Em Independence Day: O Ressurgimento, que estreia nesta quinta (23), nos cinemas de todo o país, a trama parte da premissa que os humanos tiveram 20 anos para antever uma nova invasão extraterrestre, o problema é, os alienígenas também tiveram tempo de organizar outra investida. Nas duas décadas após o contato imediato de quinto grau, que devastou boa parte do planeta terra, a humanidade aproveitou a crise para avançar tecnologicamente, dando um salto rumo à paz e a qualidade de vida, mas, os “homenzinhos” maus de outro planeta estão de volta, dispostos a dar um fim definitivo aos eventos iniciados em 1996.
Para esta continuação, boa parte dos intérpretes da primeira produção está de volta, não direi quais, afinal, minhas resenhas são anti-spoiler. Outros personagens foram incluídos e tem sua dose de carisma, enfim, de longe, o elenco é o menor dos problemas em relação a Independence Day: O Ressurgimento. O maior contratempo de ID:OR está na história, que demora a engatar, perdendo muito tempo para apresentar protagonistas e a ‘treta’ em relação a invasão, escolhas que deixam o filme enfadonho em vários momentos, e a culpa disso é do diretor, o alemão Roland Emmerich.
Quando penso nas produções dirigidas por Emmerich, tudo indica que elas nunca irão ganhar avaliações positivas sem ressalvas de qualquer natureza. Sabe, até que o sujeito é talentoso e bem intencionado, mas suas obras estão fadadas a pecar por excessos. Responsável por Independence Day, Independence Day: O Ressurgimento, O Dia Depois de Amanhã, Soldado Universal e Stargate, citando os exemplos mais famosos, percebemos que o alemão tem uma predileção indefectível pelo ufanismo gratuito, pieguice exacerbada e uma lentidão desnecessária no desenvolvimento das narrativas.
Gostei bastante dos efeitos especiais, que ficaram a cargo da Weta Digital, responsável por tornar crível a ficção de filmes como Mogli, Deadpool, Hobbit e Senhor dos Anéis. Resumindo, neste quesito dificilmente ID:OR daria errado, pelo contrário, tem a magnitude necessária para qualquer blockbuster, inclusive, a direção de arte é igualmente bem bacana.
A minha dificuldade em relação a ID:OR é que tudo parece videogame, espera, vou refazer a frase, ao conferir a película tive a impressão de que estava em um canal do YouTube assistindo alguém jogar. Como disse antes, o acabamento é perfeito, mas o roteiro é frouxo. Ao fascinar os olhos, você fica preso em algo que parece um game, seguindo todas as etapas de introdução, desenvolvimento, muito tiroteio, e por último, o enfrentamento do ‘chefão’. Quem já ficou sentando em algum lugar testemunhando alguém com um joystick na mão, divertindo-se solitariamente, sabe o quanto isso é chato.
Independence Day: O Ressurgimento, está em uma rota cheia de buracos, no bojo, merece uma nota 6.
Trailer
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