O NRDR esteve no primeiro dia da sequência de shows do U2 em sua turnê 360º. Aqui vão algumas impressões de um cara nem tão fã assim.
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A confissão pode chocar, mas o que me fez decidir ir a este show foi a abertura do Muse.
Comecei a ouvir U2 na ocasião do lançamento do disco POP, juntamente com Offspring, Metallica, Aerosmith e demais bandas daquele tempo em que o “M” da MTV significava “música” e não “merda”. Muse é mais recente, passei a ouvir por volta de 2004, porém me agradava bem mais do que U2. Pois bem, decidi ir por ser uma boa desculpa pra ir a São Paulo e assistir Muse mais uma vez, depois do Porão do Rock 2008 aqui em Brasília. Comprei as passagens já em dezembro do ano passado e minha grande amiga Clarissa consegiu comprar ingressos pro dia 9 no cartão super-sensacional dela.
[singlepic id=518 w=220 h=140 mode=web20 float=left]Ao entrar no estádio já era espantoso o tamanho do palco, com a estrutura incrível que víamos apenas em vídeos e fotos, com toda a iluminação do Morumbi e lotação quase cheia. Depois que todas as cadeiras e espaços do gramado foram ocupados e as luzes se apagaram para o show de abertura do Muse, pudemos ver parte do poder do famoso palco 360º.
O telão circular torna o show visível para todos no estádio, com edição ao vivo de efeitos de videoclipe, enquanto os jogos de luzes fazem o palco parecer se movimentar, de tão vivo. Muse fez um show enérgico e bem rápido, com apenas oito músicas, mas com direito ao piano de Bellamy. A setlist está no final do post.
Agora o U2, a banda da qual me afastei durante tantos anos. Resumindo bastante a verdadeira ópera que é este espetáculo, a banda “você também” (U2 = “you too”) é a Apple da música. Por mais que tenha gente que se incomode, não dá pra negar que o que eles fazem tem uma qualidade absurda. E não falo apenas do palco exuberante, mas da execução das músicas. Cada uma com seu contexto histórico e preparação própria de efeitos visuais e até mesmo alguma encenação dos integrantes da banda, como quando Bono e The Edge tentam alcançar as mãos entre as pequenas pontes da estrutura interna do palco, ao final de uma música, enquanto Adam e Larry fazem pose lá atrás, no fechamento da câmera.
E o incrível palco, claro. Não tenho outra palavra para ser utilizada aqui, então vai esta: caralho.
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Esta tela imensa é aquele telão que brilha no alto, na segunda foto. Ele se expande e se movimenta!
Perdi a conta de quantos palavrões proferi enquanto o palco se mexia pra cima e pra baixo, com efeitos visuais variados e iluminação alcançando as nuvens, causando aquele efeito “bat-sinal” maroto. E músicas que antes não significavam muito pra mim de repente me fizeram marejar os olhos, como “Still Haven’t Found…” e “Stuck in a Moment”. Os extras, além das músicas da playlist abaixo, foram: Happy Birthday para Julian Lennon, Beatles – Help, Mash com All You Need is Love em “Where The Streets Have No Name”
Sobre a estrutura, além do palco incrível, fica o exemplo da organização. Não sei se foi totalmente produzida pela equipe do U2 ou da T4F, mas a cobertura no gramado, informações visuais, disposição dos banheiros (mesmo que tenham sido aqueles químicos horripilantes) estava impecável. Os preços das bebidas estavam relativamente justos, com Heineken a R$6 e lanches entre R$8 e R$10, apesar de que os lanches já estavam faltando antes do começo do show de abertura. Perdi trinta reais que evaporaram do meu bolso e esta foi a parte chata, mas valeu.
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E valeu no sentido amplo da palavra. Sem medo de parecer piegas, digo que me emocionei desde a ôla da “torcida” nas arquibancadas até os vídeos sobre a Anistia Internacional. E fiquei na bad com a homenagem às crianças assassinadas da escola carioca. Lembrando que a renda das Red Zones, que custaram R$1000 o ingresso, será destinada a programas assistenciais na África.
E aos que usam aquele discurso babaca de “Ah, o Bono é um idiota que tenta salvar o mundo mas quer é dinheiro” – E quem não quer, não é mesmo, meu amigo? E você? Faz o que pra tentar fazer deste um mundo menos filho da puta pra se viver?
Forte abraço.
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