Início de 2022 e vamos para mais uma estreia que estava represada, graças a maledita pandemia de Covid-19. O título da vez é “King’s Man: A Origem” (2021), produção que estava concluída desde o fim de 2019.

Resenha por Cristiano Porfírio e Vinícius Porfírio

Esqueça o que foi visto nos longas “Kingsman: Serviço Secreto” (2014), e “Kingsman: O Círculo Dourado” (2017), em “King’s Man: A Origem” (2021), o terceiro filme da franquia concebida e dirigida por Matthew Vaughn, funciona como prelúdio e por ter uma estrutura diferente dos anteriores parece um spin-off.

Com personagens baseados nas histórias em quadrinhos por Mark Millar e Dave Gibbons, o roteiro concebido por Matthew Vaughn e Karl Gajdusek, abusa de elementos históricos preenchendo-o com figuras que existiram, como o Grigori Yefimovich Rasputin, vivido por Rhys Ifans, além de outros nomes. É preciso dizer que Rasputin, é uma personagem muito interessante, pois trata-se do russo que se aproximou da família do czar Nicolau II, e ficou conhecido por alcunhas como místico e homem santo, tornando-se uma figura política influente no período imperial.

A produção tem a feliz escolha por ter um elenco carismático, tais como: Ralph Fiennes (Orlando Oxford/Arthur); Gemma Arterton (Pollyanna “Polly” Wilkins/Galahad); Tom Hollander (Rei George/Percival); Harris Dickinson (Conrad Oxford); Daniel Brühl (Erik Jan Hanussen); Djimon Hounsou (Shola/Merlin); e Charles Dance (Herbert Kitchener), que contribui para esconder alguns defeitos ao longo da projeção.

Mas é preciso dizer que as desvirtudes, pelo menos no meu caso não atrapalharam a diversão. Gostei muito do resultado final e aguardo uma continuação. Ah, é preciso dizer que existe uma cena pós-crédito.

A seguir, vejamos o que Vinícius Porfírio, meu filho e colaborador do site tem a dizer sobre “King’s Man: A Origem”.

Vinny, fala aí, melhor: escreve. Rs

Como mencionado, esse terceiro filme da franquia conta com uma ruptura na sua identidade cômica estabelecida nos dois filmes anteriores, fato a ser ponderado para quem considera uma característica essencial. O tom escolhido pretende alcançar um senso de mortalidade dos eventos bélicos, sendo efetivo em alguns momentos.

No intuito de apresentar o início da agência de espionagem, a narrativa se entrelaça em eventos históricos da humanidade, mais precisamente os acontecimentos que permearam a primeira guerra mundial, como o destino de Franz Ferdinand e suas consequências. Em uma trama que se inspira na história para montar uma ficção conspiratória, o filme atrai um interesse do público nessas divagações hipotéticas. Se a pessoa for entusiasta em história, o filme pode ser um atrativo nesse quesito.

O filme conta com apuro técnico da produção e direção, mas salvo algumas exceções, esse terceiro título da saga apresenta uma estrutura de roteiro mais convencional no gênero de ação, tendo poucos momentos imprevisíveis. Essa imprevisibilidade, presente principalmente no primeiro filme, faz falta em “King’s Man: A Origem”.

Enfim, recomendo: ótima diversão!

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