kongskullisland_12Kong: A Ilha da Caveira” é produzido pela Legendary Pictures, a mesma galera responsável pelo rebootGodzilla” em 2014. Os planos da Legendary e Warner Bros é que tenhamos em 2020 um crossover dos dois monstrengos, com o título provisório de “Godzila-Kong”. Ansiedade me consome! #semmais

Com um orçamento de US$ 190 milhões, valor módico para os padrões de um grandioso filme de ação, “Kong: A Ilha da Caveira” é uma das grandes apostas da Warner Bros para 2017. O ambicioso filme tem em seu elenco nomes como Tom Hiddleston (capitão James Conrad), Brie Larson (Weaver), Samuel L. Jackson (tenente Coronel Packard), John Goodman (Bill Randa), John C. Reilly (Hank Marlow) e Corey Hawkins (Houston Brooks). Dizem por aí que o excelente cast não foi bem aproveitado.

A obsessão da Legendary Pictures em dar vidas novas a monstrengos gigantes, além de adorável é muito lucrativa. Enquanto o gorila gigante, conhecido por King Kong, é um personagem de cinema estadunidense que apareceu pela primeira vez em 1933; o ‘lagarto’ gigante conhecido como Godzila na cultura ocidental, teve sua estreia em 1954 no filme “Gojira”, produzido pela Toho Film Company Ltd.

kongskullisland_3O símio gigante apareceu no cinema em 1933, 1976 e 2005, ambos com a mesma estrutura de roteiro, em “Kong: A Ilha da Caveira”, a adaptação prestigia a origem do personagem, que ainda não é conhecido na ilha por King (rei). Voltando ao parágrafo inicial, quando citei as críticas em relação ao aproveitamento do cast, desta vez, conta-se um filme de monstros gigantes, ao contrário do que foi realizado em “Godzilla”. Engraçado lembrar, que na época de lançamento desta produção, criticou-se o fato do argumento ter perdido muito tempo com o desenvolvimento de personagens humanos, ao invés de dedicar mais à lagartixa vitaminada. Daí, quando em “Kong: A Ilha da Caveira” resolve-se prestigiar o que interessa, o ‘povo’ também reclama? Sinceramente, fiquei sem entender.

kongskullisland_7Em relação aos efeitos, a criação de um novo mundo é surpreendente, cada criatura exposta na tela é rica em detalhes, o próprio Kong encanta com suas expressões e texturas, nos fazendo acreditar piamente que ele existe. A direção de Jordan Vogt-Roberts, além de segura, em conjunto com a fotografia colorida de Larry Fong, entrega belos planos sequência e um visual estonteante.

A trilha sonora é uma delícia, a de suporte por Henry Jackman compõe bem o visual, enquanto faixas como “White Rabbit” – Jefferson Airplane, “Down On The Street” – The Stooges, “Paranoid” – Black Sabbath, “Bad Moon Rising” – Creedence Clearwater Revival, “Ziggy Stardust’ – David Bowie e “Run Through the Jungle” – Creedence Clearwater Revival, encapsulam excelentes cenas. Nada como um bom e velho rock and roll para alegrar.

Enfim, “Kong: A Ilha da Caveira” é um grande videoclipe, que lembra videogame em alguns momentos sem soar infantil, acredito que agrade em cheio quem busca aventuras sem pretensões no roteiro e com grandiosidade na tela. Como filmes ação, “Kong…” é a terceira opção do ano, ficando atrás apenas de “Logan” e “John Wick 2“.

Ah, ao fim, não levante sem bumbum da cadeira, existe uma cena importante pós-créditos.

Kong: A Ilha da Caveira” tem poucos problemas na rota, talvez a estrada fique um pouco esburacada pelo peso do gorila no percurso, mas a diversão é garantida, confiro-lhe nota 7,5.

TRAILER

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