Você conhece o Marreco’s Fest, um dos maiores do país na divulgação do Heavy Metal? Leia uma entrevista com Fábio Cota (o Marreco), idealizador do projeto e também informações oficiais sobre o evento imperdível!

[singlepic id=726 w=320 h=240 float=right] Como você descobriu que o Fábio, viraria um produtor de eventos?

Na verdade, isso começou naturalmente diante da necessidade que eu tinha de tocar com as minhas bandas. Às vezes apenas pra suprir o marasmo da ausência de shows, mas na maioria das vezes, pra poder tocar em condições que eu considerasse dignas, com backline e condições técnicas excelentes. Quem é músico sabe, muitas vezes a produção deixa a desejar.

Como surgiu o festival Marreco’s? Como chegaram nesse nome?

Acredito que foi o meu amigo Mutt (Deja-Vu, Piece of Maiden) que batizou a parada. Já no segundo churrascão que eu tinha feito ele veio com essa. A galera gostou tanto de produção e da vibe que acreditou realmente que era um festival. E eu inocentemente acreditei que era verdade.

Existia a pretensão de que ele se tornasse ‘gigante’ como é hoje?

Não, isso sempre foi papo de bêbado no fim de festa. Começou naturalmente como um churrasco lá na casa do meu pai, que foi paulatinamente crescendo até se tornar o que é hoje. Devo tudo aos meus amigos que me ludibriaram e sempre botaram pilha pra que a coisa fervesse ainda mais. Nos primeiros 3 anos, foram churrascos para 200 pessoas, na quarta edição a coisa explodiu com uma corrente sinistra de emails. Nesta ocasião tivemos quase 500 convidados. Meu pai finalmente mandou eu pegar meu rumo e arrumar outro canto pra fazer. Passamos então a cobrar entrada para poder pagar a locação do espaço e um som de maior potência. Depois vieram os grandes palcos, geradores, e mais recentemente (nas útimas 4 edições os gringos). A coisa foi natural.

Pretensão temos agora, de tentar fazer um festival realmente independente que não precise tanto de verbas de patrocínio para se realizar. Que sabe um dia consigamos fazer um evento ao molde dos shows gringos, que se realizam com a união dos produtores e gravadoras, menos dependentes de patrocínios fomentados realmente, pela indústria da música e pela venda dos ingressos.

Como funciona a produção em todos os seus processos, do projeto até as bandas no palco? Quantas pessoas envolvidas diretamente na realização?

Somos poucos. Apenas quatro produtores. Eu acabo centralizando muitas funções, geramente as de cunho artístico e na parte técnica apenas a montagem da infra-estrutura do evento. Divido com meus parceiros as funções que considero mais chatas, como contabilidade, contratos de fornecimento de bebidas, vendas de ingressos, locações etc. Divido com outros colaboradores a escolha das bandas, para não suportar todo o peso da escolha e para colher informações de outros, que assim como eu, frequentam a cena underground da cidade. No dia do evento temos uma equipe de 70 pessoas trabalhando, entre apoio, técnicos e seguranças.

E a captação de recursos? Um festival com esse porte não sai barato.

Quem faz produção sabe. Este é o cerne da questão. Com dinheiro se faz tudo, não tem grande mistério. O problema mesmo é arrumar o vil metal! (risos) O festival é muito caro e todo o produtor é um apostador que faz seus cálculos na esperança de poder pagar suas contas. Ao longo destes anos consegui bons parceiros que sempre estão conosco, a eles devo a manutenção do festival.

Um festival de metal é muito difícil de se captar recurso. Ninguêm do departamento marketing, que trabalha em uma grande empresa dessas ai, seja de telefonia, seguros e outras ramos rentáveis conhece sequer uma de nossas atrações. É muito difícil de vender o peixe pra essa galera. Você chega com seu projeto, explica a coisa e começa a reparar na cara do cabra tentando ler os logotipos das bandas! (risos) É muito mais fácil captar para eventos de MPB, Sertanejo e Axé.

Qual a maior dificuldade para se fazer o Marreco’s?

Toda produção é complicada, desde festa de aniversário de criança a festival de rock. Realmente a grande dificuldade é realmente arrumar recursos para continuar a empreitada. Conversei uma vez com o Kennedy do Rolla Pedra que me falou: “Só de chegar a uma década de vida. o Marreco’s Fest já um grande campeão“. A mais pura verdade. Podemos citar outros grandes vitoriosos, como o Ferrock do grande Ari e o grandão Porão do Rock. Todos grandes campeões da cultura.

O festival tem 10 anos, quais as boas histórias e curiosidades, quantas bandas já tocaram?

Já tivemos mais de 50 bandas no festival. Desde bandas na ativa, bandas ressuscitadas e bandas que se extinguiram. Teve banda que tocou sem vocalista porque o cara bateu o carro no caminho. Banda que de tão bêbados não controlaram o tempo e tiveram que ser convidados a se retirar do palco. As histórias são muitas mas vão para o livro de memórias do festival…. (risos).

Qual(is) banda(s) deu(ram) mais trabalho para contratar?

As bandas que deram trabalho foram as que não contratamos. Teve banda que fez leilão, fez c* doce, marcou com um produtor e outro no mesmo dia. Mas todas as bandas que tocaram no evento foram muito tranquilas. Conversamos as coisas com antecedência e geralmente as coisas fluem de forma amena.

Como trabalhamos com o underground não se tem muito espaço pra frescura. As que deram trabalho e acabaram não rolando podemos ainda querer futuramente então não é uma boa queimar o filme deles, ainda. (risos).

Qual banda você sonha em ver um dia no palco do Marreco’s?

King Diamond! Sempre fui fã do cara e acho que não deve ser tão distante de minhas pretensões. Claro que sonho com bandas gigantes, mas sei que isso já viagem demais. Prefiro sonhar com algo que possa ser concretizado. King Diamond e Andy Laroque no meu festival seria realmente a minha consagração pessoal.

Quem quiser se apresentar no Marreco’s, como deve fazer?

Mandar o material, seja cd demo, cd full, myspace para o email querotocarnomarrecos@gmail.com. A banda deve estar tocando ativamente em outros eventos, como o HeadBangers Attack do Felipe CDC, Quaresmada, Cult22, Rolla Pedra, shows da Mosh e outras gigs, para que gente veja essa galera em ação. Quem me conhece sabe que sou figurinha fácil nos eventos underground da cidade, vou mesmo, chapo melão, converso com a galera. Estamos sempre de olho na produção metaleira da cidade.

E as peças publicitárias que colocam o Marreco na capa de grandes álbuns clássicos do Heavy Metal, de quem foi a ideia?

Foram minhas, sempre tive essa onda de fazer paródias desde a minha época do Rarabichuebas.

O kit Marreco’s (ingresso antecipado) é um grande xodó do Fábio. Foi você que o criou? Como surgiu a ideia?

Fiz as camisetas e canecas no segundo MF para poder pagar o som. A galera gostou tanto, que meses antes de acontecer a terceira edição já estavam me cobrando a nova camiseta. Fiquei refém do negócio. Mas é sempre muito legal ficar pensando qual será a próxima estampa. O bacana mesmo é que a galera curte pacas.

Compram o kit e usam a camiseta, anos a fio. Me deparo com gente usando anos mais tarde, isso é muito gratificante. Mas na verdade é uma relação custo benefício excelente. Por exemplo, este ano, o kit composto por caneca, camiseta, sacolinha em tecido, adesivo, um toy art e ingresso pra ver 3 bandas internacionais como o RAGE, BEEHLER (que é o verdadeiro EXCITER) e HIRAX, mais outras 11 bandas maneiras por 80 pilas é realmente barato.

Nessa sua peregrinação de divulgação, você tem apresentado o Marreco’s para grandes bandas “gringas”, levando camisetas e presentinhos customizados. Quais foram os integrantes mais legais que você conheceu? Teve algum que você se decepcionou, achou alguém metido?

Quando se tem a chance de conhecer seus ídolos em uma relação profissional, você percebe que eles na verdade são pessoas comuns, talentosas, mas apenas pessoas normais. Decepcionei-me com alguns, mas prefiro me ater a quem realmente se mostrou-se acima de todas as expectativas. Steve Grimmett do Grim Reaper é um cara realmente sensacional. Profissional e sereno, uma das melhores vozes que tive o prazer de tocar junto. O cara é um nobre! Fodão!

E a polêmica do credenciamento de imprensa para veículos online, como funciona o processo?

Não sei como isso começou, quando vi já estava rolando. Deixei correr um pouco porque polêmica até certo ponto é bom, né? Mas credenciamos a imprensa sim, sempre fiz isso com o Zine Oficial, Rock Brasília, Roadie Crew, ano passado tivemos Rock Brigade e outros. Quem sabe podemos até credenciar o Na Rota Do Rock, (risos). Não sou eu que faço a parte de assessoria de imprensa, e portanto não fico em cima disto o tempo todo.

Liberamos o credenciamento mais próximo do evento. Sempre acreditei na mídia digital e no poder da internet. Essa foi a força propulsora do MF. Mas temos sempre que separar o joio do trigo. É muito fácil montar um blog, e existem muitos oportunistas que só querem estar no evento, não trabalham em prol do underground e do metal. Apenas querem estar na bocada. No devido tempo credenciaremos quem é de direito.

Para os sonhadores como você, que desejam fazer um evento como pessoa física, que dicas você daria?

Na verdade o MF é o único festival pessoa física de Brasilia. Quando vou aos eventos, sou como um festival ambulante, sou abordado e tenho o feedback diretamente da galera que frequenta. Me contam as coisas boas e ruins que aconteceram no evento. Isso é muito bom, pois se obtêm a informação diretamente da fonte. Mas por outro lado a carga é muito grande. São ossos do ofício. Como diria meus amigos da banda Kábula “Você não pode esmorecer!

Produção é apagar fogo o tempo todo, e a graça é realmente fazer com que as coisas funcionem. Essa é a grande compensação. Ainda mais se você trabalha com um produto segmentado como o Metal. Fico feliz em subir no palco e ver a galera polgando, batendo cabeça e virando suas latinhas. Este sim é o grande êxtase.

E o Fábio além de produtor do Marreco’s, tem outros planos de dominar o mundo rock? Fala aí dos seus projetos.

Minha banda Totem acabou de gravar o primeiro CD, que lançaremos em breve e finalizamos também a captação do primeiro DVD. Queremos tocar e viajar muito para divulgar estes trabalhos que ficaram ótimos. Vamos tocar no Marreco’s Fest e Porão do Rock e ter a chance de mostra pra nas novas gerações o que o Totem foi.

O Na Rota Do Rock prestigia o rock em todas suas vertentes, sem distinção. Faz um convite aí para nossos leitores, principalmente os que ainda não conhecem o Marreco’s. O que eles podem esperar do décimo ano do festival?

Sem falsa modéstia. Se seu lance é metal, pode esperar muito. E ainda vamos te surpreender. O Marreco’s Fest deste ano vai entrar pra a história da cidade. Nunca nenhum festival do centro-oeste teve um cast tão rico de bandas. O super power-trio alemão Rage, o maior expoente do speed-metal dos anos 80 e um dos alicerces do trash americano, o Hirax, juntos em um só festival. Quem viver verá. Cerveja e metal!

Obrigado Fábio, sucesso no evento e estamos aí para o que precisar. Abração!

Um grande abraço e muito metal para o Na Rota do Rock!

 

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Marreco´s Fest 2011
18 de junho – Clube da Imprensa

Sábado, dia 18 de junho, a partir das 15h, no Clube da Imprensa (Setor de Clubes Norte)

Décima edição do maior festival de heavy metal do Centro-Oeste com 15 atrações em dois palcos

Shows com as bandas Hirax (EUA), Beehler (Canadá), RAGE (Alemanha), Violator (DF), Deceivers (DF), Totem (DF), Moretools (DF), Red Old Snake (DF), Estamira (DF), Age of Arthemis (DF), Scatha (RJ), Mortage (SP), In the Shadows (GO), Art of Khaos (DF) e Silent Raze (DF)

Ingressos: R$ 50 (1º lote), R$ 70 (2º lote) e R$ 80 (no dia do evento)

Kits limitados (com ingresso, caneca, alça, camiseta, adesivo, sacola e boneco-mascote) a R$ 80
Obrigatória a doação de 1kg de alimento não-perecível na portaria do evento

Pontos de venda:
. Berlin Discos (Conic)
. Music Master (712 Norte)
. Abriu pro Rock (Gama Shopping)
. Filial do Rock (CNB 12, ao lado do Top Mall, Taguatinga Norte)
. Site www.ticketbrasil.com.br (em 3x sem juros ou em 12x no cartão)

Mais informações: www.marrecosfest.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100002389204697&sk=wall
Twitter: @marrecosfest

Atenção: os famosos e limitados kits para o Marreco´s Fest (contendo ingresso, caneca, alça anti-sumiço, camiseta comemorativa, adesivo, sacola e o boneco-mascote “Marrequildo”), à venda por R$ 80, estão se esgotando, assim como o primeiro lote de ingressos individuais, a R$ 50.

Quem preferir parcelar estes valores, pode acessar facilmente o site www.ticketbrasil.com.br e dividir em três vezes (sem juros) ou em 12 vezes em qualquer cartão de crédito. Ou pagar à vista nas lojas Berlin Discos (Conic), Music Master (712 Norte), Abriu pro Rock (Gama Shopping) e Filial do Rock (CNB 12, ao lado do Top Mall, Taguatinga Norte).

Lembrando que o segundo lote de ingressos individuais terão o valor de R$ 70 e, no dia do evento, R$ 80. Em todos os casos, é obrigatória a doação de 1kg de alimento não-perecível na portaria do festival.

Apresentação
[singlepic id=729 w=320 h=240 float=right] Faltam pouco mais de três semanas para o Marreco´s Fest, o maior festival de heavy metal do Centro-Oeste, que chegará à 10ª edição no dia 18 de junho de 2011 (sábado). Serão 15 atrações – três internacionais, três nacionais e nove do Distrito Federal – que se revezarão por dois palcos montados especialmente no Clube da Imprensa (Setor de Clubes Norte, em frente à Vila Planalto e ao lado do Clube da Aeronáutica).

Três nomes internacionais encabeçam o line up: as bandas alemã Rage, norte-americana Hirax e canadense Beehler (liderada por Dan Beehler, ex-baterista do Exciter). O heavy metal nacional estará presente com as bandas Scatha (RJ), Mortage (SP) e In the Shadows (GO). Os nove representantes brasilienses são Violator, Deceivers, Totem, Estamira, Red Old Snake, MoreTools, Age of Artemis, Art of Khaos e Silent Raze (confira todos os perfis em www.marrecosfest.com.br/atracoes.html).

Os dois palcos serão batizados em homenagem, como sempre, a grandes figuras da história do heavy metal: os deste ano se chamam “Harris” (alusão a Steve Harris, baixista e fundador do Iron Maiden) e “Lemmy” (Lemmy Killmister, líder do Motörhead). Já a camiseta oficial do evento presta tributo ao álbum Holy Diver, lançado em 1983 pelo saudoso Ronnie James Dio, em carreira solo.

A estrutura de bar, lanchonete e banheiros garantem diversão sem preocupação. A organização também pensa nas crianças e disponibiliza brinquedos infláveis e distribui algodão doce para os pequenos roqueiros. “Quem conhece o festival sabe que é um evento diferente, que preza pela diversão. São horas de metal num clima familiar e de celebração ao rock”, afirma o organizador Fábio Marreco.

Para quem estiver sem carro, a Rock Total Tour fará o transporte para o festival a partir de cidades como Ceilândia, Taguatinga, Guará e Gama. Os horários de saída / retorno, ponto de encontro e outras informações necessárias deverão ser acertados através do telefone  (61) 8147-8269 ou pelo e-mail rocktotaltour@hotmail.com. Quem partir da rodoviária do Plano Piloto, deve pegar o ônibus da Viação São José, linha 104, box 13 (em frente à lanchonete). Os horários de partida são às 11h, 11h55, 12h45, 13h20, 15h05, 16h45 e 18h35.

História
Criado em 2001 pelo produtor e músico Fábio “Marreco” Cota como uma forma de comemorar seu aniversário e reunir os amigos, o Marreco´s Fest foi crescendo com os anos, passando a ter grande estrutura de som e iluminação a partir de 2008. Trata-se de um festival dirigido às bandas de rock pesado, representantes de um dos movimentos musicais mais sólidos e prolíficos do mundo.

Pelo palco do evento já estiveram grandes expoentes nacionais do gênero, como Almah, Mystifier, Uganga, Violator, Khallice, DFC, Slug, Deceivers, Harllequin, A.R.D., P.U.S, Cadabra, Valhalla e Elffus; nomes internacionais, como Tim Ripper Owens, Omen, Steve Grimmett, Strikemaster e Jess Cox, entre outras atrações.