Nesta semana a mundo recebe a estreia de “Moonfall – Ameaça Lunar”, produção dirigida por Roland Emmerich, um alemão especialista em produções que ‘acabam’ com o mundo.
Antes de falarmos sobre “Moonfall – Ameaça Lunar”, precisamos discorrer sobre o Emmerich, que está na lista dos quinze diretores mais rentáveis da história de Hollywood e o mais lucrativo dentre todos os profissionais europeus.
É errôneo delimitar Emmerich apenas como um realizador de filmes ‘catastróficos’, o cardápio cinematográfico é diverso, e inclui gêneros como ficção científica, ação, aventura e guerra. Os meus títulos favoritos do diretor – e acredito que da maioria –, são: “Independence Day” (1996), “O Dia depois de Amanhã” (2004), “Soldado Universal” (1992), “Stargate – A Chave para o Futuro da Humanidade” (1994), “O Patriota” (2000), “O Ataque” (2013) e “Godzilla” (1998).
Em relação à “Moonfall – Ameaça Lunar”, a produção é uma costura, um retalho de tudo que o diretor já realizou, o problema é que necessariamente isso não se traduz em um bom filme, apenas em uma divertida sessão da tarde. Curiosamente, atualmente Emmerich criticou a Marvel, DC e Star Wars, alegando que essas franquias estão destruindo a indústria e originalidade, mas não vestiu a carapuça, pois as críticas tecidas também cabem perfeitamente no liquidificador que concebeu “Moonfall”. Alguém precisa alerta o alemão que os citados produzem na maioria das vezes ótimas obras, já ele, errou a mão em seus três últimos filmes.
Dando continuidade à resenha, vamos ver o que Vinícius Porfirio tem a dizer sobre a produção:
“Moonfall – Ameaça Lunar” tenta surpreender em sua trama, introduzindo uma intervenção externa para a consequência catastrófica, vendida pelo filme. Logo no início a ideia é estabelecida, e a curiosidade que vem acompanhada, não suporta os desinteressantes núcleos dramáticos propostos em seus personagens.
A pressa e o desleixo no desenvolvimento dos personagens, poderia ser positivo se a ideia fosse ir direto para o que se espera: a destruição de TUDO na tela. Mas o envolvimento emocional é algo em que os criadores insistem sem sucesso tentar construir. E esse esforço vai desgastando o envolvimento do telespectador com o filme, graças às incoerências que vão se tornando mais claras e com decisões totalmente inquestionáveis, beirando a incompreensão.
No fim, a mistura de clichês não se sustenta, o elenco principal que conta com Patrick Wilson, Halle Berry e John Badley West fazem o possível para atuar de forma satisfatória nessa grande mistura de conceitos e ideias. O filme em questão visual não entrega mais que o trailer, pois tenta entregar mais que o necessário e se perde pelo caminho.
Tudo indica que o canal SyFy terá em sua programação um novo filme para exibir logo após o ‘clássico’ “Sharknado”.
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