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Resenha + Entrevista + Fotos.

Na sexta-feira (25/06), primeira noite do FIB 2010, eu até apareci por lá, mas não aguentei ficar muito tempo, portanto, adjetive-me da forma que achar conveniente. Prefiro assumir que ouço o que me eleva culturalmente como pessoa, se quer um conselho, ouça o que você quiser, desde que seja com amor no coração, e, por favor, sem querer mudar minha opinião, pois não me interesso em mudar a sua. A cobertura do festival de inverno começa aqui, com um dos melhores shows, de uma das melhores bandas do Brock. Com vocês, saiba como foi a apresentação do Skank, e logo abaixo uma entrevista. Se liga!

21h. Uma intro toma o PA executando uma música que parece antiga e eu nunca ouvi na vida, ainda tentei achar o nome no Google através dos versos que eu anotei, mas foi impossível encontrar, se souber qual é, avisa aí.

O Skank sobe o palco do Festival de Inverno de Brasília para o primeiro grande show da noite. “Mil Acasos” é executada com satisfação e seguida por “Um a Um”. Samuel avisa que vai mandar uma mensagem de fé e esperança e a banda ataca com a clássica “Uma Partida de Futebol”, logo após, avisa que vai matar a saudade dos fãs antigos com uma canção do álbum Calango (1994) é a vez de “Esmola”.

O vocalista anuncia: – Vamos celebrar Brasília! E chega a vez de “Uma Canção é Para Isso”. Samuel diz estar feliz por voltar a cidade, após o ótimo show no lugar que ele não lembrava o nome, só lembrava que era quente demais. O lugar que o Samuel refere é o galpão para shows chamado Marina Hall, que deveria se autodenominar Marina Hell.

A versão de “É Proibido Fumar” de Roberto Carlos volta a incendiar, acompanhada da incursão idiota e usual da plateia que a completa com macooonhaaa, no refrão de é proibido fumar. Samuel após alguns riffs de guitarra revela a responsabilidade e a honra que é tocar em Brasília, capital do rock. Terra de Renato Russo e tantos outros. Rock’n’Roll Brasília, pra cima! E emenda com “Amores Imperfeitos”.

Agora vamos tocar alguma coisa com mais frescor, assim, vocalista e banda atacam com “Noites de Um Verão Qualquer” e “Ainda Gosto Dela”. E avisa, agora ficaremos no reggae e vira o microfone para a galera cantar “Jackie Tequila”, só no dub e ao final pergunta: – Quem está gostando da seleção do Dunga? Referendado pelo publico continua: Tem que ter fé! Com Júlio Batista é difícil. O Dunga está querendo dar o título para a Argentina. E a platéia adora as manifestações futebolísticas de Samuel, que se mostraram corretas após o jogo da nossa seleção contra a Holanda. =)

Samuel elogia a cozinha do Skank, então, Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria), comandam com um groove e o vocal brinca dizendo que a dupla precisaria de um palco maior, é a vez de “A Balada do Amor Inabalável” seguida de uma catarse coletiva causada pela messiânica balada “Acima do Sol”, o vocalista convoca todos os corações oprimidos de Brasília a se juntarem ao grupo.

Segue o show com “Três Lados” e “Vou Deixar”, O Skank que quer ver mãos e braços, todos pra cima, é prontamente atendido. Samuel avisa: – Quem achou que a gente não ia tocar nosso “Satisfaction” (referência ao clássico do Rolling Stones), então atacam com “Garota Nacional”, fazendo uma adaptação na letra Brasília é muito louca e pula como ninguém.

Agora um momento solo do tecladista Henrique Portugal, vibrante e pulsante, onde desavisados poderiam achar que estavam assistindo a um pequeno show da banda Nine Inch Nails. Banda retorna ao palco e Samuel brinca com Henrique Portugal, Multi-instrumentista, daqui a pouco vai querer camarim separado e 70 toalhas. O show infelizmente vai chegando ao fim com “Sutilmente”, “Vamos Fugir” let’s go the pussycat e “Saideira” essa é ‘manha’, manda vocês aí, com esse recado Samuel estimula a plateia a cantar.

Com a versão em CD da canção “Te Ver”, banda se despede do público, que presenciou mais uma apresentação de tirar o chapéu dos mineiros. Assim, de forma fantástica e com uma hora e meia de duração, foi aberta a grande noite da 4ª edição do Festival de Inverno de Brasília.

Logo após o show, fui recebido no camarim para uma entrevista rápido e rasteiro:

A primeira pergunta foi sobre o show no Mineirão que irá gerar o CD, DVD e Blu-ray ao vivo.

Samuel: Lançamos Estandarte em 2008 e tocamos seis ou sete músicas desse álbum, já sabendo que íamos lançar esse DVD, começamos a resgatar músicas da historia do Skank e outras músicas que não fossem só a do disco novo. Então o show foi ganhando a cara do que vai ser o DVD, um apanhado de toda a carreira, o “melhor de” mesmo, é o corpo do show do Mineirão que foi apresentado hoje.

Haroldo e Henrique: Maravilhoso, emocionante. O público compareceu. Em festivais já tocamos para públicos maiores, mas só Skank, esse do Mineirão acho que foi o maior, talvez Ouro Preto que foi um lugar lindo, rivalize. Era um projeto difícil de superar, mas acho que esse do Mineirão superou, o estádio é lindo e é o último registro no formato como ele é hoje, antes da reforma para a Copa no Brasil. Enriqueceu e embelezou demais o espetáculo. Em setembro ou outubro sai em CD, DVD e Blu-ray.

Lelo: O público teve vontade ver, e a distância para o DVD de Ouro Preto estava muito grande, precisávamos compilar vários discos após e lançar outro, agora deu certo.

Novas composições:

Henrique: Acabamos de gravar o ao vivo, nem finalizamos e você já está pensando no próximo. Vamos falar desse álbum, que tem duas músicas inéditas, que não tocamos aqui hoje por causa da duração do show, mas quem quiser conhecer um pouco tem um pedaço delas no site do Skank. Não é só o trabalho da compilação. O último ao vivo foi o de Ouro Preto há 10 anos.

Processo de composição:

Haroldo: Vamos para o estúdio os quatro, com fone no ouvido, tudo ligado e vamos tocar. Os quatro vão desenvolvendo as ideias que o Samuel traz e é assim. É a forma na qual o Skank compõem.

Henrique: O que estamos escutando na época de composição de um álbum, ajuda a dar um caminho para o trabalho.

Perguntei também se sabiam de onde saíram os versos, Mariana sua puta, adaptação da galera no Planeta Atlântida para a canção Garota Nacional.

Haroldo e Henrique: É uma coisa que nunca descobrimos, em Belém tinha outra coisa dessas, do tipo: também quero te comer. Uma parte do arranjo é nosso e a outra é do público (risos).

P.S.1.: Conversando com Haroldo, ele confessou que nunca viu a imagem de um Blu-ray e definitivamente vai comprar um aparelho em alta definição quando sair o show do Mineirão. Ele também se interessou e perguntou como estava o DVD novo d’O Rappa quando toquei no assunto (se você também se interessou, aguarde resenha e entrevista com o Lobato e o Xandão).

P.S.2.: Amanhã Jorge Ben Jor e Capital Inicial.

GALERIA DE FOTOS:

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Crédito das fotos: Cristiano Porfírio