O ator Tom Cruise é um sujeito convicto, o baixinho ‘marrento’ e ‘gatão’ manteve a opinião e bancou a estreia de “Top Gun: Maverick” nos cinemas em 2022. A decisão contrária ao caminho seguido por produtoras e distribuidoras, que optaram pelo lançamento de filmes em streaming e/ou em salas vazias no decorrer da pandemia, foi acertada!

Pronto para estrear desde junho de 2020, “Top Gun: Maverick” é produzido pelo experimente Jerry Bruckheimer — que tem um legado cinematográfico incrível —, e por Tom Cruise; a direção ficou por conta de Joseph Kosinski, que já havia dirigido Cruise em “Oblivion” (2012).

Já no início, com uma montagem acelerada e embalada pela canção ‘Danger Zone’, de Kenny Loggins, remetendo imediatamente ao original de 1986, “Top Gun: Maverick”, mostra suas credenciais, em que a memória afetiva é uma parte importante no roteiro. Mas é honesto dizer que a nostalgia não serve apenas como bengala para dar suporte à produção.

O texto consegue agradar tanto os saudosistas oitentistas, quanto o público atual que acompanha uma fórmula cinematográfica diferente da realizada antigamente. É maravilhoso testemunhar uma obra que consegue concatenar de forma positiva plateias de gerações distintas, incluindo novas propostas, como a de realizar um filme do gênero de ação que não tem o machismo tóxico e com papéis onde as mulheres estão bem representadas.

É válido dizer também que o cinema com sua vastidão de prequelas, sequelas e remakes, tem deixado os fãs da sétima arte desconfiados. São tantos exemplos de produções desnecessárias, que muitos podem torcer o nariz para “Top Gun: Maverick”, mas aviso: NÃO COMETA ESSE ERRO!

Primeiro, porque não é preciso ter assistido o original de 1986 — mas aconselho —; Segundo, por ser uma sequência MUITO melhor que o antecessor, sem soar piegas ou enfadonho no genérico plot de conflitos e glórias entre professor e alunos, antagonismo e protagonismo, a produção “Top Gun: Maverick” tem outra qualidade, é tecnicamente perfeita!

Com realismo, graças às filmagens com aviões e locações reais — sem CGI — o resultado é fantástico, pois torna tudo empolgante e grandioso, aliado a belas tomadas cinematográficas e efeitos sonoros incríveis que impõe ao espectador um desafio: assisti-lo na melhor sala de cinema disponível.

O astro Tom Cruise, que mais uma vez arrisca a vida sem a utilização de dublês, continua convincente e carismático. Qualidades que podemos tecer também para o resto do elenco, em que nomes como Val Kilmer, Miles Teller, Jennifer Connelly, Monica Barbaro, Glen Powell, Ed Harris, Jon Hamm e Lewis Pullman, contribuem para que o filme seja ótimo.

Citado por muitos como o melhor filme do ano, “Top Gun: Maverick”, até dezembro terá muitos concorrentes, e por isso pode até não levar o título de ‘melhor’, mas sem dúvida já figura entre os melhores! Que filmão!

Trailer