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O EVENTO

1 cópia O Capital Inicial subiu ao palco as 23h com um público reclamando de atraso, afinal, esperando desde as 21h30 não foram avisados que rolaria uma banda de abertura. No caso a Sound Age, que começou a tocar por volta das 22h clássicos do rock internacional de todos os tempos. Gostei do que vi, geralmente esses “boi de piranha” são despreparados, mas os caras levaram no gogó a galera irritada, muito bem ensaiados, vocalista com um vozeirão e o repertório ajudando bastante, assim como o DJ que discotecou antes e depois, até que o Capital viesse à tona. Em relação a platéia, posso dizer que se dividia assim: 85% adolescentes, 10% pais e 5% dos que acompanham Dinho e companhia desde os idos de 80. Sendo assim, uma pergunta no ar: Babysitters fariam bem o papel dos seguranças que foram contratados?

A Parkshow como sempre organizou de forma precisa o evento, reclamaria só o atraso, saiba que alguns produtores da cidade começam a mudar essa história de retardamento, espero que todos os outros comecem a adotar essa política da “hora”.

O SHOW

9 cópia Como sempre, o técnico de som da banda levou uma surra da acústica do Nilson Nelson, quem quer que tenha tomado conta da equalização do Sound Age, sem sombras de dúvida, saiu-se MUITO melhor que o do Capital, o som estava HORRÍVEL no mais otimista dos adjetivos.

O Capital subiu ao palco com seu vigor de sempre, banda competente, bonecos infláveis, heráldicas, pirotecnia e luz herdados do show na Esplanada eternizado em DVD e um Dinho Ouro Preto incansável e inegavelmente carismático.

Vamos ao repertório e algumas observações: 01. Mais, 02. O Mundo, 03. Independência, 04. Como Devia Estar

Primeiro encore do vocalista antes da quinta música: Dinho saúda o público e solta o tradicional – Vocês são do CAAARRAAALLHHOOO!!! Fala da importância do Aborto Elétrico, que Fê (baterista) e Flávio (baixo) eram da banda junto com Renato Russo. Emenda que no dia da gravação do DVD do Capital na Esplanada ficou nervoso e que agora, mesmo com um show menor, continua com o nervosismo, comentando da responsabilidade de tocar em casa.

05. Geração Coca-Cola (Legião Urbana cover), 06. Passos Falsos, 07. Não Olhe pra Trás, 08. Eu Nunca Disse Adeus (boneco inflável robô), 09. Boulevard of Broken Dreams (Green Day cover), apenas Dinho ao violão.

Ouça a versão original: Green Day – Boulevard of Broken Dreams

10. Olhos Vermelhos, 11. Primeiros Erros (Kiko Zambianchi cover)

Segundo encore: O vocalista comanda a interação com o público, com seus tradicionais trejeitos, bordões e comentando sobre o público estimado em 12 mil pessoas.

Dinho lembra Renato Russo, contado se emocionou ao ouvir no teto de um edifício em São Paulo o primeiro disco da Legião, o quanto ele ficou de cara com a música Por Enquanto, pois era muito bela e Renato não sabia tocar piano. Informa que Giuliano Manfredini, filho de R.R. está presente e ele veria o quanto o pai era importante.

12. Por Enquanto (Legião Urbana cover), 13. Algum Dia, 14. A Vida é Minha (efeitos de fogo no palco), 15. Fátima, 16. Dançando Com a Lua.

Em novo encore: Comenta para nunca confiar em políticos, porque mesmo que eles fossem legais, quando tomam posse ficam iguais aos outros.

17. Que País é Este? (Legião Urbana cover), 18. Mulher de Fases (Raimundos cover), 19. 4x Você (efeitos de fogo no palco), 20. Natasha (boneco inflável natasha), 21. À Sua Maneira (versão para De Musica Ligera, da banda argentina Soda Estereo)

Ouça a versão original: Soda Estereo – De Musica Ligera

BIS

5 cópia Depois da tradicional foto clicada de costas para o público, o vocalista agradece aos fãs e comenta sobre Brasília ser a capital do Rock nos anos 80 (nota: pena que a banda deteste tanto o que eles fizeram na referida década, dando preferência as canções novas, tanto que do setlist executado em suas 23 canções, 7 eram covers ou versões, sobrando 16 da banda, nas quais, apenas 4 prestigiam o legado oitentista, leia aqui nosso manifesto, produzido à época da gravação do Multishow ao Vivo).

22. Fogo

Uma surpresa! Sobe ao palco Loro Jones, o primeiro guitarrista da banda. Dinho diz que o Aborto só existiu graças a primeira banda de Loro a Blitx 64, e que finalmente conseguiram tirar o cara do seu sítio. Então começam a tocar a 23ª. Veraneiro Vascaína (boneco inflável polvo). Nota: É ótimo rever esse cara tocando no Capital novamente).

2 cópiaEncore de Loro Jones começa a falar coisas sem sentido e xingar no palco. Ótimo, essa são as funções do guitarrista, tocar e instigar a platéia. (nota: lembrei de um show da banda, na turnê do cd Gigante! (2004), em plena feira agropecuária na Granja do Torto, reduto de todos os estilos, menos do rock e Loro diz ao público: – Sei que aqui tem muita gente que não gosta de rock, só vou dizer uma coisa êro êro êro, pau no c* dos pagodeiros!) Esse é o famoso Loro! Não se esquecendo de incluir no discurso os sertanejos e axezeiros.

16 cópia Voltando ao presente, explode uma chuva de papel picado e brilhante, enfim, chega ao fim, quase uma cacafonia! Foi um ótimo show, com uma banda afinada, que pecou na falta de ousadia, essa história de tocar praticamente e na sequência ao pé da letra o CD/DVD Ao Vivo Multishow é um pouco decepcionante, ainda mais porque os caras não finalizaram com Música Urbana que inclusive estava prevista no setlist.

Agradecimentos:

* Parkshow na figura de Rodrigo Amaral e Célio, valeu pela promoção e atenção. Lucimara e Vinícius pelo pronto atendimento.

* Assessoria de imprensa: Bruna Marques pela presteza e simpatia.

* Wellington Serino por ajudar a anotar o set e encore, para que pudéssemos ser fiéis aos acontecimentos.

Crédito das fotos:

Cristiano Porfírio.

P.S.: Clique em qualquer umas das fotos no posts para vê-las em um tamanho razoável.

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