Impressão de quem esteve na gravação do Capital Inicial – Acústico NYC (Ao Vivo)

Às vésperas do lançamento do CD/DVD “Capital Inicial – Acústico NYC (Ao Vivo)”, resolvi publicar algo diferente da resenha tradicional, as impressões sobre o show, escritas pela linda Joyce Moraes, que testemunhou a gravação bem acompanhada por Roberta Oliveira e Paola Ostuka, – meninas igualmente lindas –, que ajudaram na confecção do material aqui publicado, como vídeos e fotos.

Vamos então, ao relato de Joyce:

Bem, já se passaram cinco meses desde a gravação do “DVD Acústico 2 – Capital Inicial”, que hoje se chama “Capital Inicial – Acústico NYC (Ao Vivo)”, confira meu relato sobre a gravação.

A proposta da gravação em NY surgiu em 2014, há anos se ouvia rumores sobre a possibilidade de um novo acústico, já que o “Acústico MTV” completou 15 anos, e é até hoje um dos trabalhos mais bem sucedidos do Capital Inicial. Em março deste ano, anunciaram a data de 6 de junho, para o registro do Acústico 2, na Teminal 5, famosa casa de show nova-iorquina que já recebeu vários nomes representantes do rock estadunidense como Marilyn Manson, Sonic Youth e Stone Sour, dentre vários outros.

Com 31 anos de carreira, o Capital ao preparar o disco que sucederia o “Acústico MTV”, responsável por consolidar a banda no cenário do pop rock nacional, buscou uma nova proposta.

Tendo escolhido Nova Iorque como destino para a gravação e levando em consideração a economia do nosso país, confesso que não esperava um show lotado. Ledo engano. O show foi sold out, contando com a presença de vários fãs que foram do Brasil especialmente para a gravação, além dos que moram nos Estados Unidos, amigos e familiares. Sou fã da banda há muitos anos (apesar de só ter 28 anos), conheço-os pessoalmente há 15 anos e tive o prazer de fazer parte dessa história. Grande ironia do destino, que minha primeira viagem internacional de férias rolasse justamente na época do show de uma banda que me acompanhou em toda minha vida. E o melhor, um show historicamente importante para o grupo, poxa, que férias!!!

Chegamos ao local do show por volta das 15h30, para acompanhar a pré-gravação, antes que o público adentrasse ao Terminal 5, ali era o momento de errar. O que presenciamos foi uma banda nervosa (também pudera, uma responsabilidade gigante de gravar um trabalho fora do seu país), porém redondinha, bem entrosada, com muita qualidade musical e dedicação.

O palco não era muito grande e nem alto, levando-se em consideração a quantidade de pessoas que estavam nele (creio que tenha sido inclusive proposital, já que a proposta do trabalho pedia uma banda mais próxima), a disposição dos integrantes no tablado facilitava a visualização de qualquer posição pessoa na plateia, a cenografia remetia aos bairros residenciais de NY, assemelhado aos prédios e seus telhados (inclusive achei idêntico ao bairro no qual passei os 10 dias em que permaneci na cidade – o Chelsea), a iluminação estava suave e agradável. Posso dizer que poucas vezes vi um palco tão bonito, e olha que já vi milhares deles, graças a muitos shows que assisti.

O público entrou por volta das 18h, e cada cadeira próxima ao palco era disputado no tapa, como era um evento acústico, era de se esperar assentos no salão principal, dando um ar mais intimista. Nos andares superiores (o local tinha três andares) a luta era para ficar posicionado nos parapeitos. A expectativa de todos era a de uma ótima apresentação, após o show, alguns sentiram falta de canções do primeiro acústico.

Obviamente, além do quarteto (Dinho, Flávio, Fê e Yves), o Capital contou com seus tradicionais músicos de apoio (Fabiano Carelli e Robledo Silva – guitarrista e tecladista respectivamente) e com a participação do produtor Liminha – ex Mutantes (que produziu parte desta gravação), do músico Thiago Castanho – ex-Charlie Brown Jr., de um percussionista que não me recordo o nome, integrante da banda Stomp (famosa banda de percussão reconhecida internacionamente), do cantor Seu Jorge (na inédita “Vai e Vem” e na única música pré-acústico MTV do repertório “Belos e Malditos”) e do cantor pernambucano Lenine (na cover de “Tempo Perdido” – Legião Urbana, que literalmente levantou o público).

Com aproximadamente 2h de duração e sem a necessidade de regravar nenhuma canção (uma pena, pois eu queria mais – como se já não bastasse ter assistido ao pré-show), foram executadas 23 músicas, sendo três inéditas e dois covers (não conto “Belos e Malditos” como cover, apesar de ser autoria do Renato Russo, foi gravada pela banda ainda em 1989, para ser mais exata, no álbum Todo os Lados).

Ovacionada pelo público, infelizmente a banda não atendeu o pedido de BIS, porém, tive a impressão de que para todos, foi uma ótima noite de rock, recheada de diversão e bebidinhas (queria deixar um salve para o amigo que nunca vi na vida e nem nunca mais verei, mas que não deixou faltar cerveja durante o show. Rsrsrsrsrs 🙂

Repertório:

1 – Ressureição (Das Kapital)

2 – A Mina (Inédita)

3 – Mais (Rosas e Vinho Tinto)

4 – Depois da Meia-Noite (Das Kapital)

5 – Como Devia Estar (Rosas e Vinho Tinto)

6 – Raio no Céu (Inédita)

7 – Respirar Você (Gigante)

8 – Lado Escuro da Lua (Saturno)

9 – Coração Vazio (Viva A Revolução) – Executada apenas com vocal ‘Dinho’ e violão ‘Thiago Castanho’

10 – Olhos Vermelhos (Rosas e Vinho Tinto)

11 – Algum Dia (Rosas e Vinho Tinto)

12 – Melhor do Que Ontem (Viva A Revolução)

13 – Como se Sente (Das Kapital)

14 – Vai e Vem (Inédita) – Era a minha aposta de grande hit, pois tem letra bacana, fácil de gravar e refrão chiclete. Resultado: acertei, pois é a música de trabalho.

15 – Belos e Malditos (Todos os Lados)

16 – À Sua Maneira (Rosas e Vinho Tinto)

17 – Vamos Comemorar (Das Kapital)

18 – Cristo Redendor (Das Kapital) – A MELHOR versão acústica, um blues gostoso e com solo de baixo maravilhoso

19 – Não Olhe Pra Trás (Gigante)

20 Tempo Perdido (Cover da Legião Urbana)

21 – Eu Nunca Disse Adeus (Eu nunca Disse Adeus)

22 – Me Encontra – Cover do Charlie Brown Jr.)

23 – Quatro Vezes Você (Rosas e Vinho Tinto)