AgNews/Reprodução/Instagram

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Aquela velha história, é melhor ser cego do que poder ler isto. Segundo informações do portal R7, a maravilhosa Ivete #SóQueNão, foi comparada pelo repórter Larry Rohter do jornal estadunidense The New York Times a Janis Joplin e Tina Turner.

O tal Larry, que naturalmente desconhece a cultura brasileira, dispara, “se Ivete Sangalo fosse um cantor americano, em vez de ser a vocalista feminina mais popular no Brasil, ela poderia ser descrita como uma belter (cantora de voz marcante).” Para em seguida, “no palco, ela é ousada, atrevida e barulhenta, e faz parte de uma linhagem que inclui Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler.” completar com desconhecimento de causa. Ou o repórter se encantou com a beleza das pernas e efeitos do show, ou esta publicação está cheirando a matéria paga.

A entrevista com a cantora publicada como reportagem de capa no caderno de artes no último sábado (17), realmente não preza pelo inverídico em um fato, com certeza Ivete sabe cantar, já mostrou em alguns poucos momentos que tem uma voz bonita, mas está longe de ser uma representante da cultura Brasileira. Isso é incontestável!

As cantoras Janis Joplin e Tina Turner, tiveram grandes momentos e mostraram ao mundo que tinham lucidez artística. Infelizmente ambas tiveram problemas fatais ou graves, Janis se deu mal, graças ao uso excessivo de drogas, que prejudicou e abreviou sua carreira e vida. Já Tina Turner, diva e com uma carreira repleta de sucessos e premiações, aguentou por 16 anos os abusos e surras aplicados pelo marido, Ike Turner. Mais de uma década após a denúncia, Tina ainda coletou hits e elogios, lançando mais alguns trabalhos, como em 1999, “Twenty Four Seven”, décimo primeiro e derradeiro disco de estúdio. A cantora se afastou dos palcos no ano 2000 após a turnê de sucesso do álbum ao vivo “Tina Live” (2009).

Enfim, duas cantoras que mostraram personalidade e representaram uma cultura mundial. Em relação à comparação de IveteBette Midler, aí sim, acho válido, pois as duas estão no mesmo patamar de sucesso doméstico, respectivamente Brasil e Estados Unidos.