Eu poderia passar o resto da noite/dia elogiando as bandas Titãs e Os Paralamas do Sucesso. Elencar motivos para estimula-lo a dar aquela conferida pessoalmente no Brasília Rock Show seria um trabalho além de fácil, de mestre, enquanto a primeira vem com a elogiadíssima turnê do CD inédito “Nheengatu”, a segunda despejará hits intensos e indefectíveis dos seus 30 anos de carreira. Nem precisa de mais informação, né? Exatamente por isso passarei batido neste quesito, pois tanto uma quanto a outra independem de cartão de visitas.

Ok, você quer ler algo sobre o evento e as bandas? Facilitarei sua vida publicando abaixo o release oficial com todas as informações sobre as bandas, evento, ingressos e valores. Vemo-nos por lá, não marque touca!

Release oficial:

As bandas Os Paralamas do Sucesso e Titãs se apresentam na edição 2015 do festival Brasília Rock Show

As bandas Os Paralamas do Sucesso e Titãs apresentam na cidade turnês vitoriosas que tem lotado casas de espetáculos em todo o país. No dia 7 de março, dois gigantes do rock nacional se encontram no palco do Ginásio Nilson Nelson, na edição 2015 do festival Brasília Rock Show.

A dobradinha promete shows antológicos, graças a um repertório recheado de sucessos como “Meu Erro”, “Flores”, “Cuide Bem do Seu Amor”, “Polícia”, “Lanterna dos Afogados”, “Diversão” e muitos outros. Com discos lançados em 2014, o Paralamas celebra o CD/DVD comemorativo “Multishow Ao Vivo – Os Paralamas Do Sucesso 30 Anos”, enquanto os Titãs colhe frutos do álbum “Nheengatu”, elogiado por crítica e público.

Além dos espaços de área superior e frente palco, o público poderá ainda escolher um dos camarotes do evento, Balako da Lua com os DJs A e Maffra ou o som dos DJs Bilis Negra, Bill & Spot, Cookie Valentino, DeltaFoxx, Ivan Bicudo e Vitão $$ no Moranga, com espaços exclusivos em frente ao palco, decorações especiais, lounge chill-out, bares e banheiros exclusivos.

SERVIÇO:
Brasília Rock Show com Paralamas + Titãs
Dia 07 de Março, sábado, no Ginásio Nilson Nelson – 21h

Ingressos:
Área Superior*:
 R$ 60,00 – 2º Lote
Frente Palco*:  R$ 90,00 – 2º Lote
Camarote Balako na Lua*:  R$ 110,00 – 2º Lote
O Camarote Balako na Lua oferece: Acesso à frente do Palco e ampla visão dos shows, bares e banheiros exclusivos, decoração astral, pista de dança com os DJ’s A e Maffra – antes e após os shows, até o sol raiar.

Camarote Moranga*: R$ 110,00 – 2º Lote
O Camarote Moranga oferece: A festa que agita o Calaf em um espaço exclusivo no show com acesso à frente do palco, decoração especial, lounge chill-out, bar, banheiros exclusivos e os DJs residentes – Bilis Negra, Bill & Spot, Cookie Valentino, DeltaFoxx, Ivan Bicudo e Vitão $$ – antes e depois dos shows.

*Valores referentes à meia-entradae sujeitos a alteração sem aviso prévio.

Pontos de Venda: Free Corner – (Conjunto Nacional, 304 Sul, Gilberto Salomão, Sudoeste, Brasilia Shopping) | Casa do Cowboy – (Taguatinga) | Bilheteria Digital – (Pátio Brasil) -www.bilheteriadigital.com.br

Informações: (61) 3342-2232 / 8438-0000

As bandas:

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Os Paralamas do Sucesso

Comemorando 30 anos de carreira, Os Paralamas do Sucesso festejam no palco, fazendo aquilo que mais gostam de fazer. “A alegria é estar no palco com amigos que compreendem com exatidão o que querem fazer”, diz Herbert. Ele, Bi Ribeiro, João Barone – os três fundadores da banda agora trintona que nunca trocou de formação, caso único no Brasil – mais o tecladista João Fera e a dupla dos sopros, Bidu Cordeiro e Monteiro Júnior. A direção do show é assinada por Claudio Torres e José Fortes, empresário da banda desde o início da carreira.

A maturidade chegou cedo aos Paralamas, depois de shows na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no bar Western, no Circo Voador, tudo em rápida sucessão no começo dos anos 80. Se, naturalmente, os LPs “Cinema mudo” e “O passo do Lui” eram trabalhos de formação, empolgados por uma energia pós-punk e pós-adolescente, o blockbuster “Selvagem?” já apresentava uma banda surpreendentemente cascuda em 1986. Desde então, a peteca jamais caiu

A chegada precoce do amadurecimento – emocional, lírico, melódico, instrumental – permitiu que os Paralamas conservassem o frescor dos primórdios durante todo esse tempo, tantos nas vacas gordas e nas vacas magras. “A mágica continua, o encanto continua, o Herbert ainda se entrega na guitarra, passamos por muitas mudanças de fase, mas o tesão é imutável”, diz Barone. “A gente tem cada vez mais convicção no que faz: estar junto, tocando”, completa Bi.

Tocar juntos, claro, é tocar os maiores sucessos desses 30 anos – e ainda algumas músicas que mereciam mais atenção (“pelas quais a gente ainda se entusiasma”, diz Herbert ) – mas também é dar um jeito de voltar ao início. “Ao chegar nessa marca, a gente se lembrou de como era na gênese da coisa, quando a gente lançava mão das influências”, conta Barone. Nos primórdios da banda, não havia nem bastante repertório próprio para preencher um show. Os Paralamas, então, tocavam música alheias. Nada mais justo poeticamente que isso ressurja (“em doses homeopáticas, não viramos uma banda de covers”, ressalta Barone) na comemoração. Dentro do “espírito “paralâmico”, porém, a comemoração não se atém ao que se vê no palco, mas se espalha também pelos bastidores.

O segredo dessa eterna juventude talvez esteja no fato de que os Paralamas nunca se levaram a sério, sempre se ironizaram o tempo inteiro. “Não temos presunção diante dos fãs, mas gratidão.” Essa leveza também permitiu que nessas três décadas os Paralamas se tornassem a banda brasileira que mais mudou – permanecendo fiel à sua essência e à sua convicção. Não há um disco deles que seja similar ao anterior. “Muitas dessas mudanças de fase se devem ao Herbert, à sua capacidade de mudar, de não querer se repetir”, explica Barone”. Desse jeito, fazer 30 anos pode não ser nem um pouco complicado.

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Titãs

Com 31 anos de estrada, Os Titãs garantiram destaque no cenário pop-rock brasileiro ao cravar a unha na ferida, pois nunca tiveram pudor em virar do avesso temas incômodos. Mais críticos e atuais do que nunca, ao lançar “Nheengatu” (2014) – 18º disco de estúdio do grupo –, personificam uma crônica ácida do Brasil em carne viva, reproduzindo as angústias e mazelas que estão bem aqui do nosso lado. O título vem de um dialeto usado entre portugueses e indígenas durante a colonização brasileira. As músicas falam dos mais diversos assuntos: pedofilia, violência policial, intolerância racial e crack, entre outros.

Bem recebido pela crítica e público, “Nheengatu” traz guitarras mais pesadas lembrando o clássico Cabeça Dinossauro (1986). O conceito artístico foi todo produzido por Sérgio Britto e tem pinturas do belga Pieter Bruegel. Da formação original, restam apenas quatro integrantes: Sérgio Britto (voz e teclados), Branco Mello (voz e baixo), Tony Bellotto (guitarra) e Paulo Miklos (voz, guitarra e sax). Na bateria, contam desde 2010 com o convidado Marcelo Fabre.

“Nheengatu” define bem um disco que trata dos assuntos mais sensíveis no desenvolvimento da sociedade brasileira nos dias de hoje. Nossa civilidade, ética e moral estão nas letras deste CD”, detalha Paulo Miklos, que se inspirou na música indígena para compor, em parceria com o ex-titã Arnaldo Antunes, a ótima Cadáver sobre cadáver: “Retomamos esta referência que já está na canção ‘Cabeça Dinossauro’, de 1986, e que agora experimentamos com mais profundidade.

As 14 faixas do álbum formam uma sequência vigorosa, intensa, difícil de desacoplar uma da outra, que retrata bem a personalidade forte dos Titãs.  É Titãs em sua (melhor) forma e conteúdo. Sem nenhum pudor e titânicos no palco.