Imagem: Autor desconhecido.

 

É verdade que Brasília é a capital do rock. Mas esse “Brasília”, quer dizer o Distrito Federal e entorno.  O pequeno quadrado localizado ao Sul de Goiás, produz rock de todas as qualidades e gostos. Se você sair pela noite, o que mais encontrará serão showzinhos de rock, em festivais diversos, em uma praça, bares e casas de shows. O estilo de vida é incorporado à cidade que tem como base o rock’n’roll.

Quando conheço pessoas de fora, elas me questionam se Brasília tem culhões para levar esse título à frente. Eu respondo que, é preciso mergulhar nesse quadrado e compreender como ele funciona. E procurar nos lugares certos! O rock vive sim, mas infelizmente não é o preferido da massa. É um estilo revolucionário. Requer mente aberta e espírito aventureiro. Entre tantos sons dentro desse mesmo gênero, existem aproximadamente 400 bandas! Sim, o rock do quadrado não é só as bandas dos anos 80. Que loucura!

As cenas autoral e cover, estão por aí, é só olhar ao redor. Porra, o rock morreu? Não! Nos adaptamos no decorrer dos tempos, e isso tem que ser respeitado. O som roqueiro é atemporal, transpassa épocas. Mas apresentar-se na noite tem sido cada vez mais difícil. A lei do silêncio tem calado a voz de muitos, e fechado excelentes bares e casas de show.

Em breve será lançado o documentário O ROCK DO QUADRADO – A História Não Contada. Projeto encabeçado pelo nosso querido Weivson Andrade, o Bardow. E pelo onipresente Geldo, o Wolverine. Foram colhidos diversos depoimentos das cenas rock, e foram contadas muitas histórias. Sempre enfatizando que o rock não acontece somente no avião. Mas, no Distrito Federal todo, inclusive no entorno. Foi falado sobre as dificuldades no meio, e principais problemas em fazer um evento. Dentre elas o pouco ou quase  nenhum, incentivo das mídias mais fodonas.

Imagem: Weivson Andrade

O underground faz parte de nós. É preciso incentivo, principalmente da própria galera que faz a cena acontecer. Apoiar de verdade seus colegas músicos, os radialistas e os produtores culturais. Fazendo o que? Indo aos eventos, compartilhando o som, ajudando no que for possível. Temos que ser unidos. O que mais acho lindo, é a galera fazer rock porque ama. Sem grandes pretensões. Óbvio, que ser famoso é legal, mas não fazem disto a sua única motivação. Mas, que fazem de tudo para acontecer.

Um beijo enorme, para toda essa galera que faz parte da resistência rock no DF e no Brasil!