Ginásio Nilson Nelson, 21/11/08. Ao final da apresentação d’O Rappa os fãs com certeza replicaram uma música na saída: Meu santo tá cansado. E o título da canção com certeza não teria sido utilizado para recriar uma sensação simplista cotidiana e sim atestar o ótimo show realizado.
A uma da matina (45 minutos de atraso) o grupo sobe ao palco esbanjando vigor, Meu mundo é o barro traz à tona toda energia do substantivo diversão, o público pululante acompanha cada linha da canção que trás em seu encalço Reza vela, a noite não poderia ter começado melhor.
Das 18 músicas constantes no setlist ao lado, 4 canções completaram a festa, Todo camburão tem um pouco de navio negreiro, Maneiras, O novo já nasce velho e Linha vermelha. 22 canções! Nem todas na ordem impressa no setlist, mas foram 22, embebidas literalmente em um banho de suor.
A estrada cada vez mais corrobora a maturidade de Falcão, Lobato, Xandão e Lauro. Apoiados de ótima forma pelos músicos Dj Negralha, Marcos Lobato e Cleber Sena.
Falcão bem à vontade reverenciava e aplaudia o público, agradecendo-os pelo comparecimento e pelo disco de ouro consignado ao álbum 7x (2008). Lembrou de como é gratificante participar de uma banda tão querida, o quanto Brasília é importante na turnê, inclusive por reclamar (do atraso no caso), para ele a cidade é um termômetro de como vão às coisas. Outro ponto interessante foi à comparação de Luiz Gonzaga à Bob Marley em Súplica Cearense.
Em aproximadamente 2 horas de show o público teve a atenção merecida, com Xandão distribuindo paletas, Falcão distribuindo água e ao final, com a boa intenção de compartilhar uma camisa "suada" com a galera, criou uma briga entre os truculentos de plantão.
O monstro invisível: O som para variar estava horrível, o que não é costumeiro nos shows da banda, mas sim no ginásio. O monstro do Nilson Nelson novamente destruiu um espetáculo que beirava à perfeição, se os produtores querem continuar fazendo shows nesse espaço, necessitam urgentemente estudar formas para que a equalização funcione, pois vender ingressos e colocar a banda no palco não é uma fórmula exata, pois a preocupação com o som tem que ser tão grande quanto a referente estrutura e segurança.
Fotos (aqui)
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