O ator Tom Cruise tem 54 anos, carreira consolidada e muito dinheiro na conta. Sua filmografia é repleta de destaques e para quem trabalha demais, naturalmente possui pontos negativos, caso do seu 39º filme, intitulado “Jack Reacher – Sem Retorno”, que estreia nesta quinta (24), em todo o Brasil.

O personagem Jack Reacher é uma criação do escritor inglês Lee Child, que já publicou 21 livros sobre o ex-major ‘fodão’ que vive à margem da sociedade, auxiliando pessoas e desbaratando conspirações.

A estreia do personagem no cinema se deu em 2012 com uma produção promissora: “Jack Reacher – O Último Tiro”. Baseado no 9º livro da cronologia de Child, o filme que tem Cruise em dupla função – atuar e produzir –, apresentou um resultado coeso. Nesta nova investida, na esperança de criar uma franquia, creio que falta muito para um resultado satisfatório.

É preciso dizer que “Jack Reacher – Sem Retorno” começa muito bem, demonstrando a sagacidade e a tranquilidade do personagem. Em seu desdobramento, apresenta a interação de Reacher com a major Turner, vivida pela carismática Cobie Smulders, conhecida dos filmes e série da Marvel como a agente Maria Hill.

Interessado na moçoila, Jack resolve visitá-la, só que deu ruim, pois ao chegar à base militar, descobre que seu crush foi detida por crime de espionagem, a partir daí, o personagem vivido por Cruise dá start em uma investigação para provar a inocência da moça, com direito a adição de um drama familiar desnecessário e clichê.

Sou fã dos filmes da década de 80, principalmente os que retratam personagens fodásticos mais ágeis que uma bala, tem vários exemplos de que é divertido testemunhar a busca pela redenção, mesmo que envolva certos absurdos durante o processo. Atores como Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone estão aí para provar que a fórmula funciona, e a bem da verdade, “Jack Reacher – Sem Retorno” nem apresenta em seu roteiro tantos absurdos. O problema é que Reacher é tão ‘fodão’ e suas ações desenrolam com tanta facilidade, que ao invés de nos encher de orgulho, dá vergonha alheia.

O roteiro é muito redondinho, à prova de falhas e o erro está justamente aí, pois fãs de filme de ação, mesmo sabendo que tudo vai dar certo, ficam incomodados com a ‘invencibilidade’ de Reacher. Por exemplo, do clímax ao final, tudo é tão óbvio. 🙁

“Jack Reacher – Sem Retorno” trafega em uma rota esburacada, enfim, para premiar o esforço e por representar uma boa sessão da tarde, merece uma nota 6.0.

Trailer

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