UPDATE: No final deste post foram adicionadas lindas fotos por Lyanna Soares.
O Iron Maiden é uma banda quase impossível de dissociar sua música do futebol, pois seus integrantes são torcedores apaixonados deste esporte. A Donzela de Ferro, durante o show realizado em Brasília, mostrou um jogo vistoso e imperdível. Completando a tarefa de um bom espetáculo, The Raven Rage e Anthrax também fizeram bonito.
Cheerleaders: The Raven Age
Para abrir o espetáculo: The Raven Age, banda que tem em sua formação o guitarrista George Harris, filho do baixista Steve Harris, — fundador do Iron Maiden —, o bom é desta vez deu certo, quando Lauren Harris — a filha — veio para a turnê em 2009, o público quase morreu de tédio.
Competentes, o The Raven Age apresentou um set curto, foram apenas cinco músicas, mas ótimas, pesadas e encorpadas. Os cheerleaders da noite conseguiram entreter o público.
Formação: Michael Burrough – vocal | Matt Cox – baixo | Dan Wright – guitarra | George Harris – guitarra | Jai Patel – bateria
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Preliminar: Anthrax
O Anthrax era uma das poucas bandas que gostaria de ver ao vivo e nunca havia tido o prazer, bem, feliz neste caso, o nunca não pode ser mais dito. Que showzão!
A partida deu início com “Caught in a Mosh”, em seguida veio a clássica “Got the Time” e antes de “Antisocial”, o vocalista Joey Belladonna saudou o público, chamou a galera de metal freaks, — leia-se loucos por metal — e agradeceu pela recepção naquele que é o primeiro show da banda em Brasília.
“Fight ‘Em ‘Til You Can’t” foi a quarta e na quinta canção, “Evil Twins”, Belladonna sempre simpático, informou que ela estava no disco novo ‘All The Kings’ e aproveitou para agradecer mais vez a plateia, então foram emparelhadas “Medusa” e “Breathing Lightning”. Para marcar mais um gol, em “Indians”, na derradeira música, o vocalista prometeu voltar ao país em 2017 e para loucura de todos, o Anthrax executou um trecho de “Refuse Resist” do Sepultura.
Foram oito gols, representados por canções de seis álbuns diferentes ‘Among the Living’, ‘Persistence of Time’, ‘State of Euphoria’, ‘Worship Music’, ‘All the Kings’ e ‘Spreading the Disease’.
Formação: Joey Belladonna – vocal | Scott Ian – guitarra | Charlie Benante – bateria | Frank Bello – baixo | Jonathan Donais – guitarra
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Jogo principal: Iron Maiden
Para qualquer espetáculo de futebol é preciso:
– Campo: Nilson Nelson;
– Time do coração: Iron Maiden;
– Mascote: Eddie;
– Torcida: 12.ooo; e
– Hino: Fear of the Dark
Em posse destas informações, podemos dizer que o Iron Maiden goleou, emocionou e deixou saudade. A mística que envolve o grupo é impressionante, a plateia interage durante toda a apresentação, tal qual uma torcida apaixonada, com direito a extensos ÔÔÔÔÔÔ! que são entoados várias vezes durante o show.
A banda é muito entrosada e o vocalista Bruce Dickinson, o clássico camisa 10, é um craque carismático que joga e canta atiçando o público, levando-os ao êxtase.
O tom teatral do vocalista, a cenografia do palco com as trocas de imagens ao fundo, a pirotecnia e a bela iluminação, bem como o mascote Eddie, ajudam a complementar o deleite visual que combinado com as canções tornam o ‘pacote’ inesquecível.
Em relação ao repertório, a Donzela de Ferro revisitou várias fases de sua carreira, apresentando respectivamente os álbuns e canções conforme listado abaixo.
The Book of Souls (2015):
Death or Glory
If Eternity Should Fail
Speed of Light
Tears of a Clown
The Book of Souls
The Red and the Black
The Number of the Beast (1982):
Children of the Damned
Hallowed Be Thy Name
The Number of the Beast
Brave New World (2000):
Blood Brothers
Fear of the Dark (1992):
Fear of the Dark
Iron Maiden (1980):
Iron Maiden
Piece of Mind (1983):
The Trooper
Powerslave (1984):
Powerslave
Somewhere in Time (1986):
Wasted Years
O vocalista interagiu com a plateia em várias oportunidades, antes de “Children of the Damned”, saudou com “scream for me Brasília” — várias vezes durante a noite — e relatou da felicidade do Eddie Force One ter aterrissado em Brasília, graças aos engenheiros que agiram rápido, consertando a turbina que sofreu avaria no Chile. Lembrou inclusive que o avião é especial, pois movimenta os fãs, que se sentem mais perto do grupo.
Antes de “Book of Souls”, Bruce fez um discurso político condenando ditaduras, impérios do mal e qualquer outro sofrimento que possa ser causado à sociedade por estas organizações, lembrando que todo império tem seu fim.
Em outro momento celebrado da apresentação, o vocalista lembrou que o respeito pelas diferenças é que faz o mundo ficar melhor, que é preciso interagir, esquecendo desavenças politicas, esportivas ou de qualquer natureza.
Literalmente, um show! Agradeço a todos os envolvidos por trazer a Brasília, mais uma apresentação do Iron Maiden (3ª vez na cidade), um espetáculo ímpar.
Em tempo: Todos sabemos da acústica ruim do Ginásio Nilson Nelson, mas os técnicos de som das três bandas mostraram que é possível ter um áudio com qualidade de CD, basta saber o que está fazendo ao operar a mesa de som. #ficadica
REPERTÓRIOS E FOTOS:
Fotos gentilmente cedidas por Lyanna Soares.
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