Nosso amigo Rafael Santos de Azevedo, presente no primeiro dia da gravação do eletroacústico na Oficina de Cerâmica Francisco Brennand em Recife, que será lançado no dia 3 de junho nos formatos CD e DVD.

Então, curta agora o relato do primeiro dia do registro ao vivo, por Rafael:

Não foi somente o registro ao vivo de um eletroacústico d’O Rappa, na realidade, tudo foi F**@! Começando pela locação, a histórica Oficina de Cerâmica Francisco Brennand em Recife, é simplesmente espetacular! Eu, brasileiro e ex-morador de Recife, vergonhosamente não conhecia e nunca imaginei que um lugar tão massa existisse no Brasil.

Logo na entrada celulares e equipamentos eletrônicos recolhidos, logo, não há nada para ilustrar a magnitude do ambiente , mas acreditem: é um lugar espetacular e o eletroacústico baseado na turnê do álbum ‘Nunca Tem Fim’, está bem na fita do cenário!

A gravação começou pontualmente às 16h30. Em um palco montado entre colunas de estilo medieval, os músicos Falcão, Xandão, Lauro, Lobato, Negralha, Marquinhos, Boquinha e Tom Sabóia deram início ao registro com “Vários Holofotes”. Já na primeira música a ficha caiu: não é apenas um show, é uma GRA-VA-ÇÃO!! A primeira música foi repetida várias vezes, até que a execução estivesse satisfatória para a banda. Só na primeira música, contei mais de cinco repetições e elas aconteceram em TODAS as 12 canções no primeiro dia de gravação. Pra quem é fã é massa, pra quem não é, deve ser um saco, ainda bem que me encaixo na primeira opção, então achei massa! Após as várias tentativas de “Vários Holofotes”, Falcão se levanta do banquinho onde tocava com seu violão, vem em direção ao lado onde eu estava sentado e entrega nas minhas mãos a palheta usada na primeira música! F**@¹!

O sol ainda brilhava quando a banda tocou “Monstro Invisível”. Após algumas repetições, rolou o primeiro intervalo que durou quase uma hora.

Já no escuro, a segunda parte das gravações começou. O sol se foi, mas a ‘quentura’ pernambucana – que algum tempo depois forçaria outro intervalo, continuava –. No início da da segunda parte, a banda atacaria com “Vida Rasteja”. Nessa música rolou a primeira participação especial de dois mestres do pífano de Caruaru que deram um show. Foi muito massa e vai valer a pena conferir no resultado final.

A noite tudo fluía melhor que no final do dia. Depois dos pífanos a banda tocou a primeira inédita: “Uma vida só”. É um reggae que curti e a galera também. A gravação seguiu com “Hóstia”, “Bitterrusso Champagne”, “Fininho da Vida”, “Não Vão Me Matar” (essa do primeiro CD, tinha gente que nunca tinha ouvido falar), “Rodo Cotidiano”. Chegou o momento de mais uma participação especial, duas revelações do RAP cearense: Rapadura e Rafinha, durante “Reza Vela”. A versão ficou massa e o Rapadura manda muito bem! Procurem o trabalho do cara no youtube!

Depois das participações, O Rappa tocou outra música nova, dessa vez vou ficar devendo o nome, mas é uma homenagem às mulheres. Em seguida tocaram um cover e, pelo que me lembro é uma música de uma cantora revelação. Nota-se que a essa altura me perdi um pouco. Já tava cansadão e a quentura pernambucana, que já tinha derrubado o Falcão, começou a castigar ainda mais. Desculpem qualquer engano nessa parte, mas acho que foi mais ou menos assim mesmo.

Várias horas depois do início, o fim se aproximava. Por volta das 23h30, O Rappa apresentou outra inédita, também não lembro do nome, mas trata da loucura que a galera vem fazendo pra tirar uma selfie, quando na realidade o que o mundo precisa é de um simples abraço.

A música é bem legal, mas demorou pra sair. Demorou MUITO. Da primeira tentativa até o OK da banda, foram mais de 30 minutos. Depois de todas as tentativas, repetições etc, a galera tocou a música completa, sem falhas, e, como se comemorasse, Falcão largou mais uma vez o violão e saltou o espelho d´água que divida a plateia, daí, veio mais uma vez na direção onde eu estava e mandou um abração! Abraçado por mim e por outros ele continuou a cantar o refrão que fala justamente da relação do selfie vs um abraço, cantando sem microfone. Foi F**@²!!!!

No dia de quinta teria mais, mas não fui! Se quarta já foi F**@ o suficiente, imagino que os convidados do segundo dia também aproveitaram!

Nota: No segundo dia o repertório foi o mesmo, só que desta vez, os trabalhos começaram a noite e duraram até a manhã seguinte, sendo assim, o registro neste horário, deve ter gerado outra fotografia, graças a iluminação natural que foi diferente.

Resumo:

PRIMEIRA PARTE DA GRAVAÇÃO: “Vários Holofotes”, “Monstro Invisível” , sol, quentura sem fim.

INTERVALO

SEGUNDA PARTE DA GRAVAÇÃO: “Vida Rasteja” e pífanos, “Uma Vida Só”, “Hóstia”, quentura dos infernús, “Bitterrusso Champagne”, “Fininho da Vida”, “Não Vão Me Matar”, mais quentura, “Rodo Cotidiano”, “Reza Vela” e Rapadura, música nova, cover, música nova, jump, abraço, fim.

Clique aqui saber mais sobre o single “Uma Vida Só”.

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Crédito da imagem do post: Diego Matheus