Depois do primeiro post sobre o Porão do Rock 2010, agora vai a segunda parte.
Os shows do Porão do Rock sempre se diferenciaram de outros festivais por ter uma grande abertura a bandas locais, com as seletivas. Muse, Suicidal Tendencies, Sepultura, Paralamas, Angra e outras já participaram junto a bandas como 10zero4, Galinha preta, Penélope e outras bandas fora do mainstream. Cada um em seu palco, claro.
Como falei no post anterior, este ano a democracia nos palcos foi grande. No Porão de 2008 havia um principal duplo que chamava toda a atenção e em 2009 havia um palco completamente fora da área da estrutura principal, este ano os 3 palcos reuniram grandes atrações e todos lotaram.
Uma desvantagem dessa democracia toda foi a indecisão sobre quais shows assistir. Era humanamente impossível ver tudo, então vou listar por palco os shows que acompanhei.
Palco GTR
Mork – Primeira banda a se apresentar, de black metal sinfônico. O ginásio lotou já na metade do show. O som dos caras empolgou os metaleiros capa-preta (já fui um, posso falar, ok?) e era realmente bom.
Mindflow – Metal progressivo, o público já estava pirando de calor dentro do ginásio, mas curtindo bastante o som.
André Matos – Tocou clássicos das ex-bandas e levou o público ao delírio. Pessoalmente prefiro a formação atual do Angra e eles fazem falta no Porão, mas André Matos fez um pusta show de “metal melódico de raiz”.
Palco Pílulas
The Squintz e Filhos da Judith empolgaram os presentes, ainda que poucos no começo do show neste palco, que não atrasou, mas na hora do Tributo a Led Zeppelin aconteceu algo próximo a um super-íma sendo ativado. O público chegava em ondas, com gente muito feliz saltitando e gritando. Sério. E o show foi incrível, a primeira música foi Rock And Roll, levando a galera ao delírio.
Palco Chilli Beans
Mombojó ditou a levada mais pop da noite, com ampla cobertura da MTV (quase atenção exclusiva a eles) e uma coletiva de imprensa na qual se demonstraram muito preocupados com a qualidade das músicas que criam e muito indignados com as comparações com Los hermanos. Pato Fu surpreendeu tocando clássicos como Rotomusic de Liquidificapum e Capetão 666. Quem esperava um show morno ganhou um pescotapa de rock.
Quanto aos outros shows, como disse anteriormente é humanamente impossível acompanhar todos, além da exaustão que acometeu este que vos escreve por volta das 2 da manhã. Ouvi vários comentários mas sem ter visto não posso falar.
O que dá pra falar é que este ano o Porão do Rock parece ter sido feito em cima da hora, quase improvisado, com menos estrutura e patrocínio e foi um dos três melhores porões que já fui, além do de 2005 e 2008.
Erros e incômodos mínimos nos levam a refletir… Seria hora do Porão adotar como padrão esta redução de proporções? Reduzir o “inchaço” em nome da qualidade ou produzir apenas megashows pagos? Depois do sétimo Porão seguido, posso afimar que a qualidade vem quando é muito grande e pago ou muito pequeno com entrada franca.
Escolhas, escolhas… Que venha o de 2011!
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