O setlist completo está logo abaixo da galeria de fotos.

OBS.1.: Parabéns ao U2 por proporcionar uma pista segura, uma grade separava o público que não era Red Zone nem Innercircle do empurra, criando duas faixas na pista. Premiando assim quem chegou mais cedo.

OBS.2.: Depois o carioca que é malandro né? Estacionamentos com preços exorbitantes de até R$ 50,00, taxímetros desligados no final do show cobrando em média R$ 150,00 por corrida e os vendedores de água e etc, aproveitaram a apresentação do U2 para cobrir os valores que deveriam ser cobrados, para cobrar o deles. Só safadeza. Na Copa do Mundo de 2014 tenha medo do Brasileiro pilantra, folgado e aproveitador.

P.S.: Sem querer ser chato, já curtiu nossa página no Facebook? Não? Clica aqui. Lembrando, abaixo nossa galeria com 60 fotos e setlist.

Galeria de Fotos – Crédito: Cristiano Porfírio

[nggallery id=31]

Setlist